Blogue da Biblioteca Escolar da Escola Básica Ferreira de Castro - Sintra

Aqui partilhamos tudo o que acontece na nossa Biblioteca.

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20 maio, 2020

DIAS DE QUARENTENA - LER O HOLOCAUSTO: CLARA, A MENINA QUE SOBREVIVEU AO HOLOCAUSTO


     Continuamos com as publicações relativas ao projeto da turma C do 9º ano, na disciplina de História com a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, intitulado Ler o Holocausto. Cada aluno da turma leu uma obra referente ao holocausto da segunda guerra mundial, de preferência escrita por sobreviventes ou testemunhas da época.Foi elaborado um trabalho exaustivo sobre cada obra lida, do qual agora já em período de quarentena, resultam estes apontamentos resumidos em formato de comentário pessoal.
Prosseguimos com a nossa aluna Alyaah Correia que leu Clara. A menina que sobreviveu ao Holocausto, e que nos fala do livro assim:

     Clara Kramer, nascida em 1927, dedicou a sua vida a divulgar o Holocausto. Fundou o Centro de Recursos do Holocausto. Nos seus oitenta e poucos anos, Clara escreveu um livro onde conta o que se passou na sua vida durante o Holocausto- “Clara. A menina que sobreviveu ao Holocausto”.
Neste livro Clara utiliza o seu diário para nos contar sobre o seu dia-a-dia durante o Holocausto, vivendo escondida num bunker com 18 judeus. Este livro é baseado em factos reais. 

    Clara vive com a sua família judaica (a mãe, Salka, a irmã, Mania, o pai, Meir, o avô Dzadzio e a avó Babcia), em Zolkiew. Certa altura os Nazis conquistam aquela cidade, onde massacram milhares de judeus. A família de Clara resolve arranjar um esconderijo. Com sorte a família Beck, uma família alemã que se opõe aos nazis, decide acolher a família de Clara, juntamente com quatro outras famílias. Todas as pessoas acolhidas ficaram a viver durante 18 meses em um bunker feito à mão.


     Enquanto estão escondidos o seu bunker incendeia: Clara acordou com um cheiro a fumo ao mesmo tempo que ouvia a Sra. Beck a gritar: -“FOGO, FOGO!”(Kramer, 2019, p.153) No entanto não baixam os braços e decidem sobreviver a todo o custo “O bunker é por baixo da sala. É a nossa única esperança.” (Kramer, 2019, p.155)
Perdem elementos familiares: Salka: “ - Perdi uma filha.” (Kramer, 2019, p.157)
Com todos estes acontecimentos estes judeus sobrevivem.

     Para mim, este livro não foi tão difícil de ler como eu achava. Penso sim que foi um livro que tinha uma história difícil de imaginar e às vezes de compreender os acontecimentos da época e a sua razão de ser.
Percebi que durante aqueles 18 meses as crianças que lá estavam passaram a ter de crescer e ganhar mais maturidade muito mais rápido do que estavam habituadas,
A pessoa que eu mais admirei durante a leitura desta história verídica, foi o Sr. Beck que apesar dos seus princípios, aceitou acolher e ajudar estas famílias.
Recomendo a leitura deste livro. Ler esta história fez-me querer aproveitar tudo o que estou a viver ao máximo, a minha adolescência, algo que foi retirado a muitas crianças do holocausto como por exemplo Mania 

Obrigada Alyaah pela partilha.

19 maio, 2020

DIAS DE QUARENTENA - LER O HOLOCAUSTO: A RAPARIGA DE AUSCHWITZ


   
       Hoje iniciamos uma série de publicações relativas a um projeto abraçado pela turma C do 9º ano, na disciplina de História com a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, intitulado Ler o Holocausto. Cada aluno da turma leu uma obra referente ao holocausto da segunda guerra mundial, de preferência escrita por sobreviventes ou testemunhas da época.Foi elaborado um trabalho exaustivo sobre cada obra lida, do qual agora já em período de quarentena, resultam estes apontamentos resumidos  em formato de comentário pessoal.
Nesta primeira publicação começamos pela nossa aluna Ana Carolina Alves que leu a obra

A Rapariga de Aushwitz , que nos apresenta assim:


O livro que eu li foi “A Rapariga de Aushwitz”, um livro escrito por Eva Shloss. 


 Eva Shloss


Eva Shloss foi uma sobrevivente judia dos campos de concentração de Aushwitz-Birkenau e nasceu a 1 de maio de 1929 em Viena, Áustria. Atualmente vive com 91 anos em Londres. 
O livro aborda principalmente o tema Holocausto e fala sobre a sobrevivente Eva Schloss que conta a sua vida vivida em grande pressão e sofrimento. Eva Schloss vivia com a sua mãe Fritzi (Mutti), o seu pai (Pappy) e o seu irmão Heinz, em Viena, na Áustria.
Eva, Mutti e Heinz

     Em 1938 quando os nazis, comandados por Hitler, invadiram a Áustria com a intenção de exterminar os judeus, a família de Eva foi das poucas famílias que conseguiu fugir. A família de Eva apesar de conseguir fugir acabou por ser capturada no 15º aniversário de Eva, em Amesterdão, de onde eles foram levados para o campo de concentração de Auschwitz, onde foram separados os homens das mulheres. Eva e a mãe sobreviveram com alguma sorte. Quando a guerra acabou e o campo foi libertado, as duas iniciaram o regresso a casa, tendo sabido mais tarde que o pai e o irmão de Eva tinham morrido.



 Eva e Anne Frank
     Tempos depois a mãe de Eva casa com o pai de Anne Frank, que também tinha perdido a sua mulher e filhas.
     Algumas citações ao longo do livro chamaram-me bastante a atenção como por exemplo na página 33 : “Nunca esquecerei o medo e o pressentimento que me invadiram na noite em que os nazis chegaram a Viena.”. Esta citação demonstra a chegada dos nazis a Viena em que Eva após os toques dos sinos da igreja, fica com medo e confusa em relação ao que está a acontecer.

    Outra das citações é sobre a viagem de comboio para o campo de concentração que está na página 107: “Auschwitz era um mundo de porcaria, fome e depravação (…) Quando recebi a minha tigela, amarrei-a às minhas roupas esfarrapadas e nunca a perdi de vista.” . Esta citação fala sobre a viagem da família para o campo de concentração em que Eva percebe que a vida em Aushwitz não tinha nada a ver com a sua vida em Viena, eles só comiam uma vez por dia quando os guardas abriam as portas a atirarem pedaços de pão.

    Considerei este livro muito “pesado”, é uma história incrível de sofrimento e sobrevivência. Relata histórias de medo, fome, frio, doença, morte, mas por outro lado uma profunda determinação e um amor imenso entre mãe e filha que conseguem sobreviver.
     Na minha opinião este livro ensina-nos a dar valor à vida e às condições que temos.
De qualquer forma, foi um livro que adorei ler e mais uma história que gostei de conhecer e explorar.

Obrigada Ana Carolina, pela partilha.

DIAS DE QUARENTENA - À PROCURA DA LUZ DAS COMBUSTÕES NO MNAA - I


À PROCURA DA LUZ DAS  COMBUSTÕES NO MNAA - I


A Biblioteca Escolar Ferreira de Castro tem vindo neste mês de maio, a apresentar neste blog, visitas virtuais a diversos museus nacionais e internacionais, como forma também de celebrar o Dia Internacional dos Museus.

Hoje o que propomos é a visita ao Museu Nacional de Arte Antiga,  através do olhar de alunos da turma E do 9º ano, na perspetiva da química.

Nas palavras da professora proponente do trabalho,Maria Isabel Oliveira, este  teve como objetivo principal  proporcionar aos alunos a oportunidade de conhecerem o mais importante museu português, relacionando conteúdos de química (combustões, matéria lecionada no 8º ano) , com as obras do museu.
No âmbito da disciplina de Físico Química, a turma E do 9º ano com 29 alunos, visitou pela primeira vez o MNAA a 12 de fevereiro. Com uma atividade pedagógica e didática diferente, os alunos puderam observar as obras do museu.



Foi já em dias de quarentena que os alunos realizaram os seus trabalhos à distância, com todo o material e pesquisa efetuada na visita de estudo.

A Biblioteca Escolar Ferreira de Castro vai então dedicar os próximos dias à exibição do trabalho  À procura da luz nas combustões no MNAA, realizado por Catarina Andrade, Fábio Santos, Helena Susano, Henrique Dionísio e Luzia Nascimento, todos alunos da turma E do 9º ano.

Ao longo dos próximos dias vamos exibir pinturas do Museu Nacional de Arte Antiga, escolhidas e descobertas pelos nossos alunos na perspetiva da presença química das combustões.

Um olhar diferente nos espera pela mão deste trabalho de excelência.

















E CONTINUA...







18 maio, 2020

DIAS DE QUARENTENA - MUSEUS DO VATICANO



 

Hoje ainda Dia Internacional dos Museus, 
convidamos a visitar os Museus do Vaticano 
e para isso selecionamos algumas visitas virtuais.

A construção do Vaticano começou em 1447 com o Papa Niccolò V, que encomendou ao arquiteto Bernardo Rossellino o projeto da nova Basílica de São Pedro e ao pintor Fra Angelico a decoração da capela de Nicolina. Em 1471, Sisto IV ordenou a construção de uma nova capela, a Capela Sistina, com decorações pintadas por artistas como Sandro Botticelli e Pietro Perugino, que mais tarde, em 1508, Michelangelo Buonarroti repintou por ordem de Giulio II.

A caminho da Capela Sistina passemos antes pela Sala que antecede a Capela: 
Hall da Sistina


A estrela destes museus é a espetacular pintura de Miguel Ângelo no teto da Capela Sistina representando as nove cenas do livro do Gênesis, incluindo “A criação de Adão”.


As Salas de Rafael foram encomendadas ao artista pelo papa Júlio II, que quis completar a decoração dos seus aposentos.


Papa Clemente XIII, em 1761, foi quem criou o Museu Profano, sendo a primeira coleção de antiguidades profanas do Vaticano.

Visitemos ainda uma nova ala dos Museus do Vaticano: 

     Os Museus do Vaticano nasceram com as obras privadas de Julius II, que quando foi eleito Papa em 1503, transferiu sua coleção para o Pátio Ottagono. Entre as obras estão o Apollo del Belvedere, a Venus feliz, o Nilo, o rio Tevere, a Arianna Adormecida e o grupo Laocoonte e seus filhos. Novos edifícios foram então construídos ligados através de galerias àqueles existentes. Giulio II encomendou a decoração das salas de Raffaello e a rampa de helicóptero projetada por Donato Bramante como acesso aos andares superiores do jardim do Belvedere.

     Em 1740, Benedetto XIV reorganizou os salões dos Museus Sagrados e Profanos e do Gabinete de Medalhas. Em 1756, as obras de arte e arqueológicas descobertas por Johann Joachim Winckelmann estimularam a exposição pública das coleções do Vaticano. Clemente XIV e Pio VI projetaram os Museus Pius Clementine e Pius VII e Antonio Canova foi encarregado da organização do museu com seu nome. Gregório XVI em 1837, inaugura o Museu Etrusco Gregoriano e dois anos depois fundou o Museu Egípcio Gregoriano. No Palazzo del Laterano, foi fundada em 1844 o Museu Profano Gregoriano e, desde 1870, a reorganização da exposição de obras na Igreja Católica. Mais tarde, Pio XI fundou o Museu Missionário etnológico e inaugurou a Pinacoteca exibindo pinturas roubadas por Napoleão e retornou após o Congresso de Viena de 1815. 

     Décadas mais tarde, em 1970, as antigas coleções lateranesi foram transferidos para o Vaticano, os museus Gregoriano Profano e Pio Cristiano e em 1973 o Museu Missionário Etnológico. A Coleção de Arte Religiosa Moderna e o Museu das Carruagens foram fundados em 1973 durante o Pontífice de Paulo VI. De 1989 a 2000, o Museu Egípcio Gregoriano e o Gregoriano Etrusco foram reorganizados e o Museu Histórico foi criado.
https://www.rome-museum.com/br/vaticano.ph

DIAS DE QUARENTENA - DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS COM O MUSEU NACIONAL DOS COCHES




Hoje é dia Internacional dos Museus. 

A Biblioteca Escolar Ferreira de Castro tem vindo de visita em visita até aqui.
Hoje propomos visita virtual, jogos e viagens no Museu Nacional dos Coches, que preparou para nós todos uma visita em família.


Começa por uma visita virtual ao Museu Nacional dos Coches


Agora que já visitaste o museu vem connosco fazer um jogo.

Toma atenção e boas respostas!

Os temas mitológicos e báquicos e suas alegorias são uma constante em elementos decorativos, quer nos palácios, monumentos e jardins portugueses, quer nos coches e berlindas, viaturas de aparato ricamente ornadas com pinturas e esculturas.
Um tema recorrente nos Coches são as Quatro Estações do Ano, cada uma delas com a sua simbologia característica, sendo o Outono a personificação de Baco ou dos seus atributos. Sileno, o tutor de Baco, é também uma presença constante.
Em algumas viaturas do Museu Nacional dos Coches, designadamente o Coches das Infantas, o Coche do Infante D. Francisco e o Coche do Embaixador, que convidamos a admirar, logo que lhe seja possível no próprio Museu, pode encontrar algumas dessas figuras mitológicas.




Agora acompanha o nosso Robô e joga com o Museu Nacional dos Coches

Tudo sobre rodas! 🏁
💥A família Tudo celebra o Dia Internacional dos Museus 💥
Estes robots têm uns nomes muito giros: o Diz Tudo, o Explica Tudo e o Faz Tudo. Eles foram visitar o Museu Nacional dos Coches e fizeram este jogo para ti!
Esta atividade é gratuita, não precisa de registo. Pode ser acedida pelo computador, telemóvel ou tablet.




Gostas de histórias de princesas? 
Então vem de viagem  a estes casamentos reais.


Exposição áudio online "A Troca das Princesas"

A Cerimónia do duplo casamento entre a princesa D. Maria Bárbara, filha de D. João V, e o futuro rei de Espanha, Fernando VI, bem como da infanta D. Mariana Vitória de Espanha, filha de Filipe V, com o futuro rei de Portugal, D. José I, realizada na fronteira dos dois países, sobre o rio Caia, em 1729, ficou conhecida por "Troca das Princesas". Este momento histórico das boas relações entre os Reinos Ibéricos encontra-se patente no MNCoches através de algumas viaturas, entre as quais as Berlindas Francesas, o Coche de D. José e o emblemático Coche da Troca das Princesas.