Blogue da Biblioteca Escolar da Escola Básica Ferreira de Castro - Sintra

Aqui partilhamos tudo o que acontece na nossa Biblioteca.

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22 abril, 2022

Mais cravos que ditadura – A CENSURA NO ESTADO NOVO


    Mais um dia de abril a caminho de 25. A Revolução Portuguesa de 25 de abril de 1974 significou para Portugal a conquista da democracia. Fica aqui mais uma publicação sobre o que foi viver no Estado Novo e uma das conquistas desta revolução: a liberdade de expressão.


Durante mais de 40 anos, nada seria publicado em Portugal sem que passasse primeiro pela censura. O conhecido "lápiz azul", tantas vezes usado noutras cores, abateu-se sobre milhares de livros, sobre a imprensa e sobre qualquer manifestação cultural. 

Mais de duas décadas depois do 25 de Abril, Mário Zambujal fala-nos, em estúdio, daquilo que foi o fim da censura. 

Chefe de redacção de O Século à altura, recorda os primeiros dias de liberdade de expressão, quando fazer edições contínuas com tudo o que durante tanto tempo tinha sido silenciado era a única forma de celebrar devidamente essa possibilidade ansiada, sem cuidar de ir a casa, tomar banho ou dormir. 

Aceitando como óbvio o facto de haver censura num regime ditatorial, Mário Zambujal alude ironicamente à sujeição prática do jornalismo de então aos moldes que lhe foram impostos. “Era tudo à mão e a pé”, diz, e terá sido por isso, defende, que a maior e mais relevante parte dos jornais se instalava no Bairro Alto, de onde era mais fácil chegar às instalações oficiais onde o lápis azul actuava, fazendo posteriormente sair as provas, já censuradas, para publicação.

Este texto e uma pequena reportagem podem ser visionados em:






Ainda podes visitar a Galeria Virtual da Censura do Museu Nacional da Imprensa onde podemos ler por Luís Humberto Marcos, Director do Museu Nacional da Imprensa, a seguinte apresentação: 



Esta GALERIA VIRTUAL DA CENSURA começa com uma delimitação temporal precisa:o período da ditadura que vigorou em Portugal entre 1926 e 1974.
Os restantes tempos de censura da história portuguesa – e foram muitos desde a Inquisição - não são contemplados nesta primeira fase da GALERIA. Começando pela censura instaurada menos de um mês após o golpe militar de 28 de Maio de 1926, e que se foi apurando com a mestria do ditador Salazar, estaremos a falar de um dos processos censórios mais bem urdidos da história repressiva da humanidade.
Engenhosamente, diversos mecanismos estavam articulados de forma a “proteger” a ideologia do regime, de maneira aparentemente invisível e estimulando a autocensura.
Tratou-se de uma máquina censória que durou cerca de 48 anos e que se inculcou nos interstícios da sociedade portuguesa. Grande parte das provas desapareceu, mas o que ficou é suficiente para dar a noção da monstruosidade praticada. Na GALERIA podem ser apreciadas muitas provas censuradas, a par da legislação e de uma cronologia com os principais factos. Os cibernautas poderão ainda ter acesso a testemunhos, a protestos em favor da abolição da censura e à imprensa clandestina que de 1926 a 1974 se produziu, numa resistência continuada.
O fim da Censura, com o 25 de Abril de 1974, abriu o maior período de liberdade de expressão da história portuguesa.
Porque se sabe existirem muitas provas e histórias esquecidas, faz-se apelo a contributos e comentários que tornem a história da censura mais documentada.


Boa Visita!

21 abril, 2022

Mais cravos que ditadura e a Biblioteca Escolar


    Mais uma vez os livros da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro viajaram até às salas de aula. Hoje foram alunos de 9º ano, na disciplina de História, que abordaram o tema da Revolução Portuguesa de 25 de Abril de 1974 através da consulta do acervo da biblioteca escolar. São as nossas Leituras+ em Rota Livre.














20 abril, 2022

Mais cravos que ditadura - A MULHER NO ESTADO NOVO




Estamos em abril, mês em que Portugal celebra a sua revolução dos cravos, ocorrida em 1974, a Revolução do 25 de Abril.
Para podermos continuar a lembrar esta data e perceber o seu contributo para a vida em democracia, é bom recordarmos como era Portugal antes de 1974.

Estamos aqui no blogue da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, a revelar algumas realidades com sugestão de leituras e o contributo da RTP Ensina.

Comecemos hoje  pelo Retrato da mulher no Estado Novo feito pela historiadora Irene Pimentel.


Mãe, esposa e dona-de-casa. Papéis femininos valorizados e incentivados no Estado Novo. O regime fabricou a mulher ideal, afastada do espaço público, sem acesso a certas profissões e com direitos muito limitados. Os homens mandavam, as mulheres obedeciam. 

Apesar de a Constituição de 1933 estabelecer o princípio da igualdade, na prática a lei não era a mesma para homens e mulheres. Sobretudo as casadas, que não podiam trabalhar nem ir para o estrangeiro sem autorização do chefe de família. A mulher perfeita era a que ficava em casa, a manter a ordem e o asseio do lar, a cuidar da educação dos filhos, numa doce submissão ao marido. As escolas seguiam estes valores, as meninas eram educadas para as alegrias do casamento e desincentivadas de seguir o ensino secundário. O regime salazarista providenciava cursos para formar o seu ideal feminino. 

A historiadora Irene Flunser Pimentel é testemunha deste tempo que transformou em objeto de estudo. Revoltada contra a função secundária que lhe queriam atribuir, tornou-se feminista e, mais tarde, investigadora. No livro “A cada um seu lugar – a política feminina na ditadura de Salazar” analisa este período da história portuguesa. Diz-nos a autora que a discriminação e inferiorização das mulheres, foi também possível porque existia uma grande passividade da população que não lutava contra as regras instituídas. Mas nos anos 60, as raparigas começaram a invadir os liceus e nada voltou a ser como até então. 

Este texto e um pequeno filme podem ser visionados em 


Entretanto aconselhamos a leitura do livro A cada um o seu lugar, de Irene Pimentel



Boas leituras!

Podemos ver também na RTP Ensina o tema O ideal feminino do Estado Novo em 


onde também podemos ler:

Na ideologia vigente, os direitos da mulher eram quase nenhuns. Não podia votar. Não podia ser juíza, diplomata, militar ou polícia. Para trabalhar no comércio, sair do país, abrir conta bancária ou tomar contraceptivos, a mulher era obrigada a pedir autorização ao marido. E ganhava quase metade do salário pago aos homens. Estas e outras leis foram rasgadas no 25 de Abril, quando, um ano depois da revolução, os direitos das mulheres ficaram consagrados na Constituição da República.

18 abril, 2022

Mais cravos que ditadura – HISTÓRIA DA PIDE/DGS


Mais uma página a caminho de 25 de abril, data em que celebraremos, a Revolução dos Cravos. Para melhor valorizarmos a revolução convém continuarmos a conhecer algumas realidades de Portugal, anteriores a 1974, através mais uma vez da RTP Ensina e de sugestão de leituras.

Hoje abordaremos a História da PIDE/DGS

Durante quase 30 anos a polícia política encarregou-se de assegurar os valores do estado novo, mesmo que isso implicasse matar, torturar ou censurar.

A Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE) foi criada a 22 de outubro de 1945, no auge do Estado Novo. A função desta polícia era perseguir, prender e interrogar qualquer individuo que fosse visto como inimigo à ditadura salazarista. Estes opositores ao regime eram levados para prisões em Portugal como as dos Fortes de Caxias e de Peniche, ou a do Tarrafal, na ilha de Santiago, no arquipélago de Cabo Verde. Nestes locais eram muitas vezes vítimas de tortura, privação de sono, isolamento, más condições alimentares, higiénicas e de saúde, o que levava muitas vezes à sua morte.
A PIDE também dirigia a censura. Um dos seus mais famosos processos ficou conhecido como o “lápis azul”, uma vez que todos os artigos de imprensa e obras de arte – literatura, teatro, cinema, artes plásticas -, eram cortados, editados ou proibidos com um lápis azul antes de serem publicados.
Com a subida ao poder de Marcelo Caetano, em 1968, a imagem deste organismo policial tinha uma reputação amarga perante o povo português, levando o recente ditador a dissolver a PIDE. Mais tarde, a 24 de Novembro de 1969, foi oficialmente criada a DGS (Direção-Geral de Segurança) que manteve as mesmas funções da antiga PIDE.
Este sistema autoritário só chegou realmente ao fim com a chegada do 25 de Abril de 1974

Este texto e um pequeno filme podem ser visionados em:


Entretanto sobre este tema propomos a leitura da obra da historiadora Irene Pimentel 
A história da PIDE.



Propomos mais um livro sobre a PIDE e seus informadores, que como nos diz a apresentação do Museu Nacional Resistência e liberdade, é uma importante narrativa histórica sobre a PIDE e os seus informadores, através do caso paradigmático de Inácio […] objectiva e rigorosa, feita com base nos processos da polícia política existentes na Torre do Tombo, se poderá […] conhecer a face mais negra do Estado Novo, como Estado autoritário ou totalitário, questionando a ideia de que se tratava – como às vezes por aí se diz – de uma simples “ditadura à portuguesa”, tradicionalista e conservadora, e de “brandos costumes”.


03 maio, 2021

Dia Mundial da Liberdade de Imprensa: a independência e a diversidade da imprensa em tempos de crise


Esta segunda-feira, 3 de maio, as Nações Unidas marcam o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa com o tema “Informação como bem público”. Em mensagem sobre a data, o secretário-geral diz que os desafios criados pela Covid-19 “sublinham o papel crítico da informação confiável, verificada e universalmente acessível para salvar vidas e construir sociedades fortes e resilientes.”
ONU News
Partilhamos
as palavras de António Guterres, Secretário Geral das Nações Unidas 
sobre a independência e a diversidade dos mídia em tempos de crise.

30 abril, 2020

DIAS DE QUARENTENA - DIA DO TRABALHADOR



Ainda há pouco tempo celebrámos a Revolução de 25 de abril de 1974 em Portugal.

Dia 1 de maio celebra-se o Dia do Trabalhador e por esse facto deixamos aqui um pouco da sua  História, que hoje em Portugal também é conquista de abril.

18 abril, 2020

DIAS DE QUARENTENA - O CAMPO DO TARRAFAL


Depois de publicarmos o tema PIDE/DGS, nos assuntos que nos fazem caminhar em abril na direção da revolução portuguesa de 1974, abordamos o tema O campo do Tarrafal em Cabo Verde.

O campo de prisioneiros do Tarrafal funcionou, de forma irregular, entre 1936 e 1974, acolhendo primeiro os opositores portugueses ao regime e, posteriormente, os guerrilheiros dos grupos de libertação dos países africanos.
Em Outubro de 1936 chegaram a Cabo Verde cerca de centena e meia de pessoas para inaugurar o campo de concentração do Tarrafal. As condições de vida eram atrozes. O clima era quente, quase desértico, não existiam condições de higiene, a comida era escassa e os prisioneiros estavam obrigados a realizar trabalhos forçados.
Pelas razões já apontadas também lhe chamavam “campo da morte lenta” e mais de três dezenas de pessoas perderam lá a vida…
O campo esteve em funcionamento de forma intermitente entre 1936 e 1954 recebendo oposicionistas portugueses ao regime. Em 1961 voltaria a ser reativado, mas com o objetivo de receber militantes dos grupos que lutavam pela independência das colónias africanas.



Este texto e um pequeno filme podem ser visionados em:






O conhecimento também se faz de leituras e aqui propomos o livro Memória do Campo de Concentração Tarrafal, que pode ser descarregado em PDF da Biblioteca Digital do Instituto Camões em:



08 abril, 2020

DIAS DE QUARENTENA - DIA INTERNACIONAL DO CIGANO



Hoje celebra-se o Dia Internacional do Cigano. O objetivo deste dia é comemorar a cultura e a história do povo cigano, lutando para o seu reconhecimento e contra o preconceito e a discriminação sentida por essa comunidade.
Em tempo de quarentena e reflexão mais uma vez se impõe que possamos refletir para um encontro entre culturas e povos.
Sugerimos aqui dois livros digitais que nos levam ao encontro do povo cigano.

Seleciona o link indicado e depois é só virares as páginas e clicares no ouvir.

Boas leituras!






06 abril, 2020

DIAS DE QUARENTENA - DIA INTERNACIONAL DO DESPORTO AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO E DA PAZ


O Dia Internacional do Desporto ao Serviço do Desenvolvimento e da Paz celebra-se hoje, 6 de abril.

Em período de pandemia mundial em que até os Jogos Olímpicos foram adiados é de lembrar que foi escolhido o dia 6 de abril porque foi neste dia que se iniciou a primeira edição dos Jogos Olímpicos da era moderna, em Atenas, em 1896. Em 2014 celebrou-se pela primeira vez o Dia Internacional do Desporto ao Serviço do Desenvolvimento e da Paz.

Não há paz sem tolerância e por isso trazemos hoje aqui mais um livro capaz de nos lembrar que o verdadeiro desporto é tolerante.

Lê este livro que te propomos clicando no link indicado e depois é só virares as páginas e clicares no ouvir.


Boa leitura!





28 março, 2020

DIAS DE QUARENTENA - IGUALDADE



Haverá tempo mais eficaz que o de pandemia para nos provar que somos todos iguais nas diferenças culturais, de raça, de continente, de país? A pandemia ao atingir todos da mesma maneira lembra-nos como somos todos cidadãos deste mundo, que tem para trás toda uma história mas que nos reserva todo um futuro brilhante, neste planeta que devemos proteger e ao mesmo tempo privilegiar o respeito humano.


Proponho uma leitura que te fará pensar em como poderás tornar o mundo melhor.

É mais um livro digital que podes ler através do link indicado.






25 março, 2020

DIAS DE QUARENTENA - DIA INTERNACIONAL EM MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DE ESCRAVATURA E DO COMÉRCIO TRANSATLÂNTICO DE ESCRAVOS




Tempo de quarentena também é tempo de aprender. Hoje, dia 25 e março é o Dia Internacional em Memória das Vítimas de Escravatura e do Comércio Transatlântico de Escravos.

Este tempo de clausura pode ser também tempo para refletir em como podemos tornar o mundo melhor.
Propomos-te uma leitura sobre o tráfico de seres humanos no século XXI.
É mais um livro digital que podes ler através do link indicado .





21 março, 2020

DIAS DE QUARENTENA - DIA MUNDIAL DA POESIA





Dia 21 de março é o Dia Mundial da Poesia.



Propomos- te a leitura de um livro digital que te fará voar na poesia e ver como a vida tem tudo de belo. O Calor Humano e a Luz das Estrelas são alguns dos poemas que nos podem inspirar nestes tempos mais difíceis.

Segue o link indicado e depois é só virares as páginas e clicares no ouvir.
Boa poesia!



DIAS DE QUARENTENA - DIA INTERNACIONAL PARA A ELIMINAÇÃO DA DESCRIMINAÇÃO RACIAL



Em período de quarentena não deveremos sair de casa, mas nem por isso devemos deixar de lembrar algumas datas importantes que nos fazem, agora mais do que nunca, pensar em como somos todos iguais.

A 21 de março celebra-se o Dia Internacional para a eliminação da Descriminação Racial e propomos-te uma leitura.





Lê este livro que te propomos clicando no link indicado e depois é só virares as páginas e clicares no ouvir.