Blogue da Biblioteca Escolar da Escola Básica Ferreira de Castro - Sintra

Aqui partilhamos tudo o que acontece na nossa Biblioteca.

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18 junho, 2021

Ler o Holocausto : Noite

Hoje editamos mais uma partilha de apreciações sobre obras da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, referentes a publicações que retratam a realidade do Holocausto da Segunda Guerra Mundial, no projeto da nossa biblioteca escolar Ler o Holocausto, dirigido preferencialmente a professores e alunos de História de 9º ano, a quem agradecemos a participação neste desafio da biblioteca escolar.



Ler o Holocausto - O violino de Auschwitz


Propiciando e facilitando o encontro, a descoberta e o diálogo entre livros e leitores, a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, continua a estimular os leitores a compartilhar suas experiências e pontos de vista sobre a obra lida. No projeto Ler o Holocausto da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro promovemos a leitura e simultaneamente a reflexão sobre valores universais.

17 junho, 2021

Ler o Holocausto- O tatuador de Auschwitz

O projeto Ler o Holocausto da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro edita mais uma reflexão retirada de mais um trabalho sobre uma obra referente a testemunhos do Holocausto da Segunda Guerra Mundial, adotado pela disciplina de História de 9º ano. Este projeto responde às intenções do Perfil do aluno á saída da escolaridade obrigatória quando as conexões entre o indivíduo e a sociedade e, concomitantemente, entre o passado e o futuro, colocam à educação e à escola múltiplos desafios que suscitam diversas questões. Por exemplo, saber como podem os sistemas educativos contribuir para o desenvolvimento de valores e de competências nos alunos que lhes permitam responder aos desafios complexos deste século para a construção de uma sociedade mais justa.

16 junho, 2021

Ler o Holocausto - A última testemunha de Auschwitz


Promover a leitura e ao mesmo tempo a reflexão sobre valores universais no projeto da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro Ler o Holocausto, são dois objetivos que desembocam no projeto Mediação Ler+ jovem, em que é o leitor juvenil que partilha com os seus pares a sua experiência leitora.


Ler o Holocausto : Sobrevivi ao Holocausto


Hoje publicamos mais uma apreciação de um trabalho do projeto da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, Ler o Holocausto. Os nossos alunos de 9º ano realizaram trabalhos sobre  obras referente ao Holocausto da Segunda Guerra Mundial, preferencialmente reportando testemunhos de sobreviventes. Com estes trabalhos a biblioteca escolar e a disciplina de História de 9º ano vai ao encontro dos valores preconizados pelo Perfil do aluno á saída da escolaridade obrigatória na defesa dos princípios dos direitos humanos na diversidade humana e cultural numa sociedade livre e democrática.

15 junho, 2021

Ler o Holocausto - O rapaz de pijama às riscas


Com o projeto da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, Ler o Holocausto, despertamos nos nossos alunos de 9º ano a sensibilidade necessária à promoção de valores para uma sociedade democrática.


Ler o Holocausto - Se isto é um Homem


Editamos mais um testemunho de Leituras do Holocausto, com obras da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, onde a compreensão e empatia dos nossos alunos de 9º ano são mais umas conquistas na direção do Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória.

14 junho, 2021

Ler o Holocausto : Se isto é um Homem


Hoje iniciamos uma série de publicações relativas ao projeto da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro Ler o Holocausto. abraçado pela disciplina de História para alunos de 9º ano . Cada aluno leu uma obra da biblioteca escolar referente ao holocausto da segunda guerra mundial, de preferência escrita por sobreviventes ou testemunhas da época. Foi elaborado um trabalho exaustivo sobre cada obra lida, do qual foram retiradas algumas apreciações.
Mais uma vez a biblioteca escolar cumpre o princípio humanista do Perfil do aluno á saída da escolaridade obrigatória, nomeadamente no sentido da escola que habilita os jovens com saberes e valores para a construção de uma sociedade mais justa, centrada na pessoa, na dignidade humana e na ação sobre o mundo enquanto bem comum a preservar.
Agradecemos às alunas do 9º C e à sua professora Ana Aguiar, o terem participado neste projeto da biblioteca escolar.



26 março, 2021

PROMOVER PARA LER+ (Canção de embalar de Auschwitz)

Os mediadores de leitura colocam-se como uma presença que dá voz ao texto literário e apresentam o seu olhar para convidar à interação e motivar para novas leituras. Foram estas as intenções do projeto da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, Mediação Ler+ Jovem. Hoje são as palavras da Catarina Gaspar do 9º ano que nos apresentam o seu livro.

30 janeiro, 2021

PROMOVER PARA LER+ (Os Bebés de Auschwitz)

Estender pontes entre os livros e os leitores, criando as condições para fazer com que seja possível que um livro e um leitor se encontrem, é o que propomos aos jovens leitores da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro quando divulgam a sua experiência leitora.

29 janeiro, 2021

76º aniversário da libertação de Auschwitz

 
Neste 76º aniversário da libertação de Auschwitz, no Dia Internacional da Memória do Holocausto, convidamos a fazer uma visita ao que foi a estrutura construída deste campo de concentração.
Vamos primeiro pelas mãos de Daniel Oliveira e a sua reportagem especial em Auschwitz,no programa Alta Definição da SIC.
 

Ainda visitando o campo de concentração de Auschwitz, mas agora pelas imagens da RTP, podemos assistir à reportagem No silêncio de Auschwitz, a propósito dos 70 anos de Auschwitz

 
Entre maio de 1940 e janeiro de 1945 morreram no campo de concentração de Auschwitz mais de um milhão de pessoas, a maioria judeus, transformando aquele complexo numa das principais fábricas da morte do nazismo. Hoje é um local de visitas e reflexão...

Roupa. Malas. Sapatos. Óculos. São milhares de peças que se acumulam pelas salas de Auschwitz, testemunhando com o seu silêncio o destino de um milhão e trezentas mil pessoas que ali foram mortas pela ideologia nazi.

Entre as pilhas de objetos há ainda várias toneladas de cabelo, cortadas da cabeça de mulheres que entraram no campo completam um quadro de terror numa escala industrial nunca vista até então.

Ainda hoje os visitantes não conseguem ficar indiferentes. Para além de milhares de visitantes que ali se deslocam de forma individual, acompanhados de familiares ou amigos, há também muitas escolas que levam turmas inteiras ao campo para que estes conheçam “in loco” a temática do holocausto estudada nas aulas.


28 janeiro, 2021

Leon Weintraub - sobrevivente do campo de extermínio de Auschwitz

 Ainda lembrando o 76.º Aniversário da Libertação de Auschwitz no dia Dia Internacional da Memória do Holocausto:

Leon Weintraub sobreviveu à passagem pelo campo de extermínio de Auschwitz porque conseguiu fugir. Nunca mais viu a mãe e as irmãs, que morreram nas câmaras de gás.

Trezentos sobreviventes de Auschwitz regressaram à Polónia para assinalar os 70 anos de libertação do campo de concentração que ali existiu e que é considerado um dos maiores símbolos do holocausto.

Esta é umas das últimas oportunidades para ouvir testemunhos diretos sobre os horrores que ali passaram, uma vez que os sobreviventes têm quase todos mais de 90 anos.

Conheça o depoimento de Leon Weintraub, um judeu polaco que perdeu toda a família naquele campo e só escapou à morte porque fugiu.


                                                                             AQUI


Ficha Técnica
Título: Sobrevivente do holocausto conta à RTP como escapou à morte
Tipo: Reportagem
Autoria: Sandra Sá Couto
Produção: RTP
Ano: 2015

27 janeiro, 2021

LER O HOLOCAUSTO

76.º Aniversário da Libertação de Auschwitz: Dia Internacional da Memória do Holocausto


Auschwitz é a designação em alemão da localidade polaca Oswiecim, na província de Katowice, a cerca de 60 quilómetros a sudoeste de Cracóvia.Durante a Segunda Guerra Mundial, os nazis instalaram, nos arredores da povoação, um complexo de campos de concentração que ficaram tristemente célebres pela tragédia humana ali ocorrida ao longo de vários anos. Auschwitz, criado em maio de 1940, foi o maior de todos os complexos de extermínio nazis. Compreendia, efectivamente, quatro campos e trinta e oito "comandos" (casernas e edifícios militares e "administrativos"). Um dos campos, Birkenau, com as suas quatro gisgantescas câmaras de gás, era o lugar onde a "solução final" do povo judeu através de um "tratamento especial" atingiu a triste cifra de 20 000 incinerações por dia. No campo de Auschwitz, propriamente dito, os detidos, por exemplo, serviam de "cobaias" humanas para experiências "in vivo" dos tenebrosos médicos das SS (corpo paramilitar de elite). Homens e mulheres, principalmente polacos e judeus, foram explorados até ao limite humano. Milhares e milhares acabaram eliminados nas câmaras de gás. Muitos dos mártires de Auschwitz eram também crianças, muitas das quais submetidas a experiências biológicas (como os casos de gémeos). Outros dos que ali estiveram presos trabalhavam para a fábrica de Buna-Monowitz, a IG Farben. Também a um grande número dos deportados desta galeria de horrores eram explorados os seus resíduos. Em transferências de campos, morreram cerca de 80 000 pessoas, entre muitas tristes imagens e cifras contabilizáveis ou, talvez, ainda por contabilizar. Os registos nazis relatam apenas a morte de pouco mais de duas centenas de milhar de detidos.
Avalia-se, atualmente, em cerca de três a quatro milhões de indivíduos, na maioria judeus, metade dos quais oriundos da Polónia, o número de vítimas desta gigantesca e cruel máquina criminal nazi. Auschwitz foi libertada em 27 de Janeiro de 1945 pelos russos, mas ainda assim as SS conseguiram retirar, dez dias antes, numerosos "detidos" que transferiram ainda para outros campos de extermínio e reclusão, como Buchenwald e Dora.Os responsáveis desta macabra "campanha" de extermínio em Auschwitz foram condenados pelo tribunal de Nuremberga depois da guerra ter acabado, apesar de muitos não terem demonstrado arrependimento ou consciência daquilo que fizeram, para além de alguns dos "médicos" exterminadores terem conseguido obter refúgio seguro e impunidade junto das ditaduras militares sul-americanas.

Naquilo que foi a estrutura construída do campo de concentração, foi erigido em Abril de 1967, a expensas de antigos presos, diversos governos e povos, o Monumento Internacional do Martírio, da traça de arquitectos italianos e polacos.

O campo de concentração de Auschwitz foi classificado Património Mundial pela UNESCO.O dia da libertação de Auschwitz foi declarado pela ONU como o Dia Internacional em Memória do Holocausto.

Auschwitz. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013
wikipedia(imagem)

A entrada do campo marcada pela frase: Arbeit Macht Frei (O Trabalho Liberta)




Se isto é um Homem
Vós que viveis tranquilos
nas vossas casas aquecidas,
vós que encontrais regressando à noite
comida quente e rostos amigos,
considerai se isto é um homem:
quem trabalha na lama,
quem não conhece a paz,

quem luta por meio pão,
quem morre por um sim ou por um não.
Considerai se isto é uma mulher:
sem cabelo e sem nome,

sem mais força para recordar,
vazios os olhos e frio o regaço,
como uma rã no inverno.
Meditai que isto aconteceu.
Recomendo-vos estas palavras,
esculpi-as no vosso coração,
estando em casa, andando pela rua,
ao deitar-vos e ao levantar-vos.
Repeti-as aos vossos filhos.
Ou que desmorone a vossa casa,
que a doença vos entrave,
que os vossos filhos vos virem a cara.


Primo Levi (1946); tradução: Simonetta Cabrita Neto


https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2021/01/76-aniversario-da-libertacao-de.html?spref=fb&m=1&fbclid=IwAR027x9V2As-IGuo_NrMynpLu_dldub7hzqNtkGAkN9VqEkEetNunwqFntU

28 maio, 2020

DIAS DE QUARENTENA - LER O HOLOCAUSTO : PORTUGUESES NO HOLOCAUSTO


     Hoje é a Mariana Cabral que nos fala um pouco do livro que leu, no âmbito do projeto Ler o Holocausto, um desafio da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro com a turma C de 9º ano.

     O livro Os portugueses no holocausto, foi escrito por Esther Mucznik. Esther Mucznik nasceu em Portugal e é filha de pais polacos. Viveu em Israel e França. É fundadora e presidente da Associação Memória e Ensino do Holocausto e também do museu judaico de Lisboa e membro da comissão de liberdade religiosa. 

Esther Mucznik

     Este livro fala dos refugiados que fugiram do holocausto e que se refugiaram em Portugal, pois nessa altura Portugal era um país considerado neutro e por essa razão ajudou muita gente mesmo que pelo facto de serem judeus não facilitasse a sua entrada. Eles tiveram de fugir de Hitler pois na sus visão os judeus eram como micróbios e parasitas. 

     Cá em Portugal a vida dos refugiados também não era fácil pois eles sentiam que os portugueses os julgavam pelas coisas que ouviram falar : "quando os judeus refugiaram-se em Portugal sentiram um ambiente hostil pois de facto as pessoas chegaram a um ponto que tinham medo deles e era difícil para os judeus integrarem-se em Portugal" - pág 57. 

     O holocausto foi uma época horrível na história da humanidade, mostrando assim o pior lado do ser humano. Ao ler este livro veio-me ao de cima um monte de emoções desde  raiva, tristeza, frustração, desapontamento entre outras emoções. 

     Apesar do tema ser um pouco pesado. é um livro muito interessante pois em vez de dar só o ponto de vista de quem está num campo de concentração como outros livros, dá o ponto de vista dos refugiados. 

    Obrigada Mariana pela tua partilha e reflexão sobre o livro que leste.

27 maio, 2020

DIAS DE QUARENTENA - LER O HOLOCAUSTO: O TATUADOR DE AUSCHWITZ


Agora é a vez de Maria Gomes, aluna da turma C do 9º ano, partilhar connosco a sua leitura  do livro O Tatuador de Auschewitz, no projeto Ler o Holocausto, da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro.

O Tatuador de Auschwitz foi escrito por Heather Morris, que nasceu na Nova Zelândia mas habita atualmente na Austrália. Em 2003 Heather conheceu Lale Sokolov que lhe contou tudo o que aconteceu no holocausto, até os detalhes mais íntimos.

Heather Morris

     O livro conta a história de Lale que tinha 24 anos e era judeu. Lale foi voluntário para ir para o campo de concertação para proteger a sua família. Lale dirigiu-se até Praga onde apanhou o comboio em que viajou em muito más condições, até ao campo de concentração. No início ele trabalhou na construção de novos barracões mas depois conseguiu tornar-se tatuador. No decorrer do livro, Lale faz amigos e também apaixona-se por uma rapariga chamada Gita, que mais tarde se tornara sua mulher. Lale passa por alguns contratempos mas consegue sempre superá-los. O livro acaba com Lale a encontrar Gita e a pedi-la em casamento, depois de os dois terem sido mandados para campos de concentração diferentes. Lale quando volta para casa descobre que quase toda a sua família morreu.

    Este livro aborda vários temas como as condições de vida no campo de concentração, a violência dos nazis para com os prisioneiros, a chegada ao campo de concentração, a fome, a higiene, e muitos outros temas.

    As citações que mais me marcaram no livro foram- “...o vagão está tão cheio que eles nem se podem sentar, quando mais estenderem-se. Dois baldes fazem as vezes de casas de banho. Quanto enchem até cima gera-se uma luta; todos querem escapar ao fedor.”, pagina 15.

     Outra citação que me chamou a atenção sobre a comida que era lhes dada: “Saí da fila e examinei a comida. É um líquido acastanhado, sem nada de sólido lá dentro e de cheiro indescritível. Não é chá, café ou sopa. Lale teme vomitar ao beber o líquido repulsivo muito devagar”, pagina 28. 

     Todos os dias montes de pessoas inocentes morriam pelas mínimas razões que fossem: “Está cheio de corpos, corpos nus às centenas. Estão todos empilhados, os braços e as pernas contorcidos. Olhos inertes fitam o vazio. Homens, novos e velhos; debaixo deles, as crianças. Sangue, vomitado, urina e fezes. Paira o cheiro a morte” , pag.121 ; “As mulheres embalam no colo os meninos e as meninas que foram alvejados.” , pag.137 .

     Em relação ao livro eu achei um livro muito triste mas romântico ao mesmo tempo. Este livro faz-nos refletir sobre vários assuntos e também é muito comovente. Mas mesmo assim vale a pena ler para sabermos o que aconteceu. 

     Acho que aprendi muito sobre este tema de uma maneira “diferente” do que aprenderíamos nas aulas e acho que ler é uma das melhores maneiras de aprender. E pelo menos comigo parecia que estava lá enquanto lia, assim dando mais vontade para continuar a ler. 

     Obrigada Maria Gomes pela partilha e reflexão sobre a leitura deste livro.


26 maio, 2020

DIAS DE QUARENTENA - LER O HOLOCAUSTO: NOITE DE ELIE WEISEL




     Jhennyfer Pinto, aluna do 9º ano da turma C, leu o livro Noite de Elie Wiesel, no projeto Ler o Holocausto, com a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro. Hoje a Jhennyfer escreve-nos assim sobre o livro: 

     Hoje irei falar sobre o livro “Noite”. O livro foi escrito por Elie Wiesel, ativista político, professor e escritor. Wiesel Nasceu a 30 de setembro de 1928 na Roménia e faleceu a 2 de julho de 2016 em Nova York, EUA. ​ 


Elie Wiesel

     Este livro é o testemunho do próprio autor, que foi um dos judeus sobreviventes ao Holocausto-Nazi. Ao longo do livro Wisel conta as dificuldades e os horríveis acontecimentos desde a retirada dos judeus de suas casas, da viagem de comboio, até o fim da sua difícil jornada. 

     Wiesel relata que Judeus de Sieghet começaram a ser mobilizados para sair de suas casas, tendo de deixar tudo para trás, sendo obrigados a levar somente o necessário (comida, água e algumas mudas de roupa) e abandonando tudo que lhes era de valor (jóias e dinheiro). Wiesel e sua família foram os últimos a apanhar o comboio de carga para o campo de concentração, onde se encontravam umas 80 pessoas no vagão «Não era possível esticar-mo-nos nem sequer sentar-mo-nos todos ao mesmo tempo (…) o ar era escasso. Felizes eram aqueles que se encontravam perto de uma janela (… ) Acasalavam-se no meio de nós...»(p.37)​.

      Nenhum judeu de Sieghet sabia qual era o propósito e muito menos o destino daquela suposta viagem, muitos achavam que aquela viagem seria umas "férias", e nessa suposição de que eram férias muito dos judeus achavam que Hitler não lhes faria mal nenhum «…Hitler não será capaz de nos fazer mal, nem mesmo que queira...»(p.22), o que de fato era uma grande ilusão, porém os judeus só descobriram o seu destino quando já era tarde demais. 

     Wiesel presenciou muitas mortes ao longo de sua jornada «... O mundo? O mundo não se interessa por nós, atualmente, tudo é permitido. Tudo é possível, mesmos os fornos crematórios...» (p.47). 

    Neste livro é relatada uma perca de fé por parte de Wiesel, ou seja, ele perdia a esperança em seu Deus « (…) porque é que eu devia santificar o seu nome?(…) por que razão eu lhe agradeceria?». 

    Na minha reflexão sobre o livro «Noite» gostaria de salientar que gosto muito de ler os testemunhos das pessoas que conseguiram sobreviver, ou não como no caso de Anne Frank, ao holocausto, numa época deveras horrível, com certeza uma mancha na História da Humanidade.

     Acho uma excelente ideia as pessoas se interessarem pelos os livros das memórias dessa época, pois nos ajudam a ver o quanto a humanidade consegue ser tão "mente fechada". Temos de saber mais e aprender mais para assim evoluir como pessoas e não deixar que uma atrocidade dessas volte a ocorrer no nosso planeta azul, deixando-o novamente manchado com a cor vermelha, do sangue que foi derramando, o sangue de pessoas inocentes. 

     Temos que fazer o mundo saber sobre esses fatídicos acontecimentos... 

Obrigada Jhennyfer Pinto por partilhares connosco esta tua leitura.

25 maio, 2020

DIAS DE QUARENTENA - LER O HOLOCAUSTO: A ÚLTIMA TESTEMUNHA DE AUSCHWITZ


     Hoje é a vez da Daniela Vicente nos falar um pouco da obra que leu e trabalhou, na atividade realizada com a turma C do 9º ano, Ler o Holocausto, com a disciplina de História e a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro.
      O livro que a Daniela nos vai apresentar é A Última Testemunha de Auschwitz, de Denis Avey:

Denis Avey
      Denis Avey, nasceu a 11 de janeiro de 1919 no Essex no Reino Unido. Estudou na Faculdade de Leyton, e aos 20 anos alistou-se no exército. Rob Broomby, é jornalista do BBC World Service, trabalha há mais de 20 anos como jornalista radiofónico, especialmente para o BBC Radio. 

Rob Broomby
      Este livro conta a história de Denis Avey, um soldado britânico que começou por combater no deserto (“Verificava se o meu revólver 38 estava mesmo ali ao lado, se as granadas de mão estavam ao meu alcance e, depois, baixava a cabeça.” (página 39)) onde acabou por ser ferido (“Não senti ter sido atingido por uma bala. Foi apenas um golpe violento no tronco quando me estiquei para lançar a última granada. Fora ferido.” (página 103)) e feito prisioneiro.

      Mais tarde, foi levado para o campo de trabalho E715 perto de Auschwitz III, onde salvou a vida de um prisioneiro judeu contrabandeando cigarros e acabou por trocar de lugar com um prisioneiro judeu por duas vezes onde relatou o que viu. “Ouvi um homem a ser espancado por se mexer com muita lentidão. Alguém que estava demasiado fraco para se pôr em pé.” (página 182) Por esse motivo, em 2010, foi distinguido como um dos 27 “Heróis Britânicos do Holocausto”. Algum tempo depois, os prisioneiros de guerra e os judeus foram obrigados a abandonar os campos e a fazerem o que ficou conhecido como marcha da morte. “Tinha visões da marcha da morte e dos corpos congelados. Caminhávamos por cima deles ao longo de quilómetros.” (página 229).



Denis Avey com 92 anos
      O pós-guerra não foi fácil e Denis Avey sofreu muito com as memórias de tudo pelo que passou. “Tinha a memória saturada, mas não conseguia deitar nada cá para fora. A quem contaria alguma coisa? Olhando agora para trás, sei que me encontrava num estado terrível. Stress pós-traumático, é como lhe chamam hoje em dia. Precisei de anos para regressar ao pensamento racional. Eu era mesmo estranho.” (página 229).

      Acho muito importante que nós conheçamos livros sobre este tema apesar da brutalidade, pois assim contribuímos para que nada igual aconteça no futuro.



Obrigada Daniela pela tua partilha e reflexão.