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19 maio, 2020

DIAS DE QUARENTENA - LER O HOLOCAUSTO: A RAPARIGA DE AUSCHWITZ


   
       Hoje iniciamos uma série de publicações relativas a um projeto abraçado pela turma C do 9º ano, na disciplina de História com a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, intitulado Ler o Holocausto. Cada aluno da turma leu uma obra referente ao holocausto da segunda guerra mundial, de preferência escrita por sobreviventes ou testemunhas da época.Foi elaborado um trabalho exaustivo sobre cada obra lida, do qual agora já em período de quarentena, resultam estes apontamentos resumidos  em formato de comentário pessoal.
Nesta primeira publicação começamos pela nossa aluna Ana Carolina Alves que leu a obra

A Rapariga de Aushwitz , que nos apresenta assim:


O livro que eu li foi “A Rapariga de Aushwitz”, um livro escrito por Eva Shloss. 


 Eva Shloss


Eva Shloss foi uma sobrevivente judia dos campos de concentração de Aushwitz-Birkenau e nasceu a 1 de maio de 1929 em Viena, Áustria. Atualmente vive com 91 anos em Londres. 
O livro aborda principalmente o tema Holocausto e fala sobre a sobrevivente Eva Schloss que conta a sua vida vivida em grande pressão e sofrimento. Eva Schloss vivia com a sua mãe Fritzi (Mutti), o seu pai (Pappy) e o seu irmão Heinz, em Viena, na Áustria.
Eva, Mutti e Heinz

     Em 1938 quando os nazis, comandados por Hitler, invadiram a Áustria com a intenção de exterminar os judeus, a família de Eva foi das poucas famílias que conseguiu fugir. A família de Eva apesar de conseguir fugir acabou por ser capturada no 15º aniversário de Eva, em Amesterdão, de onde eles foram levados para o campo de concentração de Auschwitz, onde foram separados os homens das mulheres. Eva e a mãe sobreviveram com alguma sorte. Quando a guerra acabou e o campo foi libertado, as duas iniciaram o regresso a casa, tendo sabido mais tarde que o pai e o irmão de Eva tinham morrido.



 Eva e Anne Frank
     Tempos depois a mãe de Eva casa com o pai de Anne Frank, que também tinha perdido a sua mulher e filhas.
     Algumas citações ao longo do livro chamaram-me bastante a atenção como por exemplo na página 33 : “Nunca esquecerei o medo e o pressentimento que me invadiram na noite em que os nazis chegaram a Viena.”. Esta citação demonstra a chegada dos nazis a Viena em que Eva após os toques dos sinos da igreja, fica com medo e confusa em relação ao que está a acontecer.

    Outra das citações é sobre a viagem de comboio para o campo de concentração que está na página 107: “Auschwitz era um mundo de porcaria, fome e depravação (…) Quando recebi a minha tigela, amarrei-a às minhas roupas esfarrapadas e nunca a perdi de vista.” . Esta citação fala sobre a viagem da família para o campo de concentração em que Eva percebe que a vida em Aushwitz não tinha nada a ver com a sua vida em Viena, eles só comiam uma vez por dia quando os guardas abriam as portas a atirarem pedaços de pão.

    Considerei este livro muito “pesado”, é uma história incrível de sofrimento e sobrevivência. Relata histórias de medo, fome, frio, doença, morte, mas por outro lado uma profunda determinação e um amor imenso entre mãe e filha que conseguem sobreviver.
     Na minha opinião este livro ensina-nos a dar valor à vida e às condições que temos.
De qualquer forma, foi um livro que adorei ler e mais uma história que gostei de conhecer e explorar.

Obrigada Ana Carolina, pela partilha.

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