Mais uma reflexão sobre segurança na Internet,
neste mês de fevereiro, mês da Internet Mais Segura
O Facebook é a história de um rapaz tímido, de poucas falas e amizades. Mark Zuckerberg não era só um solitário, era também um génio informático que em 2004 criou um clube restrito para universitários, uma rede social onde era possível trocar mensagens, inserir vídeos e fazer amigos, muitos amigos. O sucesso foi imediato e perdura com mais de mil milhões de utilizadores de todas as idades e de todo o mundo. Em Portugal, 77% dos cibernautas têm conta no site onde só se pode entrar a partir dos 13 anos. Mas esta regra é muitas vezes contornada com a ajuda dos pais, e assim, os mais novos conseguem mais cedo ter uma vida online.
O acesso não podia ser mais simples: basta um endereço eletrónico, criar uma conta, construir um perfil e começar a partilhar interesses com a imensa família do “Face”. Os adolescentes expõem-se sem preocupações, fornecem dados importantes sobre a sua vida privada, esquecem-se que uma brincadeira inocente pode ter consequências graves. No mundo virtual, nada desaparece, tudo é facilmente replicado, copiado e explorado por empresas que comercializam dados pessoais e não só. A exposição exagerada pode parecer inofensiva, mas os casos de roubo de identidade, rapto, cyberbullying, pedofilia, acontecem veMzes demais. O perigo está lá, a questão é coMais umo o evitar.
Os primeiros passos na rede devem ser acompanhados pelos pais. É fundamental explicar que, tal como na vida real, não se deve falar com estranhos, dar o número de telemóvel, a morada de residência ou a da escola, nem publicar fotografias íntimas. As crianças precisam de ajuda para decifrar informações e perceber que há limites para o que se escreve e divulga no Face, porque tudo o que lá se faz fica à vista de todos.