As Bibliotecas Escolares são lugares de conhecimento e de informação e têm o desafio de diversificar as abordagens na promoção da aprendizagem. Os objetos antigos são uma parte importante da história e cultura de um povo, e por este facto a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro pretendeu dar a conhecer realidades e histórias de um Portugal de há 50 anos.
Uma nova turma de 7º ano visita a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro e a sua exposição Coisas de Portugal dos anos 60/70 do século XX. Estes alunos do 7º A2, do professor João Correia, sabiam bem a matéria dada sobre a importância das fontes materiais para o conhecimento do passado histórico. A professora bibliotecária explicou que esta exposição está integrada nas comemorações dos 50 anos da Revolução Portuguesa de 25 de Abril de 1974.
Dando a conhecer como se vivia há 60 ou 50 anos em Portugal, foram sendo explorados vários objetos da exposição . Pratos de esmalte é coisa que os nossos alunos não conhecem e ficam a saber como este material era largamente utilizado no meio rural português. Produzida em território nacional, a loiça de esmalte inundou
o mercado como uma alternativa económica e foi utilizada sobretudo no meio
rural onde não havia condições económicas para adquirir peças de loiça mais
requintada. Tachos, panelas, pratos e cafeteiras, tudo era de esmalte.
As propriedades do alumínio, mais leve, resistente à corrosão e com excelente condutividade térmica, foi garantindo lugar tanto nas cozinhas das cidades como nas do campo, substituindo lentamente a loiça esmaltada e o ferro. Este alunos nunca tinham pegado em talheres de alumínio, e puderam constatar como eram mais leves e que se gastavam com o uso.
Passando do meio rural para o urbano, foi possível a esta turma conhecer as caixas de cozinha da Edmar. Ficaram a saber que nos
finais dos anos 60 era rara a cozinha urbana portuguesa de classe média sem estas caixas desta marca portuguesa de Leiria. A maioria dos produtos eram vendidos ao peso e por
isso as cozinhas urbanas enchiam-se de recipientes para armazenar as compras.
Muitos dos nossos alunos conheciam a candeia a petróleo da casa dos seus avós, mas o que não sabiam é que nas décadas de 60 e 70 do século XX ainda existiam amplas zonas do
interior do país que aguardavam a eletrificação, e que em 1966, ainda havia
muitas freguesias a que a eletricidade não chegava.
Foi possível abordar também a passagem do analógico ao digital através da apresentação da máquina fotográfica Petri EB n , uma máquina fotográfica fabricada e montada no Japão a partir de 1960. Os alunos não imaginavam que os flashes das máquinas fotográficas poderiam ser tão grandes.
Muitos objetos ainda explorámos e houve tempo ainda para os alunos descobrirem o que seria aquele objeto laranja a que uns chamaram escorredor de massa e outros objeto para lavar a salada. Era um Passevite!
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