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05 novembro, 2013

A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho

A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho é um conto narrativo de Mário de Carvalho, publicado em 1983. Trata-se de uma obra que vai amalgamar duas datas, as de 4 de Junho de 1148 e as de 29 de Setembro de 1984. No desenrolar da ação vai-se fazendo fortes críticas ao exército português e às forças paramilitares e policiais da década de 80.
Resumo
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O início do conto dá-se quando a musa da história, Clio, adormece e deixa dois fios da tapeçaria milenária da história enlearem-se, amalgamando-se as datas de 4 de Junho 1148 e de 29 de Setembro de 1984. De seguida, em Setembro, já no desenrolar da ação, Ibn-el-Muftar, um líder mouro, que conduzia o seu exército para a reconquista de Lisboa, - surpreso com a mudança de época e paisagem provocada por Clio - pensa estar sobre o efeito de um passe de magia cristã. O agente da PSP Manuel Reis Tobias que, no momento da chegada repentina do exército de Ibn-el-Muftar na Lisboa do século XX, estava de serviço, - escondido atrás de um prédio perto de uns semáforos onde era vulgar a sua transgressão - comunica uma mensagem ao posto de comando dizendo que havia uma manifestação não autorizada na Avenida Gago Coutinho e parte do Areeiro. Poucos minutos mais tarde, chega a polícia de intervenção rápida que, ao tentar "limpar a avenida", é desmobilizada ao ver que a cavalaria moura se preparara para investir contra eles. No entanto, o exército português chega, depois de ter sido pedido o seu auxílio pela PSP. O capitão Aurélio Soares das Forças Armadas Portuguesas consegue alcançar Ibn-el-Muftar para diálogo, depois içar uma bandeira branca. Depois de se saudarem os dois em árabe, Ibn-el-Muftar e o seu exército desaparecem deixando o capitão Soares e toda a escolta militar confusa com aquele fenómeno.
A causa desse súbito desaparecimento fora o facto da deusa Clio ter despertado do seu sono e retificado o curso da história, fazendo desaparecer os mouros e fazendo esquecer todas as pessoas que testemunharam aquele fenómeno que nada tinha acontecido. Visto que ninguém sabia o que se passara, os oficiais responsáveis pelas forças policiais e militares portuguesas que intervieram na ação, tiveram que explicar em tribunal marcial o porquê de se encontrarem na Avenida Gago Coutinho com respetivos batalhões, sem aparentemente nada se ter sucedido. Já para o exército de Ibn-el-Muftar o acontecimento foi menos grave, uma vez que eles aproveitaram o caminho de regresso para devastar os campos agrícolas de Santarém. É uma obra versátil e adequada a qualquer idade!
                                                                                                                                                    Fonte: Wikipédia
 

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