Blogue da Biblioteca Escolar da Escola Básica Ferreira de Castro - Sintra

Aqui partilhamos tudo o que acontece na nossa Biblioteca.

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30 março, 2017

Semana da Leitura 2017 - Leituras vendadas

Na Semana da Leitura 2017 a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro proporcionou à comunidade educativa inúmeras atividades de incentivo à leitura.

No dia 27 de março tivemos a atividade Leituras Vendadas. Alunos de 5º ano ouviram ler de olhos vendados,  lendo sem ver, lendo escutando,  lendo para dentro imaginando.



Focar a atenção no que se ouve ler e transformar o que se escuta em imagens cerebrais, faz de cada ouvinte um genuíno construtor de histórias capaz de entender emoções.



Após três anos de ter recebido o Prémio Nobel da Literatura, José Saramago publica o conto A maior Flor do Mundo. É  precisamente este conto que os alunos  ouviram ler de olhos vendados, lido pelas professoras Rita Proença e Anabela Carvalho, tendo como fundo um tema musical.



Esta é a história de um menino que se torna um herói quando arrisca tudo para salvar uma flor que estava a morrer.


Parece ser a medo que José Saramago escreve esta história e confessa :
As histórias para crianças devem ser escritas com palavras muito simples… 
Quem me dera saber escrever essas histórias…
José Saramago



Este é um conto de uma subtileza tal que toca todos os corações de olhos vendados. O protagonista da história enfrenta todas as limitações e dificuldades para ajudar uma pequena flor que se torna muito maior que o menino. Como diz Saramago: o menino tinha sido capaz de fazer uma coisa que era muito maior do que o seu tamanho e do que todos os tamanhos.


Valemos pelo que fazemos e não pelo nosso tamanho, é o que concluem os alunos depois de terem tirado a venda e debatido a moral da história.


Depois de escutarem a história e de a discutirem em grupo revelando o que imaginaram ser este conto, os alunos visionaram um filme de animação de Juan Pablo Etcheverry , baseado neste conto, e em que José Saramago aparece como personagem e é o narrador.


Este era o conto que eu queria contar. Tenho muita pena de não saber escrever histórias para crianças. Mas ao menos ficaram sabendo como a história seria, e poderão contá-la doutra maneira, com palavras mais simples do que as minhas, e talvez mais tarde venham a saber escrever histórias para crianças…
José Saramago


E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos?
Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?
José Saramago

29 março, 2017

Semana da Leitura 2017 – Encontro literário com o escritor Gabriel Magalhães


No passado dia 27 de março, integrado na Semana da Leitura, tivemos o prazer de ter na Biblioteca Escolar Ferreira de Castro o escritor e Professor Doutor Gabriel Magalhães.
Vindo diretamente da Universidade da Beira Interior para este encontro literário, Gabriel Magalhães encontrou-se com professores, encarregados de educação, elementos da Associação de Pais e outros elementos da comunidade educativa.
Gabriel Magalhães partilha neste encontro o seu processo criativo associado a uma espiritualidade que marca as suas obras.

Como professor universitário confessa-se apreensivo relativamente aos hábitos de leitura e procedimentos de escrita de uma geração marcada pelo imediatismo das novas tecnologias e pelo cada vez mais difícil processamento da imensa informação.



É preciso deixar o leitor ser também escritor. Este é um dos segredos dos romances: deixá-los abertos. No fundo, o escritor toca piano e o leitor canta: todos os livros são um dueto. Quem lê, julga que está calado – mas isso não é verdade. O leitor está a cantar com a sua imaginação. É claro que, quando projeto um livro, tenho algumas ideias em mente, mas escrever não é martelar essas ideias – é atirá-las ao leitor como quem lança um avião de papel. Os romances são isso: aeroplanos de papel. Não se pode pretender deles que tenham escalas e rotas demasiado exatas, como os aviões de metal. Por outras palavras: a ideia de um romance terá de ser sempre uma ideia em movimento: uma música – e não uma pedra que cai sobre o leitor e o esmaga.

http://www.segredodoslivros.com/entrevistas/gabriel-magalhaes.html



GABRIEL MAGALHÃES – Nota Biográfica
Luanda, 1965. Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Portugueses e Espanhóis, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Doutorou-se na Universidade da Salamanca, em Espanha, com uma tese intitulada Garrett e Rivas: o Romantismo em Espanha e Portugal (publicada pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda em 2009). Foi professor na Universidade de Salamanca e é docente da Universidade da Beira Interior, onde exerce atualmente o cargo de Diretor da Licenciatura em Ciências da Cultura. Tem publicado obras de investigação sobre temas ibéricos e promovido projetos de investigação nessa mesma área. Com o romance Não Tenhas Medo do Escuro (Difel, 2009), recebeu o Prémio de Revela
ção da Associação Portuguesa de Escritores. Outras obras romanescas: Planície de Espelhos (Difel, 2010), Madrugada na Tua Alma (Alêtheia, 2011) e Restaurante Canibal (Alêtheia, 2014). Volumes de ensaio: Los secretos de Portugal (RBA, 2012), escrito originalmente em castelhano, Espelho Meu: A leitura diária do Evangelho pode mudar a vida (Paulinas, 2013), Como Sobreviver a Portugal Continuando a Ser Português (Planeta Manuscrito, 2014) e ainda O Mapa do Tesouro – Para chegar à verdade de nós mesmos (Paulinas, 2015). Saiu em janeiro de 2016 o ensaio Los españoles (Elba), também redigido em espanhol. Livros seus foram ou estão a ser traduzidos para catalão, espanhol, italiano e polaco. Colabora no jornal La Vanguardia, de Barcelona, e no Jornal do Fundão.



Algumas das obras de GABRIEL MAGALHÃES








28 março, 2017

Semana da Leitura 2017 – D. Quixote

Entre 27 e 31 de março de 2017,decorreu a 11ª edição da Semana da Leitura, que convidou as escolas a celebrarem a leitura com iniciativas de leitura que traduzam ambientes plurais que motivem a participação das crianças e dos alunos em atividades de leitura livres.


Neste sentido a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro dinamizou com alunos, professores, famílias e restante comunidade educativa a semana de 27 a 31 de março, com diversas iniciativas e projetos numa partilha e incentivo ao gosto pela leitura e o prazer de ler.

Envolveram-se diversas disciplinas e respetivos currículos assim como turmas de 1º, 2º e 3º ciclos.

Começamos por agradecer a todos quanto se envolveram dedicada e empenhadamente na Semana da Leitura com criatividade, trabalho, ideias, atividades, e gosto por tudo o que tem a ver com a leitura.


Deu-se início à Semana da Leitura a 27 de março com a apresentação da obra de Miguel Cervantes, D. Quixote de La Mancha, por diversas turmas de 8º ano para alunos de 6º ano.


Estas apresentações foram preparadas nas aulas de Espanhol e consistiram, para além da leitura de excertos da obra, na mostra de um ppt feito pelos alunos com a apresentação de Miguel Cervantes e esta sua obra D. Quixote. 


A aventura de D. Quixote e os seus moinhos de vento transportou os alunos ao mundo da perseverança, da luta por aquilo em que se acredita, ao confronto entre a realidade e o sonho. A luta por um ideal e a ideia de loucura, dão o significado à luta quixotesca da ficção contra a realidade.


Deste modo os alunos puderam conhecer uma das maiores obras da literatura mundial.

As sessões finalizaram com um jogo de perguntas e respostas sobre a obra e o seu autor.


Por fim os alunos puderam ter uma aula de introdução ao Espanhol onde aprenderam expressões mais comuns desta língua.

25 março, 2017

Ler o Holocausto


Terminou a apresentação de todas as turmas de 9º ano aos alunos de 6º ano , de obras referentes ao holocausto da segunda guerra mundial. Muitos foram os livros trabalhados e apresentados na biblioteca escolar. Aqui fica a referência de mais algumas obras apresentadas.










24 março, 2017

Projeto Ecobíblio - Eco-concerto

No âmbito do Projeto Ecobíblio da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, com a colaboração do SMAS de Sintra, a Biblioteca Escolar no passado dia 23 de março, apresenta um atelier de música sob o tema da preservação da água no nosso planeta, com exibição de violino, viola e contrabaixo, com músicos da Orquestra do Teatro Nacional de S. Carlos.  


Eco-concertos é o nome do atelier que o SMAS Sintra disponibiliza às escolas, atividade que chama a atenção para a falta da água potável e para a importância da recolha e separação dos resíduos urbanos, valorização e reciclagem. Através de uma conversa informal contam-se histórias ilustradas com excertos de peças de música clássica tocadas ao vivo.



Dirigido a quatro turmas de sétimo ano, em duas sessões,  iniciou-se  a sessão com a apresentação dos instrumentos, suas sonoridades e complementos. 



Compreender a necessidade de preservar o meio natural e nele a própria água, foi o objetivo que se relacionou com o programa de Ciências Naturais. A Natureza é apresentada como um todo e serve de mote aos vários temas musicais.


Assim podemos ouvir excertos de obras como As Quatro Estações de Vivaldi, ou a Valsa Danúbio Azul de Strauss, a Valsa das Flores de Tchaikovsky, Pizzicato Polka de Johann Strauss e a Marcha Radetzky de Strauss.




Conteúdos de Ciências Naturais e de Música misturaram-se numa exibição perfeita, em mais uma atividade da Biblioteca Escolar de apoio ao currículo.