Blogue da Biblioteca Escolar da Escola Básica Ferreira de Castro - Sintra

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26 outubro, 2023

Coisas de Portugal dos anos 60/70 do século XX - Exposição ( 9ºA4 )


Desta vez são os alunos do 9º A4 que visitam a exposição Coisas de Portugal dos anos 60/70 do século XX, da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro. Vêm com a professora de História Ana Aguiar, e fazem uma introdução à temática do Estado Novo em Portugal, na perspectiva económica e social das décadas de 60 e 70.

Pegamos no telefone de mesa AEP 7A criado em 1962, e revelamos como este modelo teve grande expansão nacional. Produzido pela Automática Eléctrica Portuguesa, foi um dos terminais que mais tempo persistiu nas redes urbanas e rurais, chegando em muitos casos até aos nossos dias. Estes alunos ficaram a  saber que, no entanto, na década de 60 não havia telefones em Portugal a não ser nos estabelecimentos comerciais e em casas com grande desafogo económico. Nos anos 70 Portugal tem cerca de 6,5 assinantes de telefone por 100 habitantes, estando Portugal muito abaixo da média europeia.


A leiteira é objeto que muitos alunos identificam e ficaram também a saber que a  população portuguesa que nos anos 60-70 do século XX podia beber leite, comprava-o fresco ao produtor que o vendia nestas leiteiras de alumínio. No entanto para a maioria da população portuguesa, sobretudo rural, ovos, leite, manteiga e queijo eram considerados artigos de luxos.


Estes alunos ficaram a saber o que é uma barra de sabão e que a fábrica mais antiga a produzir sabão azul e branco em Portugal, é a Saboaria e Perfumaria Confiança, em Braga, que foi fundada a 12 de outubro de 1894.

A propósito do sabão, falamos de como em 1972 33% da população de Portugal continental não tinha acesso a sistemas de distribuição de água, e que a água, mesmo abundante, não seria suficiente para lavar o corpo e assim o sabão era o elemento fundamental dessa lavagem. Com este sabão fazia-se a higiene pessoal, lavava-se a roupa e a loiça, sobretudo no meio rural.



Ficaram todos a saber que nos anos de 1920, a marca Confiança produzia sabonetes, pó de arroz, água-de-colónia, sabonetes medicinais, extratos extrafinos e óleos com origem na flora das antigas colónias portuguesas. Inicialmente o sabonete era acessível às famílias mais abonadas economicamente, mas democratizou-se à medida que o seu custo foi descendo de modo significativo.




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