Desta vez são os alunos do 9º A4 que visitam a exposição Coisas de Portugal dos anos 60/70 do século XX, da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro. Vêm com a professora de História Ana Aguiar, e fazem uma introdução à temática do Estado Novo em Portugal, na perspectiva económica e social das décadas de 60 e 70.
Pegamos no telefone de mesa AEP 7A criado em 1962, e revelamos como este modelo teve grande expansão nacional. Produzido pela Automática Eléctrica Portuguesa, foi um dos terminais que mais tempo persistiu nas redes urbanas e rurais, chegando em muitos casos até aos nossos dias. Estes alunos ficaram a saber que, no entanto, na década de 60 não havia telefones em Portugal a não ser nos estabelecimentos comerciais e em casas com grande desafogo económico. Nos anos 70 Portugal tem cerca de 6,5 assinantes de telefone por 100 habitantes, estando Portugal muito abaixo da média europeia.
A leiteira é objeto que
muitos alunos identificam e ficaram também a saber que a população portuguesa que nos anos 60-70 do
século XX podia beber leite, comprava-o fresco ao produtor que o vendia nestas
leiteiras de alumínio. No entanto para a maioria da população portuguesa,
sobretudo rural, ovos, leite, manteiga e queijo eram considerados artigos de
luxos.
Estes alunos ficaram a saber o que é uma
barra de sabão e que a fábrica mais antiga a produzir sabão azul e
branco em Portugal, é a Saboaria e Perfumaria Confiança, em Braga, que foi fundada a 12 de
outubro de 1894.
A propósito do sabão, falamos de como em 1972 33% da população de Portugal continental não tinha acesso a sistemas de distribuição de água, e que a água, mesmo abundante, não seria suficiente para lavar o corpo e assim o sabão era o elemento fundamental dessa lavagem. Com este sabão fazia-se a higiene pessoal, lavava-se a roupa e a loiça, sobretudo no meio rural.
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