Blogue da Biblioteca Escolar da Escola Básica Ferreira de Castro - Sintra

Aqui partilhamos tudo o que acontece na nossa Biblioteca.

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18 fevereiro, 2019

Instrumentos de orientação náutica - Programa Cientificamente Provável




Viajando com os astros, o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço com o Programa Cientificamente Provável da Rede de Bibliotecas Escolares, no passado dia 14 de fevereiro, na Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, levou turmas de 8º ano ao tempo dos grandes navegadores que se guiavam pelo sol. 




Os alunos construíram um quadrante, aprenderam a utilizar o astrolábio, a medir a altura do sol e a orientar-se em pleno Oceano.





Uma aula de História  e Matemática diferentes.


17 fevereiro, 2019

Desenvolvimento e construção sustentável no âmbito do ambiente construído - Programa Cientificamente Provável


No passado dia 13 de fevereiro, a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, no âmbito do Programa Cientificamente Provável da Rede de Bibliotecas Escolares, recebeu o Professor Doutor Alberto Reaes Pinto, Professor Catedrático da Faculdade de Arquitetura e Artes (FAA) da Universidade Lusíada de Lisboa (ULL), Doutor em Arquitetura pela Universidade de Salford-UK e Coordenador do Centro de Investigação e Desenvolvimento, em Território, Arquitetura e Design (CITAD) da FAA da Universidade Lusíada.


Os alunos de 9º ano puderam ouvir falar sobre Desenvolvimento e construção sustentável no âmbito do ambiente construído, e puderam refletir sobre o impacto da construção na sustentabilidade.



A política de crescimento económico, com base no carbono, tem posto em evidência a necessidade de se discutir que tipo de desenvolvimento pretendemos, sendo certo que o atual nos está a conduzir no sentido de comprometermos as gerações vindouras. Ora a indústria de construção é uma atividade que produz grandes impactes ambientais negativos. Daí a necessidade de inseri-la no âmbito e princípios da Construção Sustentável. Nesse sentido, há que encontrar outros modelos de construção, com tecnologias mais produtivas, utilizando menor volume de matérias-primas e materiais mais renováveis, reduzindo assim os impactes negativos, que resultam da sua exploração e do seu uso. (Alberto Reaes Pinto, A escolha dos materiais para a construção sustentável, revista arquitetura Lusíada,  N. 3 (2.º semestre 2011). - p. 77-82.)



Encontrarmos outro tipo de Arquitetura, mais adequado para o desenvolvimento das nossas cidades, para sabermos intervir de uma maneira mais sustentável no nosso património construído e tendo presente o esgotamento relativamente à construção nova de Edifícios. Defendemos uma reflexão sobre qual o modo de fazer Arquitetura, que considere melhor os nossos recursos, as nossas tecnologias, o nosso clima e a nossa identidade. ( Alberto Reaes Pinto, Reflexões sobre arquitetura e mudança, revista arquitetura Lusíada,N.4( 2013) - Resumo


Com esta palestra, alunos e professores de Geografia puderam trabalhar competências de Geografia para o final de 3º ciclo, nomeadamente: Analisar casos concretos de impacte dos fenómenos humanos no ambiente natural, refletindo sobre as soluções possíveis, Refletir criticamente sobre a qualidade ambiental do lugar/região, sugerindo ações concretas e viáveis que melhorem a qualidade ambiental desses espaços; Analisar casos concretos de gestão do território que mostrem a importância da preservação e conservação do ambiente como forma de assegurar o desenvolvimento sustentável.

Mais uma vez a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro a caminho do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória no princípio da Sustentabilidade – A escola contribui para formar nos alunos a consciência de sustentabilidade, um dos maiores desafios existenciais do mundo contemporâneo, que consiste no estabelecimento, através da inovação política, ética e científica, de relações de sinergia e simbiose duradouras e seguras entre os sistemas social, económico e tecnológico e o Sistema Terra, de cujo frágil e complexo equilíbrio depende a continuidade histórica da civilização humana.

16 fevereiro, 2019

Ciência e Verdade


Integrado no programa Cientificamente Provável da Rede de Bibliotecas Escolares, a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro tem estado em parceria com a Escola Superior de Tecnologia da Saúde, do Instituto Politécnico de Lisboa, com a qual pôde desenvolver diversas atividades.



Na passada quarta feira alunos de 9º ano puderam assistir a uma palestra sobre A Ciência e a procura da verdade, apresentada pelo Dr. Mário Maia-Matos.




A atividade começou por abordar o tema Verdades e mitos em ciência. Foram apresentados alguns casos de mitos e inverdades em ciência, e os alunos puderam realizar um QUIS no qual testaram os seus conhecimentos científicos e as suas próprias crenças.



Sobre a verdade em ciência, foram abordados vários tipos de verdade, da verdade filosófica, à religiosa, à matemática e à científica. Finalmente e ainda sobre este tema foi abordado o método científico como forma científica de procurar a verdade.



Em seguida o Dr. Mário Maia-Matos abordou a proliferação de notícias pseudocientíficas e a forma como nos são apresentadas, tendo para isso abordando o tema de Cancro e oxidação.




Os alunos puderam apreender regras básicas de como como analisar uma notícia de jornal e um artigo científico e confirmar a sua veracidade. E foram assim as palavras do Dr. Mário Maia-Matos:


NÃO FICAR PELO TÍTULO!!
Verificar a data da notícia.
IR ATRÁS DA FONTE!
Identificar a fonte da notícia:
Nome da revista científica
Nome do investigador e/ou instituição
Data da descoberta
Verificar a informação disponibilizada
Resumo dos dados
Principais conclusões
Principais limitações

Verificar a informação da notícia (nomes, datas, etc.)
Ler o resumo que deve conter toda a informação importante
Ler o título e ver se se adequa aos achados principais
Ver as figuras e as tabelas
Ler a introdução para contextualizar
Ler o material e métodos
Ler a conclusão e a discussão

PEDIR APOIO A UM PROFISSIONAL DA ÁREA PARA COMPREENDER!




Termina a sessão com a questão da Ciência em constante mudança e a relatividade das verdades científicas e o desafio que isso representa. O verdadeiro desafio é o caminhar para a verdade.

15 fevereiro, 2019

O contributo da ciência e tecnologia em saúde - Programa Cientificamente Provável



No passado dia 13 de fevereiro, no âmbito do Programa Cientificamente Provável, a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro pôde proporcionar a turmas de 9º ano, uma palestra proferida pela Drª  Maria da Luz Antunes sobre O contributo da ciência e tecnologia em saúde, estabelecendo-se assim o início da parceria com a Escola Superior de Tecnologia da Saúde, do Instituto Politécnico de Lisboa.






Definição de plágio e as suas diversas formas, plágio intencional e não intencional, e formas de evitar o plágio, foram alguns dos primeiros temas abordados. Os aluno puderam perceber que o verdadeiro trabalho escolar, universitário ou científico não pressupõe aceitação generalizada de que o que encontramos na Internet é de domínio público e, assim, pode ser usado sem que seja necessário indicar a fonte.




Utilizar fontes fidedignas e fiáveis, conseguir um equilíbrio na quantidade de fontes a utilizar, construir a bibliografia à medida que o trabalho vai avançando, identificar no texto as fontes utilizadas recorrendo a citações, trabalhar os textos previamente e não quando se está a escrever o trabalho, identificar as fontes de onde foram retirados mapas, gráficos, fotografias, entre outros, só usar citações se ajudarem a ilustrar uma ideia e não esquecer que a paráfrase é uma forma de citação, foram algumas formas apontadas  para evitar o plágio.

Não usar as ideias dos outros autores para construir o nosso trabalho, sendo que
as ideias dos outros devem ser usadas para reforçar, dar credibilidade e sustentar o trabalho, foram também as palavras da professora Maria da Luz Antunes.

Na sequência do tema da pesquisa de informação, foram em seguida explicados processos de pesquisa como as Truncaturas, a Interrogação e os Operadores booleanos, como recursos facilitadores da pesquisa digital.

Esta atividade integrou-se também na Visão do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, que pretende que o jovem conheça e respeite os princípios fundamentais da sociedade democrática e os direitos, garantias e liberdades em que esta assenta .  

14 fevereiro, 2019

Dia das Mulheres e Raparigas na Astronomia



No dia 12 de fevereiro realizaram-se na Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, três sessões para alunos do 9º ano com as investigadoras do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, Rita Neves e Sandra Reis. A Rita e a Sandra fizeram uma breve apresentação dos seus percursos profissionais e tópicos de investigação e responderam a questões dos alunos.



 Esta atividade esteve enquadrada no Dia das Mulheres e Raparigas na Astronomia, um evento global dinamizado pela União Astronómica Internacional no âmbito das celebrações do seu centésimo aniversário, e que tem por base o Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência, decretado pelas Nações Unidas para alertar para o reduzido número de mulheres na Ciência. Pretendeu-se com esta ação celebrar as mulheres cientistas bem como promover a ciência e carreiras científicas junto dos mais jovens.






Reforço de parcerias e projetos promotores da igualdade de acesso à informação e da inclusão social, é uma das linhas de ação presentes no Programa Rede de Bibliotecas Escolares no Quadro estratégico 2014-2020.

13 fevereiro, 2019

Fake News



Na sequência da Semana da Internet Segura e no objetivo do contributo da biblioteca escolar na vertente pedagógica e curricular, através do enriquecimento e diversificação de práticas, da exploração de ambientes, recursos e estratégias de ensino variados e da integração nas atividades escolares das literacias digitais, da informação e dos média, a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro iniciou uma formação para todos os alunos de 8º ano sobre Fake News.


Vivemos num mundo dominado pela tecnologia. Cabe à escola, enquanto gestora do processo de ensino-aprendizagem, acompanhar esta nova realidade social. Atualmente, os jovens encontram-se imersos em ambientes multimédia e digitais – são nativos digitais[1]. As redes sociais são a sua ferramenta mais comum de comunicação, movendo-se muito habilmente pelo número de likes, pelo número de amigos/seguidores e pela grande e rápida partilha da informação. Também na escola, as tecnologias de informação e comunicação ganharam definitivamente o seu espaço, expandindo o conceito de sala de aula e permitindo que o processo de ensino/aprendizagem atinja níveis cada vez mais abrangentes e mais aliciantes, privilegiando a ação do aluno e promovendo o desenvolvimento das competências inscritas no Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória e requeridas para o século XXI, de acordo com o Quadro de Referência Europeu. Não obstante, embora o acesso à informação esteja à distância de um clique, nem toda a informação disponibilizada tem origem em fontes fidedignas. As notícias falsas – Fake News – proliferam na internet e nos meios de comunicação social e passam despercebidas a um olhar menos atento, na medida em que aparentam ser verdadeiras revestindo-se de artifícios que lhes conferem a aparência de verdade, mostrando-se assim confiáveis. A faixa etária dos nossos jovens é muito permeável a este tipo de notícias, já que elas são geralmente muito simples, diretas, claras e apelam aos sentimentos mais básicos do ser humano. Vão muitas vezes ao encontro do que eles querem ouvir, sendo potencialmente perigosas pois estão na base da desinformação e de movimentos que podem conduzir à polarização política e social. Não existe uma fórmula para identificar as notícias falsas que circulam na internet, nas redes sociais e em alguns meios de comunicação social. No entanto, é também função da escola, alertar os alunos para a necessidade de serem mais informados e críticos em relação a todas as informações a que, voluntária ou involuntariamente têm acesso. Só assim estão aptos a travar a sua disseminação.


Foi neste contexto que surgiu a proposta desta atividade, integrada na dinâmica da biblioteca escolar da Escola Básica Ferreira de Castro. É dirigida a todos os alunos de 8º ano e prolongar-se-á pelos meses de fevereiro e março, às segundas-feiras, num total de 10 sessões.
Tem como principais objetivos:
-    Alertar os alunos para a existência de notícias falsas a circularem na internet.
-    Sensibilizar os alunos para a necessidade de estarem mais atentos às informações disseminadas pela internet.
-  Tornar os alunos mais aptos a distinguir as notícias verdadeiras das notícias falsas.
-     Desenvolver o espírito crítico na leitura dos conteúdos online.
-   Divulgar alguns cuidados a ter com a informação que consomem online e que replicam a partir das suas partilhas.
- Saber utilizar instrumentos diversificados para pesquisar, descrever, avaliar, validar e mobilizar informação, de forma crítica e autónoma, verificando diferentes fontes documentais e a sua credibilidade (PASEO- competências na área de Informação e comunicação).
- Desenvolver a cidadania digital.

A metodologia adotada passa por um conjunto de palestras/turma com a duração de 50 minutos cada. A sua dinamização, no espaço da biblioteca e sala AV, teve como base um powerpoint e, para além de uma componente expositiva, teve uma componente interativa, em que os alunos são convidados a intervir, partilhando opiniões e experiências ou vivências que vão enriquecendo a atividade e prendendo a atenção de todos. Adicionalmente, visionam-se dois filmes[2] e proporciona-se um momento mais lúdico de aplicação da informação adquirida, através da projeção de algumas notícias que lhes permite verificar e distinguir as verdadeiras das falsas (Fake News). Para tal, os alunos têm de estar atentos à credibilidade da fonte, ao modo como estava escrita e construída e ao seu autor. Ainda assim, são alertados para o facto de a habilidade na elaboração de uma informação poder mascarar a sua fiabilidade, pelo que deveriam sempre confirmar a mesma noutras fontes ou procurar ajuda.  Esta confirmação de veracidade, aplica-se também aos momentos de pesquisa da informação na internet, necessária ao desenvolvimento dos trabalhos escolares e dos projetos em que estão envolvidos. Foram ainda alertados para a sua responsabilidade na partilha de informações sem antes terem confirmado a sua veracidade.
A Biblioteca Escolar da Escola Básica Ferreira de Castro, como “espaço educativo integrador de múltiplas literacias” mais uma vez cumpre o seu objetivo, promovendo uma atividade que contribui para a capacitação dos seus jovens na área da literacia digital e para o seu sucesso escolar e desenvolvimento pessoal e social.

                                                                                                   A professora responsável 
pela atividade
                                                                                          Maria Teresa  Relvas


                                                                                         [1]Mark Prensky (2001) - Digital Natives, Digital Immigrants, em Mendonça, L. (2013).
Nativos Digitais em Portugal Um motivo de preocupação para as organizações?
 Tese de Mestrado, Instituto Superior de Línguas e Administração.



As Bibliotecas Escolares são ambientes de convívio e de trabalho onde se realizam percursos formativos e de aprendizagem que estimulam a interação dos alunos com tecnologias e fontes de informação diversificadas. Ocupam um lugar imprescindível na escola, na medida em que fomentam o treino e a formação para as literacias digitais, dos média e da informação, preparando os alunos para a pesquisa, uso, produção e comunicação da informação e para a participação segura e informada nas redes sociais.
Programa Rede de Bibliotecas Escolares
- Quadro estratégico 2014-2020

Mais uma vez a implementação do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória ao nível das competências na Informação e comunicação e Pensamento crítico e pensamento criativo.

12 fevereiro, 2019

A geologia forense na investigação criminal - Programa Cientificamente Provável



No passado dia 11 pudemos ter mais uma vez com a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, o Centro de Recursos Naturais e Ambiente (CERENA), integrada no Programa Cientificamente Provável  desta vez para uma atividade dedicada à Geologia Forense na investigação criminal.



Esta atividade começa com uma palestra temática sobre a importância da geologia forense e é seguida de um conjunto de atividades experimentais.



Geologia Forense está relacionada com a utilização de princípios, práticas e procedimentos geológicos no âmbito da investigação criminal. Para o efeito, um geólogo forense identifica, analisa e compara materiais geológicos, tais como o solo, rochas, minerais e fósseis encontrados num recetor (e.g. um suspeito, um veículo ou outro meio de transferência, tal como a água) para possíveis áreas de origem (e.g. uma cena de crime ou um local de álibi). O objetivo deste tipo de comparações é estabelecer o grau de probabilidade do local de origem do material; e assim, associar ou desassociar uma pessoa ou objeto com determinada localização. Noutros casos, a comparação dos materiais geológicos ou seus derivados é utilizada para determinar o tempo, a causa ou a responsabilidade dum incidente. Daí que a geologia forense seja uma excelente ferramenta auxiliar da investigação criminal e, como tal, todas as subdisciplinas das geociências têm uma potencial aplicação forense. Porém, a sedimentologia, a mineralogia, a petrologia, a geoquímica, a paleontologia e a geofísica, foram as que deram maiores contributos até este momento. Os métodos de prospeção geofísica têm sido amplamente utilizados por arqueólogos forenses para localizar e caracterizar sepulturas clandestinas e objetos enterrados, tais como drogas e armas. Contudo, a aplicação mais amplamente reconhecida da geologia forense é o uso dos materiais geológicos como vestígios que podem ser utilizados para ligar um suspeito a uma cena de crime. Na literatura forense e legal, os sedimentos, o solo, a poeira e os fragmentos de rochas têm sido frequentemente agrupados num único termo: “vestígio geológico”.

https://segurancaecienciasforenses.com/2012/03/13/
a-geologia-forense-como-ferramenta-auxiliar-da-investigacao-criminal/




Cada grupo de alunos responde a um desafio de investigação criminal, no qual tem que observar, analisar e comparar materiais geológicos de amostras e de vestígios dos locais do hipotético crime, para tirar conclusões quanto aos possíveis suspeitos.









Foi grande a animação destes nossos jovens investigadores de 8º ano, que assim vão atingindo O Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória a caminho do Saber científico, técnico e tecnológico.