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27 maio, 2020

DIAS DE QUARENTENA - LER O HOLOCAUSTO: O TATUADOR DE AUSCHWITZ


Agora é a vez de Maria Gomes, aluna da turma C do 9º ano, partilhar connosco a sua leitura  do livro O Tatuador de Auschewitz, no projeto Ler o Holocausto, da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro.

O Tatuador de Auschwitz foi escrito por Heather Morris, que nasceu na Nova Zelândia mas habita atualmente na Austrália. Em 2003 Heather conheceu Lale Sokolov que lhe contou tudo o que aconteceu no holocausto, até os detalhes mais íntimos.

Heather Morris

     O livro conta a história de Lale que tinha 24 anos e era judeu. Lale foi voluntário para ir para o campo de concertação para proteger a sua família. Lale dirigiu-se até Praga onde apanhou o comboio em que viajou em muito más condições, até ao campo de concentração. No início ele trabalhou na construção de novos barracões mas depois conseguiu tornar-se tatuador. No decorrer do livro, Lale faz amigos e também apaixona-se por uma rapariga chamada Gita, que mais tarde se tornara sua mulher. Lale passa por alguns contratempos mas consegue sempre superá-los. O livro acaba com Lale a encontrar Gita e a pedi-la em casamento, depois de os dois terem sido mandados para campos de concentração diferentes. Lale quando volta para casa descobre que quase toda a sua família morreu.

    Este livro aborda vários temas como as condições de vida no campo de concentração, a violência dos nazis para com os prisioneiros, a chegada ao campo de concentração, a fome, a higiene, e muitos outros temas.

    As citações que mais me marcaram no livro foram- “...o vagão está tão cheio que eles nem se podem sentar, quando mais estenderem-se. Dois baldes fazem as vezes de casas de banho. Quanto enchem até cima gera-se uma luta; todos querem escapar ao fedor.”, pagina 15.

     Outra citação que me chamou a atenção sobre a comida que era lhes dada: “Saí da fila e examinei a comida. É um líquido acastanhado, sem nada de sólido lá dentro e de cheiro indescritível. Não é chá, café ou sopa. Lale teme vomitar ao beber o líquido repulsivo muito devagar”, pagina 28. 

     Todos os dias montes de pessoas inocentes morriam pelas mínimas razões que fossem: “Está cheio de corpos, corpos nus às centenas. Estão todos empilhados, os braços e as pernas contorcidos. Olhos inertes fitam o vazio. Homens, novos e velhos; debaixo deles, as crianças. Sangue, vomitado, urina e fezes. Paira o cheiro a morte” , pag.121 ; “As mulheres embalam no colo os meninos e as meninas que foram alvejados.” , pag.137 .

     Em relação ao livro eu achei um livro muito triste mas romântico ao mesmo tempo. Este livro faz-nos refletir sobre vários assuntos e também é muito comovente. Mas mesmo assim vale a pena ler para sabermos o que aconteceu. 

     Acho que aprendi muito sobre este tema de uma maneira “diferente” do que aprenderíamos nas aulas e acho que ler é uma das melhores maneiras de aprender. E pelo menos comigo parecia que estava lá enquanto lia, assim dando mais vontade para continuar a ler. 

     Obrigada Maria Gomes pela partilha e reflexão sobre a leitura deste livro.


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