Para comemorar o Dia da Terra a NASA disponobilizou algumas fotos da terra.
NASA - Image of the Day - Gallery
"Chega-se a ser grande por aquilo que se lê e não por aquilo que se escreve." Autor: José Luís Borges
Blogue da Biblioteca Escolar da Escola Básica Ferreira de Castro - Sintra
Aqui partilhamos tudo o que acontece na nossa Biblioteca.
Páginas
22 abril, 2012
20 abril, 2012
19 abril, 2012
18 abril, 2012
Historial da Velha Mina (1)
«Havia ainda alguma tolerância, embora cada vez mais rara e encolhida, quando em 1928 ou 1929 as toupeiras da Mina de São Domingos enviaram ao jornal um apelo deseperado. Nas galerias deficientemente entivadas, eram constantes os acidentes, a morte fazia parte daquelas sombras bailantes que as lanternas iam criando à frente dos homens, no chão, nas abóbadas e nas paredes enquanto eles laboravam. E, cá fora, os mineiros e suas famílias viviam em fabulosa miséria.
Adelino Mendes redigiu o artigo. E por esse acolhimento estimulados, os homens voltaram a escrever. Pediam que o jornal mandasse alguém à mina - eu, se possível - para verificar com os seus próprios olhos os perigos a que eles se aventuravam todos os dias.
João Pereira da Rosa deu-me a ler a carta. Vozes subterrâneas, vindas de longe, clamores de socorro, que me atraíam solidariamente, a certa altura formulavam, de modo imprevisto, um ingénuo romance policial. Quem quer que lá fosse, devia seguir as instruções secretas ali confidenciadas. Devia fingir-se de caixeiro-viajante de cabedais, com maleta e mostruário, pois seria espionado pelos vigias da empresa britânica desde que tomasse a camioneta em Beja, até que a Beja regressasse.»
in Fragmentos, Ferreira de Castro
16 abril, 2012
11 abril, 2012
Persépolis
Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando se viu obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irão nas trevas do regime xiita – apenas mais um capítulo nos muitos séculos de opressão do povo persa. Vinte e cinco anos depois, com os olhos da menina que foi e a consciência política à flor da pele da adulta em que se transformou, Marjane emocionou leitores de todo o mundo com essa autobiografia em quadrinhos, que só na França vendeu mais de 400 mil exemplares.
(Sinopse)
(Sinopse)
A versão integral desta obra de banda desenhada chega finalmente a Portugal (Contraponto). Será a mais conhecida obra da autora, aquela onde se assume igualmente como protagonista de uma biografia avassaladora, que começa numa época de liberdade no Irão para atravessar a guerra e a tomada do poder por figuras fundamentalistas que limitaram a vida ao povo iraniano, especialmente às mulheres. Segue-se o exílio pouco ou nada dourado na Europa, pautado pela fortíssima sensação de não pertença.
Persépolis é um testemunho histórico, político, uma intervenção que ultrapassa o género em que foi narrado. É um daqueles casos em que o tema se sobrepõe e levará muitos não leitores de Banda Desenhada a lê-lo.
Persépolis é um testemunho histórico, político, uma intervenção que ultrapassa o género em que foi narrado. É um daqueles casos em que o tema se sobrepõe e levará muitos não leitores de Banda Desenhada a lê-lo.
(Blogue O Bicho dos Livros)
23 março, 2012
A Semana da Poesia
A semana da Poesia decorreu de 19 a 23 de Março. Realizaram-se muitas atividades.
- Árvore da Poesia - Construímos uma árvore cujas folhas eram compostas por poemas de vários autores, selecionados por professores e alunos, que foi exposta na nossa Biblioteca;
- Poemas Musicados - Declamaram-se poemas, com acompanhamento musical;
- Andamentos - Dramatização de um sonho, a partir de diferentes andamentos musicais;
- Intercâmbio intergeracional - Partilha de experiências vividas através da música e de poemas realizado com alunos e utentes do Lar de Mem Martins;
- Oficina da Poesia - A partir de materiais propostos, os alunos de diferentes turmas elaboraram e declamaram poemas, na Biblioteca.
A Árvore da Poesia |
Oficina da Poesia |
Poemas Musicados |
Andamentos |
Andamentos |
Intercâmbio Geracional |
22 março, 2012
20 março, 2012
A cidade dos deuses selvagens
Neste livro, Isabel Allende alerta o leitor para os problemas ecológicos que se fazem sentir na Amazónia e para o drama da extinção das tribos índias desta região, provocada pela exploração desenfreada dos brancos.
Sinopse
Sinopse
Depois de sua mãe adoecer, o jovem Alexandrer Col parte com a extravagante avó Kate, numa expedição da Internacional Geographic à selva amazónica, em busca de um estranho animal que muito pouca gente viu e que os indígenas chama de "a besta". Outros membros da expedição, dirigida por um petulante antropólogo, são dois fotógrafos, uma bela médica, um guia brasileiro e a sua surpreendente filha Nadia, com quem Alexandre trava uma amizade especial. Entre as missões da expedição está também a de vacinar os escorregadios índios, conhecidos como «o povo do nevoeiro». Uma história emocionante e comovente, que prende da primeira à última página e que alerta para os problemas ecológicos e para o drama terrível da extinção das tribos índias da região do Amazonas, como consequência directa da exploração desenfreada e irresponsável praticada pelos brancos. A Cidade dos Deuses Selvagens é uma viagem repleta de perigos, maravilhosas experiências e espectaculares surpresas, que irá certamente agradar, não só ao público juvenil, como aos habituais leitores de Isabel Allende.
16 março, 2012
O Salvador
Apresentamos aqui o conto 1º classificado, no nosso concurso "Eu conto". Este conto irá representar o nosso Agrupamento no concurso do PNL (Plano Nacional de Leitura).
15 março, 2012
Últimas Notícias do Sul
Sinopse
«Este livro nasceu como a crónica de uma viagem realizada
por dois amigos, mas o tempo, as mudanças violentas da economia e a voracidade
dos triunfadores transformaram-no num livro de notícias póstumas, no romance de
uma região desaparecida. Nada do que vimos existe tal como o conhecemos. De
certo modo fomos os afortunados que presenciaram o fim de uma época no Sul do
Mundo. Desse Sul que é a minha força e a minha memória. Desse Sul a que me
aferro com todo o amor e com toda a raiva.
Estas são, pois, as últimas notícias do Sul.»
Luis Sepúlveda
Estas são, pois, as últimas notícias do Sul.»
Luis Sepúlveda
13 março, 2012
06 março, 2012
A Missão
" (...)
- Vossa Reverência mandou pintar a palavra «Missão» no telhado, não é verdade?
- Sim...- respondeu hesitantemente o Superior, pondo a vaguear a expectativa sem compreensão.
- Sim... Mandei... Porquê?
Mounier baixou os olhos:
- Desculpe-me, mas eu disse ao «Bagatelle» que não fizess aquilo sem receber nova ordem...
Mounier sentiu que havia começado mal. Em vez de esvaziar pouco a pouco o saco, voltara-o de boca para baixo, mostrando logo o que trazia no fundo. Parecia-lhe que a sua timidez de agora se ligava, através do tempo, à timidez sofrida ante as pernas que se balouçavam, como um pêndulo a marcar horas de júbilo, numa longínqua manhã de sol. Ergueu a vista e encontrou os olhos surpreendidos e inquietos do Superior.
- Ora essa! Porquê?
(...)
- Há apenas um motivo- disse - que pode levar os alemães a gastarem as suas bombas com uma aldeia tão humilde como esta em que vivemos: é a fábrica que existe aqui.(...)"
Ferreira de Castro, "A Missão"
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