Blogue da Biblioteca Escolar da Escola Básica Ferreira de Castro - Sintra

Aqui partilhamos tudo o que acontece na nossa Biblioteca.

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21 março, 2017

Projeto Ecobíblio - A qualidade da nossa água


Nos meses de fevereiro e março a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, com o patrocínio do SMAS de Sintra, promoveu a atividade A qualidade da nossa água  na Biblioteca Escolar Margarida Botelho da Escola EB1nº1 de Mem Martins, que visou sensibilizar e alertar para a escassez da água potável na Terra e dar a conhecer o ciclo hidrológico. 


Os alunos puderam realizar análises químicas para perceberem a importância do controlo de qualidade da água. Mais uma vez a Biblioteca Escolar transformou-se num laboratório. 


Foram 73 alunos de 4º ano e 22 de 3º ano que puderam realizar esta experiência na Biblioteca Escolar.


20 março, 2017

Exposição Pharmácia Antiqua



A propósito da visita de estudo dos alunos de 7º ano ao museu da farmácia integrado na disciplina de Físico-química, e integrado nas sessões sobre a história da farmácia, a Biblioteca Escolar organizou uma exposição alusiva a vários períodos da evolução da farmácia. 


Objetos alusivos à farmácia do século XVIII e à manipulação química de elementos, levaram os alunos a reconhecer utensílios utilizados em laboratório das aulas de Físico-química e Ciências Naturais. Tripés de ferro, tubos de ensaio, balões de destilação, pinças de madeira, provetas, balões volumétricos, almofarizes, erlenmeyer, balão volumétrico, funil, cadinhos, etc.


Vários tipos de balanças de várias épocas: a balança de dois pratos e pêndulo do século XIX, balanças mecânicas antropométricas de pesar bebés e vertical de farmácias dos anos cinquenta do século XX,  balança de laboratório, tudo os alunos puderam observar nesta exposição.


Vários tipos de frascos e mangas de farmácia encheram as prateleiras da exposição.


Cartazes publicitários de produtos de farmácia e medicamentos fizeram os alunos viajar pela história da farmácia mas também pela história da publicidade e do design. 










Vários foram os professores que contribuíram com objetos seus para a exposição assim como o Centro de Saúde de Algueirão Mem Martins com a colaboração da enfermeira Paula Antunes.

19 março, 2017

Ler o Holocausto




Ainda integrado no Projeto Ler o Holocausto, os alunos do 9ºH apresentaram à turma do 6º C, na biblioteca escolar, o livro Médicos da Morte, de Philippe Azis.











Philippe Aziz, de nome verdadeiro Aziz Mahjoub, foi um jornalista, escritor francês de origem tunisina, nasceu a 9 de maio de 1943.




Philippe Aziz, neste seu livro Médicos da Morte, fala-nos na primeira parte do “Homem de branco do III Reich”- Karl Brandt.

Karl Brandt foi médico pessoal de Hitler e não era a favor das experiências realizadas nos campos de concentração, tendo sido acusado e preso por traição e derrotismo.


“Homem de branco do III Reich”- Karl Brandt

“-— Não sou da sua opinião Reichsfuhrer. Eu sou primeiro que tudo médico.” – refere   Karl Brandt na página  60 do livro.

A 2ª parte da obra assinala o  percurso dos prisioneiros quando chegavam a Auschwitz. Sobre esta temática fala-se da carreira do “fornecedor da morte” (Joseph Mengele) na medicina alemã, este “médico”  que realizou experiências execráveis em crianças, gémeos, mulheres grávidas…


Joseph Mengele

“Os fios foram ligados a aparelhos e eu fui lançado à água. Tive imediatamente muito frio e comecei a tremer. Disse aos homens que ali se encontravam que não poderia suportar aquela temperatura durante muito tempo. Mas eles riram-se.”-p. 472


18 março, 2017

Ler o Holocausto


No dia 16 de março a biblioteca escolar continuou com o Projeto Ler o Holocausto e a turma 9º H apresentou ao 6º C a obra de Primo Levei, Se isto é um Homem.


Na noite de 13 de Dezembro de 1934, Primo Levi, um jovem químico membro da resistência, é detido pelas forças alemãs. Tendo confessado a sua ascendência judaica e é deportado para Auschwitz em Fevereiro do ano seguinte; Primo Levi passa por muitas dificuldades, como por exemplo, as condições de vida e o constante medo de morrer, mas graças ao seu conhecimento químico consegue permanecer vivo em Auschwitz e lá permanecerá até finais de Janeiro de 1945, quando o campo é finalmente libertado, referem os alunos no seu trabalho.



Uma das citações escolhidas pelos alunos para revelar como se viveu em Auschwitz, foi a seguinte: “Isto é o inferno. Hoje, nos nossos dias, o inferno deve ser assim, um local grande e vazio, e nós cansados de estar de pé, com uma torneira a pingar água que não se poder beber, esperamos algo sem dúvida terrível e nada acontece e continua a não acontecer nada. Como pensar? Já não se pode pensar, é como estar morto. “p. 21



17 março, 2017

Ler o Holocausto



Nos passados dias 14 e 16 de março na biblioteca escolar, as turmas 9º D e 9º G apresentaram respetivamente às turmas do 6º I e 6º B a obra de Elie Wisel, Noite, de acordo com o Projeto Ler o Holocausto a decorrer na Biblioteca Escolar durante o mês de março.


Os alunos de 9º ano introduzem o livro com a sua apresentação: Elie Wiesel foi um sobrevivente judeu do Holocausto, uma das testemunhas dos horrores passados durante a II Guerra Mundial.Em Noite, o autor relembra a sua infância antes de os Nazis o expulsarem da sua cidade natal, e os dias de terror que suportou nos campos de morte alemães.


A perplexidade de Elie Wiesel perante tudo o que vivenciou no campo de concentração nazi é a grande questão que esta obra nos apresenta pelo olhar dos alunos destas turmas de nono ano: “Como era possível que se queimassem homens e crianças e que o mundo se calasse?” p. 40; “Nunca mais esquecerei estas chamas que consumiram para sempre a minha Fé.” p. 42; “De repente, fui invadido por uma certeza: já não havia mais razões para viver, já não havia mais razões para lutar.” p..109; Do fundo do espelho, um cadáver contemplava-me. O seu olhar nos meus olhos nunca me abandona.” p.127


16 março, 2017

Literacia Digital




A atividade de promoção da Literacia Digital decorreu nos meses de fevereiro e março, envolvendo cinco turmas do sexto e quarto do nono ano, abordando os seguintes temas inerentes à temática da promoção da Literacia Digital, a saber:




Primeiro tema - contextualização teórica «A Ética da informação», no qual foram analisadas as causas e consequências de “Copiar/Colar” /” Plágio”, validação dos critérios de avaliação das diversas fontes de informação, promoção do desenvolvimento crítico face à informação encontrada, coligindo diferentes fontes de informação. Respeito pelos Direitos de Autor e Propriedade Intelectual efetuando as «Citações/Referências Bibliográficas» ou o uso das Licenças Creative Commons. Usabilidade da Internet na sala de aula versos Classroom;




Segundo tema – Metodologias de «Pesquisa e Seleção de Informação» usando pelo menos dois Motores de Busca diferentes, e aplicação de diversos filtros de refinamento dos resultados obtidos, utilizando para tal, as álgebras booleanas e as ferramentas inerentes aos motores de pesquisa. A desconstrução dos temas em subtemas para análise da pertinência da informação obtida;


Terceiro tema – Especificação da Metodologia de Projeto – Modelo BIG6 e a análise das suas fases de implementação: definição da tarefa a realizar; estratégias de pesquisa de informação; localização e acesso; utilização/tratamento da informação; síntese da informação; e avaliação final.


Foram ainda disponibilizados para análise os instrumentos de apoio à gestão da metodologia de projeto, a saber: grelhas de validação dos critérios de credibilidade da informação; ficha de leitura/visualização de vídeo; Citações e Referências Bibliográficas – Normas APA e Licenças Creative Commons, bem como um modelo de Relatório Técnico para normalização dos trabalhos escolares.



Na sequência destas formações foram colocados na Biblioteca Escolar três cartazes que sintetizam e sistematizam o contexto da Literacia Digital veiculado nos temas abordados.









15 março, 2017

História da Farmácia

Alguns professores da disciplina de físico química organizaram para turmas de 7º ano uma visita de estudo no mês de março ao Museu da Farmácia em Lisboa. A coordenadora da Biblioteca Escolar Teresa Duarte Costa e a professora de físico química Isabel Oliveira visitaram antecipadamente o Museu da Farmácia com o objetivo de preparar a visita de estudo e a intervenção da biblioteca escolar na cooperação com a mesma. A Biblioteca Escolar na sua função de apoio ao currículo elaborou sessões de introdução à história da farmácia que apresentou a nove turmas de 7º ano e a uma de 9º ano, de 6 a 13 de março.




As sessões de apresentação da história da farmácia aos alunos na Biblioteca Escolar teve como um dos seus objetivos demonstrar que a farmácia tem uma longa história e que remonta à origem do homem, e que à semelhança dos animais o instinto conduziu o homem primitivo a procurar e a distinguir plantas e substâncias de origem animal e mineral, como remédio para combater a doença.

Relacionando estas sessões com as aprendizagens dos alunos na disciplina de História, os alunos percecionaram como na pré-história a doença e o seu tratamento pertenciam ao mundo dos espíritos e os feiticeiros e curandeiros preparavam remédios e poções.


Deste modo os alunos foram sendo introduzidos ao Mundo Antigo onde existia uma forte ligação entre a medicina, a farmácia e a religião, em que recitações, cerimónias, rezas e sacrifícios eram os meios religiosos vulgares para implorar aos deuses a cura.

Relacionando a disciplina de história de 7º ano e os conteúdos sobre o Antigo Egito, os alunos puderam perceber que as substâncias terapêuticas provinham do reino vegetal, animal e mineral. Na sua preparação e administração estavam também enraizadas as práticas religiosas e mágicas da época.


PAPIRO EBERS  arrola 700 drogas que serviam para tudo, 
desde mordedura de cobra até febre infantil.

No Antigo Egito os ingredientes, drogas, perfumes, unguentos, pomadas, poções, cataplasmas, clisteres, supositórios, etc., são bem exóticos. Exemplo : água suja de lavagem de roupa para dores da nuca e dos olhos ; excremento de pelicano ou de crocodilo para a cura da catarata. ( NORMAN -  "Medical History of Contraception" )


Ainda na relação com o currículo da disciplina de História os alunos puderam relacionar o que aprenderam sobre a Civilização Grega e a História da Farmácia e constataram que a grande conquista da medicina grega foi a sua procura de bases naturais para explicar a doença, as suas causas e tratamento. A medicina e a farmácia, não eram baseadas na religião e na magia ou superstição.


O maior guia farmacêutico da antiguidade é o de Pedanius Dioscórides, que viveu no século I da era cristã, e cujo tratado "De Matéria medica" (50 – 70 A.D.) foi considerado, a maior autoridade em medicamentos. A obra de Dioscórides pode ser considerada como o início das ciências  da farmacologia.


Galeno (131-200 d.C.) “Pai da Farmácia”, sistematizou pela primeira vez, as matérias-primas necessárias à preparação dos medicamentos e a sua específica preparação, como nunca tinha sido feito. 
Nestas sessões na Biblioteca Escolar os alunos foram sendo levados a perceber como surge a farmácia e a ciência farmacêutica introduzidos na civilização romana onde na Roma Antiga já existiam profissionais especializados como os "pharmacopoei", fabricantes de remédios; os "pharmacotritae", ou "pharmacotribae", trituradores de drogas; os "unguentarii", ou os fabricantes de unguentos. 


Os árabes trouxeram uma nova identidade à farmácia com uma literatura profissional incluindo os formulários para uso dos farmacêuticos ou outros preparadores de medicamentos. Pela primeira vez temos a farmácia ligada à alquimia o que fez surgir uma série de instrumentos próprios da futura química.


A primeira farmácia surge em Bagdade, entre 775-785, com um responsável farmacêutico "-al-sayãdilah".


Estas sessões na Biblioteca Escolar juntaram o currículo de História com o de Físico-química no decorrer da história da farmácia.

Passando pela Idade Média e o seu regresso às crenças religiosas e à medicina popular, chegamos à promulgação em 1240, por Frederico II, Rei da Sicília e imperador germânico, da famosa Magna Carta da Farmácia, que separa a farmácia da medicina e legalmente reconhece a profissão farmacêutica.


Do Renascimento os alunos conheceram Paracelsus (1493-1541),que defendeu que a doença era uma manifestação natural, logo química e deste modo teria que ser tratada quimicamente.


Navegando ainda pelo Renascimento os alunos conheceram o contributo dos Descobrimentos para a farmácia moderna.

O farmacêutico do século XVII tornou-se assim um químico (e também um botânico) e a oficina farmacêutica transformou-se num laboratório químico, onde os processos de destilação, evaporação, incineração, sublimação  eram postos em prática.


Passando pelos fundamentos da química moderna lançados por Lavoisier, entrámos no século XIX e nos avanços da industrialização do medicamento.

A matéria-prima sintética do medicamento, os avanços na microbiologia, procedimentos assépticos, a terapêutica e a medicina preventiva com a introdução dos soros e das vacinas, foram outros assuntos debatidos nestas sessões na Biblioteca Escolar.

A era dos antibióticos, a descoberta da penicilina e da estreptomicina, a medicina preventiva e o retorno ao uso de substâncias naturais marcam o século XX.

Com estas sessões de preparação da visita de estudo ao Museu da Farmácia, os alunos tomaram conhecimento da evolução do medicamento e processos de cura que foram dos reinos vegetal, mineral e animal, até às substâncias químicas altamente complexas, e que permitiu a demonstração de toda a evolução do conhecimento humano na área da saúde e medicação.

O ppt exibido aos alunos feito pela Biblioteca Escolar utilizou como principais recursos, os seguintes sites: