Blogue da Biblioteca Escolar da Escola Básica Ferreira de Castro - Sintra

Aqui partilhamos tudo o que acontece na nossa Biblioteca.

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30 abril, 2024

Visita de estudo ao MU.SA



    Hoje foi dia de visita de estudo dos alunos do grupos 5ºA2 e 5ºA3, ao MU.SA, Museu das Artes de Sintra, integrado no Projeto O museu Aqui e Agora e o Futuro que lá Mora, da Rede de Bibliotecas Escolares e Câmara Municipal de Sintra.


    Após as boas vindas, a visita ao museu iniciou-se com uma breve apresentação por parte de Rui Grazina: breve introdução explicando o tema do museu e a história do seu edifício; referência à missão do museu e a sua relevância para a sociedade na promoção da arte e artistas contemporâneos, aproximando o público das artes, expondo o espólio artístico da Câmara Municipal de Sintra, dando apoio a atividades de interesse municipal e iniciativas de natureza artística e cultural; apresentação dos aspetos da organização do trabalho no museu, exposições coletivas de artistas nacionais e internacionais.
    Aos alunos é explicado que as exposições são pensadas e organizadas por um especialista, curador, que pensa num tema para uma exposição e recolhe obras de arte da coleção da Câmara Municipal de Sintra que se adequem ao tema, assim como convida artistas contemporâneos para incluírem as suas obras na exposição. Faz um plano de modo a organizar o percurso da exposição, por módulos, e com a ajuda de um designer, faz toda a comunicação e a promoção fora do museu.


    Seguiu-se a visita guiada à exposição permanente de Dorita Castelo Branco, e às exposições temporárias. Os alunos visitam o museu e recolhem elementos visuais e impressões através de exercícios de observação e de desenho.







    Numa segunda fase, após abordagem aos Elementos da Arte , cada grupo de alunos concentra-se nos seguintes elementos: Linhas e traços — linhas retas ou curvas, espessas ou finas, ondulantes ou em espiral, Formas Planas —podem ser geométricas ou orgânicas ;Cores — primárias, secundárias, contrastantes, complementares, etc. ; Claro/escuro — luz e sombra, assim como as transições entre tons ou entre duas cores contrastantes .Formam-se quatro pequenas oficinas em quatro salas, e os alunos observando as obras que os rodeiam,  criaram com diversos materiais, obras originais.





















    No final da visita de estudo, em grande alegria, esperámos pelo autocarro e acenámos a todos os automobilistas que nos apitaram em resposta.

26 abril, 2024

Quintino Lopes - A Lição de Salazar (A educação no Estado Novo) (9ºC1 e 9ºA3)


    Ainda no âmbito do programa "A Liberdade está na Escola”, do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, e a convite da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, e do professor João Correia,  o Investigador Quintino Lopes esteve desta vez com os alunos do 9ºC1 e 9ºA3 a partilhar conhecimentos da sua área de investigação, que de entre outras é  Ditadura Militar e Estado Novo.
    Com Doutoramento em História e Filosofia da Ciência pela Universidade de Évora, este jovem investigador soube  cativar os alunos para a descoberta da ideologia e organização familiar e social do Estado Novo. Através do cartaz A Lição de Salazar, o nosso orador revelou o que nele estava visível, e o que não estando visível, estava subjacente. Descobrir o que não se vê, foi o jogo interpretativo que se estabeleceu com os nossos alunos. Na sequência ideológica interpretaram-se algumas páginas de manuais do Estado Novo, descobrindo-se ideologia de género, ruralismo ideológico, entre outras temáticas.

 
















25 abril, 2024

Diana Andringa - Eu passei pelas cadeias da PIDE


    Os alunos do 9ºC2 e 9ºC3 também receberam a jornalista Diana Andringa. Convidada pela Biblioteca Escolar Ferreira de Castro e pelo professor João Correia, através da associação cultural CULTRA, e no âmbito dos Debates de Abril nas escolas, a detida pela PIDE, vem testemunhar a sua experiência de ser presa 20 meses sem provas  e sem direito a defesa, como ocorria no Estado Novo.


    Diana Andringa nascida em 1947, no Dundo, Lunda-Norte, Angola, e vindo para Portugal em 1958, foi acusada, entre outras acusações, em 1970, de ser simpatizante da linha política de ação violenta do MPLA, ser partidária da independência da província ultramarina de Angola, e acusada de doutrinar, quer por palavras quer por documentação panfletária, os indivíduos com quem teria contactado.

    Uma vez que não fazia parte de nenhuma organização e não tinha qualquer relevância política, nem informações importantes, Diana Andringa nunca pensara que fosse levada do seu local de trabalho, interrogada e detida em Caxias, e julgada catorze meses após ter sido presa.

    Com os nossos alunos, Diana Andriga partilha a sua experiência, fala da sua cela em Caxias e de tudo o que viu e viveu. Não tendo sido torturada como tantos outros, nem deportada sem julgamento para o Tarrafal, pôde no entanto testemunhar como funcionavam os órgãos repressivos do Estado Novo.