"Chega-se a ser grande por aquilo que se lê e não por aquilo que se escreve." Autor: José Luís Borges
Páginas
13 fevereiro, 2021
Internet mais segura - Antivírus
12 fevereiro, 2021
aLer+ Rede de Escolas Leitoras
Vivemos atualmente uma mudança nas atitudes leitoras, consubstanciadas em novos modos de ler e novas práticas sociais e culturais de literacia, implicando o leitor em variados processos colaborativos de leitura e escrita, impressa e digital. Neste novo contexto, o papel da escola, enquanto lugar de favorecimento das competências leitoras e estímulo do gosto pela leitura, é fundamental, tornando-se imperativo, que a leitura impregne a cultura escolar e envolva a comunidade.
O Programa aLeR+2027 é, desde a sua criação, uma parceria entre o Plano Nacional de Leitura (PNL2027) e a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), destinada a apoiar as escolas que desenvolvem de forma consolidada um ambiente integral de leitura, centrado na melhoria da compreensão leitora e no prazer de ler e escrever.
11 fevereiro, 2021
Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência
Com o objetivo de alcançar o pleno e igual acesso e participação na Ciência por parte de raparigas e mulheres, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a Resolução A/RES/70/212, em 22 de dezembro de 2015, declarando o 11 de fevereiro como o Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência.
Nos últimos 15 anos, a comunidade global tem encetado diversos esforços para inspirar raparigas e mulheres a seguirem o caminho da Ciência, todavia, muitas continuam a ser excluídas de uma participação efetiva nesta área. Um estudo realizado pela ONU em 14 países, revela que a probabilidade de estudantes femininas concluírem licenciaturas, mestrados ou doutoramentos nas áreas científicas são de 18%, 8% e 2%, enquanto a percentagem de estudantes masculinos é de 37%, 18% e 6%, respetivamente.
Em Portugal, apesar dos grandes avanços ocorridos após a revolução de 25 de Abril de 1974 em matéria de igualdade entre mulheres e homens, os indicadores refletem um maior número de rapazes em áreas de estudos das Ciências, Tecnologias, Engenharia e Matemática (CTEM) do que raparigas. Embora esta assimetria seja menos acentuada do que noutros países e, por exemplo, as portuguesas representem mais de metade das pessoas diplomadas em Ciências, Matemática e Informática, já nas Engenharias, Indústrias Transformadoras e Construção elas são ainda apenas 33%.
Desta forma, continua a assistir-se a uma segregação das ocupações profissionais em razão do sexo, muitas vezes com as mulheres a ocuparem áreas profissionais que não são tão reconhecidas, nem tão bem remuneradas.
Porque a ciência e a igualdade de género são vitais para o desenvolvimento sustentável das sociedades, é preciso incentivar rapazes e raparigas, homens e mulheres, a experimentar todas as possibilidades que a realidade oferece e, assim, poder fazer as suas escolhas de forma livre e informada.
Até à igualdade!
https://www.cig.gov.pt/2018/02/dia-internacional-das-mulheres-raparigas-na-ciencia-11-fev/
A Comissão para a cidadania e Igualdade de Género produziu uma animação intitulada Engenheiras por um dia, que se enquadra perfeitamente neste Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência.
10 fevereiro, 2021
Internet mais segura - Perigos no mundo das Redes Sociais
Em mês de reflexão sobre a segurança na Internet, deixamos aqui uma reportagem da RTP,
que nos revela situações que devemos prevenir na utilização das Redes Sociais.
Um like, uma resposta a uma mensagem de quem não conhecemos e a nossa vida pode dar uma volta de 180 graus. Gestos aparentemente inocentes que podem tornar os nossos amigos, nos nossos piores inimigos. Porque as redes chegam onde a vida real não chega: a todo o lado. E são cada vez mais montras de agressividade, perseguição e manipulação.
As redes sociais podem ser o nosso maior inimigo. Podem mesmo destruir-nos a vida. Criam-se perfis falsos, manipulam-se notícias e difama-se.
Mas o que se escreve nas páginas pessoais pode vir a ser considerado crime? E em que medida cada um de nós é responsável por abrir, sem muito cuidado, “a porta de sua casa”? Em média, nos últimos anos, a Polícia Judiciária recebeu mais de mil casos de crimes informáticos por ano que dizem respeito à prática de várias atividades ilegais nas redes.
https://ensina.rtp.pt/artigo/um-like-que-te-pode-desmanchar-o-smile/
09 fevereiro, 2021
Dia da Internet mais segura
•Título: SeguraNet: Partilha de informação pessoal
•Tipo: Divulgação
•Autoria: Nelson Martins
•Produção: SeguraNet/ Tinta da China
•Ano: 2015
08 fevereiro, 2021
PROMOVER PARA LER+ (O Diário da Nossa Paixão)
Deixar-se tocar pelos livros, e compartilhá-los com outros leitores, foi o que sugerimos aos jovens utilizadores da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro.
07 fevereiro, 2021
Curiosidades sobre a História da Leitura
Segundo Alberto Manguel, o filósofo grego aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande, foi um dos primeiros leitores a reunir uma importante coleção de manuscritos para seu uso pessoal. Sendo mencionada no livro Geografia de Estrabão, um tratado de 17 livros que descreve povos e locais de todo o mundo, a biblioteca pessoal de Aristóteles é a primeira biblioteca privada da História da qual existe registo escrito. Sobre este, escreve o historiador e geógrafo grego que "foi o primeiro homem, de que há conhecimento, a colecionar livros e a ensinar os reis do Egito a organizar uma biblioteca." Depois da sua morte, Artistóteles deixou a sua biblioteca ao cuidado do seu sucessor, Teosfrato.
Uma vez que a literacia foi um privilégio reservado a uma elite durante milhares de anos, a leitura começou por ser uma atividade oral e coletiva. Desde a Roma Antiga até ao século XIX, as sessões de leituras públicas eram uma forma de entretenimento tão popular como os malabaristas ou os bobos na corte. Para além disso, esta era uma forma de continuar a preservar a transmissão de obras banidas pelas autoridades, das quais foram exemplo as obras de Jean-Jacques Rousseau.
Até a leitura em silêncio se tornar norma no mundo cristão, alguns dogmáticos suspeitavam desta nova tendência, considerando que um livro que pode ser lido em privado, “não é susceptível de clarificação imediata ou de leitura guiada, condenação ou censura por um ouvinte". Desde sempre, os leitores foram temidos pois, como acredita veemente Alberto Manguel, "ler é um ato de poder."
Tal como aconteceu com a maior parte dos grupos de leitores que foram marginalizados, a partir do momento em tiverem permissão para aprender a ler, as mulheres começaram a criar deliberadamente o seu próprio material de leitura. Foi, aliás, a partir de um fenómeno deste tipo, criado pelas mulheres da Corte japonesa, durante o século XI, que nasceu aquele que é considerado o primeiro romance do Mundo - A História de Genji -, cuja autoria é atribuída à fidalga Murasaki Shikibu.
Se acompanha as nossas bulas literárias, integradas na categoria Farmácia Literária deste blogue, sabe que existem diversos estudos científicos que demonstram que ler melhora a nossa saúde. Foi a partir dessa ideia que nasceu a biblioterapia, um tipo de terapia que defende que a cura passa pela leitura de livros. Embora o filósofo francês Denis Diderot, nascido em 1713, ainda não conhecesse este conceito, acreditava no poder terapêutico da leitura em voz alta. Conta Alberto Manguel que "em 1781, Diderot escreveu sobre a «cura» de sua mulher, Nanette, que dizia que nunca tocaria num livro a não ser que o seu conteúdo fosse espiritualmente edificante, submetendo-a ao longo de várias semanas a uma dieta de literatura ousada".
Relata Diderot: "Tornei-me o seu leitor. Administro-lhe três pitadas de Gil Blas todos os dias; uma de manhã, uma após o almoço e a outra ao serão. Quando acabarmos, avançaremos para O Diabo em Duas Varas, O Bacharel de Salamanca e outras obras animadoras da mesma natureza. Alguns anos e umas centenas destas leituras completarão a cura. Se eu tivesse a certeza de ser bem-sucedido, não me queixaria do trabalho. O que me diverte é que ela repete a quem nos visita o que acabei de lhe ler, de forma que a conversa duplica o efeito do remédio. Sempre considerei os romances como produtos frívolos, mas descobri finalmente que são bons para a hipocondria. Darei a fórmula ao Dr. Tronchin da próxima vez que o vir. Receita: oito a dez páginas do Roman comique, de Scarro; quatro capítulos de Dom Quixote; um parágrafo bem escolhido de Rabelais; deixar de infusão numa quantidade razoável de Jacques, o Fatalista ou de Manon Lescaut e variar estes fármacos como se variam as plantas medicinais, substituindo-os por outros com as mesmas propriedades, se necessário."
Não foi só a crescente realização de videochamadas que tornou popular a ideia de ter como cenário uma estante bem apetrechada de livros. Na Rússia do século XVIII, durante o reinado de Catarina, a Grande, um tal Sr. Klosterman fez fortuna com a venda de encadernações recheadas de papel velho, que permitiam aos cortesãos criar a ilusão de uma biblioteca e assim cair nas boas graças da sua imperatriz bibliófila. Ainda assim, partilhamos a convicção de Alberto Manguel de que nada substitui uma verdadeira biblioteca - esse espaço que era para o seu velho amigo, Borges, uma espécie de paraíso.