Blogue da Biblioteca Escolar da Escola Básica Ferreira de Castro - Sintra

Aqui partilhamos tudo o que acontece na nossa Biblioteca.

Páginas

13 fevereiro, 2021

Internet mais segura - Antivírus

 

 
 
 
Mais um conselho para uma Internet Segura
 
      Os vírus do computador podem pôr em causa todo o teu trabalho e até o próprio aparelho. Deves por isso instalar um bom antivírus e ter muito cuidado quando navegas ou fazes download's de páginas que podem não ser de confiança.


 

Ficha Técnica
• Título: SeguraNet: Antivírus
• Tipo: Divulgação
• Autoria: Nelson Martins
• Produção: SeguraNet/ Tinta da China
• Ano: 2015


12 fevereiro, 2021

aLer+ Rede de Escolas Leitoras

  
     A Escola Básica Ferreira de Castro está de parabéns porque acaba de receber o selo aLer+ Rede de Escolas Leitoras  do Plano Nacional de Leitura e Rede de Bibliotecas Escolares, atribuído através do projeto em candidatura, Leituras +em Rota Livre, da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro.
 

Vivemos atualmente uma mudança nas atitudes leitoras, consubstanciadas em novos modos de ler e novas práticas sociais e culturais de literacia, implicando o leitor em variados processos colaborativos de leitura e escrita, impressa e digital. Neste novo contexto, o papel da escola, enquanto lugar de favorecimento das competências leitoras e estímulo do gosto pela leitura, é fundamental, tornando-se imperativo, que a leitura impregne a cultura escolar e envolva a comunidade.

O Programa aLeR+2027 é, desde a sua criação, uma parceria entre o Plano Nacional de Leitura (PNL2027) e a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), destinada a apoiar as escolas que desenvolvem de forma consolidada um ambiente integral de leitura, centrado na melhoria da compreensão leitora e no prazer de ler e escrever.

 
http://www.pnl2027.gov.pt/np4/alermais_2027_diariosdebordoemdestaque.html?subpag=alermais

   Pegando na simbologia dos quatro principais pontos cardeais, o Projeto Leituras + em Rota Livre, da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, pretende quatro orientações e dinâmicas essenciais para a leitura: rota livre em abrangência transversal, livre e alargada da leitura em competências e áreas do saber, que implicam projetos e ações de divulgação e incentivo à leitura; rota livre em proponentes e aderentes ao processo leitor, criando projetos e ações de acordo com as necessidades e planos de alunos e professores, transformando a leitura num ato autónomo e voluntário; rota livre nas formas de expressão/manifestação, no sentido de criar e desenvolver projetos em diversos suportes que revelem o impacto da leitura; rota livre na divulgação e disseminação do gosto e conhecimento pela leitura, criando mecanismos de reprodução leitora. Para 2º e 3º ciclos, este projeto incide em aprendizagens veiculadas pela leitura em que esta deverá ser um processo autónomo indispensável à concretização de projetos.

11 fevereiro, 2021

Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência

     O Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência é celebrado anualmente no dia 11 de fevereiro com o propósito de alcançar o acesso pleno da participação na ciência para mulheres e raparigas e alcançar a igualdade de género na ciência.
 
 
O dia 11 de fevereiro foi proclamado como Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência através da Resolução 70/212 adotada na Assembleia Geral das Nações Unidas de 22 de dezembro de 2015.

Com o objetivo de alcançar o pleno e igual acesso e participação na Ciência por parte de raparigas e mulheres, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a Resolução A/RES/70/212, em 22 de dezembro de 2015, declarando o 11 de fevereiro como o Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência.

Nos últimos 15 anos, a comunidade global tem encetado diversos esforços para inspirar raparigas e mulheres a seguirem o caminho da Ciência, todavia, muitas continuam a ser excluídas de uma participação efetiva nesta área. Um estudo realizado pela ONU em 14 países, revela que a probabilidade de estudantes femininas concluírem licenciaturas, mestrados ou doutoramentos nas áreas científicas são de 18%, 8% e 2%, enquanto a percentagem de estudantes masculinos é de 37%, 18% e 6%, respetivamente. 


Em Portugal, apesar dos grandes avanços ocorridos após a revolução de 25 de Abril de 1974 em matéria de igualdade entre mulheres e homens, os indicadores refletem um maior número de rapazes em áreas de estudos das Ciências, Tecnologias, Engenharia e Matemática (CTEM) do que raparigas. Embora esta assimetria seja menos acentuada do que noutros países e, por exemplo, as portuguesas representem mais de metade das pessoas diplomadas em Ciências, Matemática e Informática, já nas Engenharias, Indústrias Transformadoras e Construção elas são ainda apenas 33%.

Desta forma, continua a assistir-se a uma segregação das ocupações profissionais em razão do sexo, muitas vezes com as mulheres a ocuparem áreas profissionais que não são tão reconhecidas, nem tão bem remuneradas.

Porque a ciência e a igualdade de género são vitais para o desenvolvimento sustentável das sociedades, é preciso incentivar rapazes e raparigas, homens e mulheres, a experimentar todas as possibilidades que a realidade oferece e, assim, poder fazer as suas escolhas de forma livre e informada.

Até à igualdade!

 https://www.cig.gov.pt/2018/02/dia-internacional-das-mulheres-raparigas-na-ciencia-11-fev/


A Comissão para a cidadania e Igualdade de Género produziu uma animação intitulada Engenheiras por um dia, que se enquadra perfeitamente neste  Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência.

 PODES VER A ANIMAÇÃO AQUI

10 fevereiro, 2021

Internet mais segura - Perigos no mundo das Redes Sociais


Em mês de reflexão sobre a segurança na Internet, deixamos aqui uma reportagem da RTP, 

que nos revela situações que devemos prevenir na utilização das Redes Sociais.

 
Um like, uma resposta a uma mensagem de quem não conhecemos e a nossa vida pode dar uma volta de 180 graus. Gestos aparentemente inocentes que podem tornar os nossos amigos, nos nossos piores inimigos. Porque as redes chegam onde a vida real não chega: a todo o lado. E são cada vez mais montras de agressividade, perseguição e manipulação.

As redes sociais podem ser o nosso maior inimigo. Podem mesmo destruir-nos a vida. Criam-se perfis falsos, manipulam-se notícias e difama-se.

Mas o que se escreve nas páginas pessoais pode vir a ser considerado crime? E em que medida cada um de nós é responsável por abrir, sem muito cuidado, “a porta de sua casa”? Em média, nos últimos anos, a Polícia Judiciária recebeu mais de mil casos de crimes informáticos por ano que dizem respeito à prática de várias atividades ilegais nas redes.

https://ensina.rtp.pt/artigo/um-like-que-te-pode-desmanchar-o-smile/

Pode ver-se a reportagem aqui

09 fevereiro, 2021

Dia da Internet mais segura

 
 
No mês de fevereiro, celebra-se o Dia da Internet Mais Segura (9 de fevereiro de 2021). Ao longo dos anos, o Dia da Internet Mais Segura tornou-se um evento marcante, sendo hoje comemorado em mais de 100 países e em todos os continentes.
 https://www.seguranet.pt/fevereiro2021/
 
 
 
 
É preciso ter cuidado com a informação que se partilha na Internet pois esta pode ser utilizada de forma a prejudicar-te. Há riscos quando se colocam dados pessoais online, razão porque tens de ponderar o que vais colocar nas redes sociais.

https://ensina.rtp.pt/artigo/seguranet-cuidado-com-a-partilha-de-informacao-pessoal/
 
 
 

Ficha Técnica
•Título: SeguraNet: Partilha de informação pessoal
•Tipo: Divulgação
•Autoria: Nelson Martins
•Produção: SeguraNet/ Tinta da China
•Ano: 2015

08 fevereiro, 2021

07 fevereiro, 2021

Curiosidades sobre a História da Leitura

"Irmãs a ler um livro" (1826), de Armin Carl Hansen


O primeiro livrólico e outras curiosidades 
sobre a História da Leitura

Por: Beatriz Sertório a 2021-01-12 // Coordenação Editorial: Marisa Sousa

Se para alguns o ato da leitura não é mais do que uma forma de distração e de passar o tempo, um verdadeiro livrólico sabe este que pode ser muito mais do que isso. Fonte de conhecimento, de prazer, de consolo ou até objeto de subversão, o livro tem sido um dos meios mais valiosos para compreender a civilização e o mundo ao longo dos tempos. Alberto Manguel, autor, editor, tradutor e, em tempos, leitor pessoal de Jorge Luis Borges - quando a visão do autor argentino deixou de lhe permitir dedicar-se à atividade que mais prazer lhe dava -, tem dedicado a sua vida aos livros: a lê-los, a escrevê-los e a escrever sobre eles - recorde-se que, em setembro de 2020, Manguel anunciou a doação da sua magnânima biblioteca (composta por cerca de 40 mil volumes) à cidade de Lisboa. 

Em Curiosidades sobre a História da Leitura livro originalmente publicado em 1996, que foi recentemente editado pela Tinta da China, traça a História da leitura, do livro e dos leitores, num relato apaixonado de alguém que, tendo devotado o seu amor aos livros, sabe que “não se lê apenas Crime e Castigo ou A Tree Grows in Brooklyn. Lê-se uma certa edição, um exemplar específico, reconhecível pelo grão do papel, rugoso ou suave, pelo seu odor, por um pedacinho rasgado na página 72 e uma mancha de café no canto direito da contracapa.”
 

"A morte de Sócrates" (1787), de Jacques-Louis David.

 
2. Aristóteles foi um dos primeiros livrólicos de que se tem conhecimento

Segundo Alberto Manguel, o filósofo grego aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande, foi um dos primeiros leitores a reunir uma importante coleção de manuscritos para seu uso pessoal. Sendo mencionada no livro Geografia de Estrabão, um tratado de 17 livros que descreve povos e locais de todo o mundo, a biblioteca pessoal de Aristóteles é a primeira biblioteca privada da História da qual existe registo escrito. Sobre este, escreve o historiador e geógrafo grego que "foi o primeiro homem, de que há conhecimento, a colecionar livros e a ensinar os reis do Egito a organizar uma biblioteca." Depois da sua morte, Artistóteles deixou a sua biblioteca ao cuidado do seu sucessor, Teosfrato.
 
 

Busto de Aristóteles na biblioteca da Trinity College, em Dublin (Irlanda).


3. Ler em silêncio era considerado uma heresia

Uma vez que a literacia foi um privilégio reservado a uma elite durante milhares de anos, a leitura começou por ser uma atividade oral e coletiva. Desde a Roma Antiga até ao século XIX, as sessões de leituras públicas eram uma forma de entretenimento tão popular como os malabaristas ou os bobos na corte. Para além disso, esta era uma forma de continuar a preservar a transmissão de obras banidas pelas autoridades, das quais foram exemplo as obras de Jean-Jacques Rousseau.

Até a leitura em silêncio se tornar norma no mundo cristão, alguns dogmáticos suspeitavam desta nova tendência, considerando que um livro que pode ser lido em privado, “não é susceptível de clarificação imediata ou de leitura guiada, condenação ou censura por um ouvinte". Desde sempre, os leitores foram temidos pois, como acredita veemente Alberto Manguel, "ler é um ato de poder." 


Uma multidão compra bilhetes para uma sessão de leitura pública 
de Charles Dickens em Nova Iorque, em 1867.

Escreve Alberto Manguel que "na iconografia cristã, o livro ou o rolo de pergaminho pertenciam por tradição à divindade masculina, a Deus Pai ou ao Cristo Triunfante, o novo Adão, no qual a palavra de Deus encarnara". Por sua vez, "à mulher pertencia a Criança, afirmando assim o seu papel de mãe." Foi esta a mentalidade que reinou durante a maior parte da Idade Média, período durante o qual as mulheres recebiam apenas a educação julgada útil para o governo do lar, e que adquiriu diferentes ramificações ao longo dos tempos até, por fim, se tornar uma prática aceitável pela sociedade.

Tal como aconteceu com a maior parte dos grupos de leitores que foram marginalizados, a partir do momento em tiverem permissão para aprender a ler, as mulheres começaram a criar deliberadamente o seu próprio material de leitura. Foi, aliás, a partir de um fenómeno deste tipo, criado pelas mulheres da Corte japonesa, durante o século XI, que nasceu aquele que é considerado o primeiro romance do Mundo - A História de Genji -, cuja autoria é atribuída à fidalga Murasaki Shikibu.
 

"Fruto proibido" (1865), de Auguste Toulmouche.

5. Diderot foi um dos primeiros biblioterapeutas

Se acompanha as nossas bulas literárias, integradas na categoria Farmácia Literária deste blogue, sabe que existem diversos estudos científicos que demonstram que ler melhora a nossa saúde. Foi a partir dessa ideia que nasceu a biblioterapia, um tipo de terapia que defende que a cura passa pela leitura de livros. Embora o filósofo francês Denis Diderot, nascido em 1713, ainda não conhecesse este conceito, acreditava no poder terapêutico da leitura em voz alta. Conta Alberto Manguel que "em 1781, Diderot escreveu sobre a «cura» de sua mulher, Nanette, que dizia que nunca tocaria num livro a não ser que o seu conteúdo fosse espiritualmente edificante, submetendo-a ao longo de várias semanas a uma dieta de literatura ousada".

Relata Diderot: "Tornei-me o seu leitor. Administro-lhe três pitadas de Gil Blas todos os dias; uma de manhã, uma após o almoço e a outra ao serão. Quando acabarmos, avançaremos para O Diabo em Duas Varas, O Bacharel de Salamanca e outras obras animadoras da mesma natureza. Alguns anos e umas centenas destas leituras completarão a cura. Se eu tivesse a certeza de ser bem-sucedido, não me queixaria do trabalho. O que me diverte é que ela repete a quem nos visita o que acabei de lhe ler, de forma que a conversa duplica o efeito do remédio. Sempre considerei os romances como produtos frívolos, mas descobri finalmente que são bons para a hipocondria. Darei a fórmula ao Dr. Tronchin da próxima vez que o vir. Receita: oito a dez páginas do Roman comique, de Scarro; quatro capítulos de Dom Quixote; um parágrafo bem escolhido de Rabelais; deixar de infusão numa quantidade razoável de Jacques, o Fatalista ou de Manon Lescaut e variar estes fármacos como se variam as plantas medicinais, substituindo-os por outros com as mesmas propriedades, se necessário."


Pintura de Denis Diderot.

6. A utilização de estantes de livros (mesmo que falsas) como símbolo de estatuto já é uma tradição antiga

Não foi só a crescente realização de videochamadas que tornou popular a ideia de ter como cenário uma estante bem apetrechada de livros. Na Rússia do século XVIII, durante o reinado de Catarina, a Grande, um tal Sr. Klosterman fez fortuna com a venda de encadernações recheadas de papel velho, que permitiam aos cortesãos criar a ilusão de uma biblioteca e assim cair nas boas graças da sua imperatriz bibliófila. Ainda assim, partilhamos a convicção de Alberto Manguel de que nada substitui uma verdadeira biblioteca - esse espaço que era para o seu velho amigo, Borges, uma espécie de paraíso.

 
Cenário ilustrado com uma prateleira de livros, à venda na Amazon.
 
https://www.bertrand.pt/blogue-somos-livros/livrolicos/artigo/o-primeiro-livrolico-e-outras-curiosidades-sobre-a-historia-da-leitura/180605