Blogue da Biblioteca Escolar da Escola Básica Ferreira de Castro - Sintra

Aqui partilhamos tudo o que acontece na nossa Biblioteca.

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18 setembro, 2020

BIBLIOTECAS MUITO MAIS QUE LIVROS

 

Em tempo de pandemia em que as prioridades são a saúde e a segurança das populações, falar da importância das bibliotecas parece descabido, mas lembrar a função das bibliotecas pode servir para evitar o seu desmoronamento num momento em que parecem inúteis.

A Biblioteca Escolar Ferreira de Castro continua a acreditar na sua missão e trabalhará para contornar este momento conturbado em que outras prioridades se levantam. Acreditando que tudo vai melhorar, a BEFC continuará a perseguir os seus objetivos adaptando-se às circunstâncias.

É por esse facto que a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro apresenta aqui a obra de David Lankes, “Expect More: Demanding Better Libraries for Today’s Complex World”, sobre como podemos e devemos acreditar no potencial das bibliotecas.

Para David Lankes, entre outras missões, a missão de uma biblioteca é melhorar uma sociedade facilitando a criação de conhecimento numa comunidade, melhorar a sociedade onde está inserida a partir da criação de conhecimento, tornar sonhos em realidade no âmbito económico, espiritual, recreativo, acadêmico e assim por diante. 

Neste intuito de fazer não esquecer a importância das bibliotecas, deixamos aqui a Palestra de abertura do Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação 2015, em São Paulo, com o Prof. David Lankes, onde se pode perceber que a missão das bibliotecas é muito mais que livros.

17 setembro, 2020

O QUE PODEM OS PAIS E CUIDADORES FAZER PARA FACILITAR O REGRESSO À ESCOLA DE CRIANÇAS E JOVENS?

A Biblioteca Escolar Ferreira de Castro partilha mais uma vez recomendações da Ordem dos Psicólogos  para o regresso à escola em tempo de pandemia. Desta vez trazemos aqui as recomendações para pais e cuidadores do Dossier para a comunidade educativa.

Numa situação em que planeamos o imprevisível, a prioridade deve ser responder às necessidades de aprendizagem social e emocional das crianças e jovens, bem como às necessidades de Saúde Psicológica e de Bem-estar de toda a comunidade educativa.

RECOMENDAÇÕES PARA PAIS E CUIDADORES

Reconheçam e identifiquem receios e sentimentos de ansiedade em si próprios e nas crianças e jovens de quem cuidam, promovendo formas saudáveis de lidar com eles, sem cair em exageros. Incentivem as crianças e jovens a expressarem as suas emoções, disponibilizando-se para o diálogo e validando o que sentem relativamente ao regresso à escola. Assegurem à criança ou jovem que é natural ter sentimentos diversos (por exemplo, entusiasmo, alívio, preocupação e zanga) nesta situação.

Conversem com a/o criança/jovem sobre aquilo que a/o preocupa, mas também sobre aquilo que deseja no regresso à escola, ajudando-a/o a antecipar os aspetos positivos (por exemplo, reencontrar os colegas e professores).

Antes do dia de regresso à escola, conversem com a criança/jovem enfatizando que a decisão de regressar à escola é baseada no conhecimento científico e que todas as pessoas na escola farão os possíveis para manter crianças e adultos seguros; que qualquer pessoa que esteja doente ficará em casa; que as autoridades estão atentas e que quando, porventura, não for seguro ir à escola, decidirão nesse sentido. Para além disso é importante reforçar as boas práticas de higiene, os comportamentos pró-saúde e pró-sociais.

Preparem as crianças/jovens para as mudanças nos processos e logísticas habituais da escola. Quando souberem como vão funcionar as novas regras e logísticas da escola preparem a criança/jovem para essas alterações – quanto melhor ela/ele as entender, mais confortável se sentirá em relação a elas e ao seu cumprimento. No caso das crianças mais novas, uma das alterações que pode gerar dificuldade diz respeito ao facto de os pais/cuidadores não as poderem acompanhar dentro da escola. Prepare a criança/jovem para as diferenças que existirão nos procedimentos de as levar e ir buscar à escola, assegurando-a/o que existirão vários adultos que a/o acompanharão e poderão ajudar, e que poderão cumprir determinados rituais de separação nos espaços exteriores. Pergunte-lhe por algo que possa facilitar a situação (por exemplo, ir para a escola com um amigo ou levar um autocolante que as faça sentir corajosas).

Enfatizem o papel da criança/jovem em manter-se saudável a si e aos outros, sublinhando que devem evitar comportamentos como levar as mãos ao rosto e realizar frequentemente comportamentos como lavar as mãos. Os pais e cuidadores devem focar-se nas coisas que as crianças/jovens podem controlar (seguir as regras, adotar práticas de higiene) em vez de nas coisas sobre as quais não têm controlo (por exemplo, a probabilidade de um colega adoecer ou a escola ter de voltar a encerrar).

Reestabeleçam, em casa, as rotinas relacionadas com a escola, mantendo o que for possível manter (por exemplo, hora de dormir em período letivo, fazer a mochila e preparar a roupa para o dia seguinte).

Sintam e transmitam confiança na escola. É preciso confiar que todas as medidas e acções possíveis estão a ser tomadas para tornar as escolas espaços seguros e protetores para o regresso das crianças e jovens. Se os pais e cuidadores transmitirem esta segurança, será mais fácil para as crianças e jovens enfrentarem os receios que possam sentir.

Estejam preparados para lidar com alguma “ansiedade de separação”. Em particular para as crianças mais novas e após um período prolongado de contacto exclusivo com os pais e cuidadores principais, pode ser especialmente stressante a vivência da separação dos pais/cuidadores no regresso à escola. Esta é uma situação natural e que não deve gerar preocupação excessiva. Os pais/cuidadores devem reconhecer e validar a ansiedade que a criança sente face à situação; antecipar juntamente com a criança como será regressar à escola (por exemplo, usem a imaginação e criem cenários em conjunto – como vai ser, o que a criança vai querer fazer, o que a vai deixar contente, o que a vai deixar triste, etc.); reforçar que a separação será apenas temporária e que a X horas, estarão de regresso para a ir buscar. Durante o período de adaptação, os pais/cuidadores devem procurar manter rotinas que gerem segurança e tranquilidade à criança, sobretudo à hora de adormecer.

No final do dia, depois da escola, conversem com a criança/ jovem sobre como foi o dia na escola, incluindo o que gostaram, o que as deixou preocupadas e o que gostariam de fazer no dia seguinte.

Procurem reservar algum tempo extra para estar com a criança/jovem (a falar, a brincar, a jogar). Ao final do dia, as crianças podem estar mais cansadas e precisarem de actividades calmas; os jovens podem estar mais sonolentos.

Participem e cooperem ativamente no processo educativo da criança/jovem, mantendo uma relação próxima e informada junto dos professores e outras figuras de referência, conhecendo as medidas de suporte à aprendizagem e apoiando a implementação dessas medidas.

Mantenham um canal de comunicação aberto com a escola, informando como a criança/jovem se está a adaptar. Sempre que relevante, partilhe com os professores as necessidades, recursos e barreiras que a criança/jovem sente no processo educativo.

Contribuam para o equilíbrio entre as atividades escolares e as atividades familiares, avaliando o tempo que a criança/ jovem se dedica às atividades escolares face às exigências das mesmas, e o tempo livre e de convívio familiar.

Estabeleçam expectativas e objetivos elevados, mas realistas e razoáveis, acerca do desempenho académico da criança/jovem. A melhor forma de o fazer é comunicar-lhe que acreditam no seu potencial. 

Mostrem-se disponíveis para ouvir a criança/jovem, tentando compreender as suas facilidades e dificuldades no processo educativo, as suas preocupações e medos, em virtude do período em que vivemos, em relação ao seu percurso escolar.

Apoiem a realização de tarefas escolares, sempre que necessário, procurando contribuir para a autonomia e auto-regulação da criança/jovem no seu processo educativo.

Estejam atentos aos sinais de alerta e comportamentos de risco que levam ao abandono escolar, particularmente neste contexto de pandemia.

Recorram ao apoio especializado do Psicólogo escolar na gestão do stresse e da ansiedade ou de outras dificuldades emocionais e comportamentais, sempre que sentirem necessário.

Conversem sobre bullying e sobre cibersegurança. O seu filho tem direito a um ambiente educativo seguro e protetor que respeite a sua dignidade. A Convenção sobre os Direitos da Criança declara que todas as crianças têm direito à educação e proteção contra todas as formas de violência.

Estamos todos empenhados num bom recomeço escolar em tempo de pandemia!