Blogue da Biblioteca Escolar da Escola Básica Ferreira de Castro - Sintra

Aqui partilhamos tudo o que acontece na nossa Biblioteca.

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25 abril, 2022

Mais cravos que ditadura - 25 DE ABRIL NUM MINUTO



No dia 25 de Abril de 1974 um grupo de militares derrubou a ditadura em Portugal e devolveu a liberdade à população. Num minuto saiba como funcionava o Estado Novo e o que aconteceu no dia da revolução.
Uma Produção da Academia RTP do ano de 2012 mostra aos mais novos num minuto o que se celebra hoje em Portugal, dia 25 de abril.

Clica no link indicado e vê o video num minuto.

22 abril, 2022

Mais cravos que ditadura – A CENSURA NO ESTADO NOVO


    Mais um dia de abril a caminho de 25. A Revolução Portuguesa de 25 de abril de 1974 significou para Portugal a conquista da democracia. Fica aqui mais uma publicação sobre o que foi viver no Estado Novo e uma das conquistas desta revolução: a liberdade de expressão.


Durante mais de 40 anos, nada seria publicado em Portugal sem que passasse primeiro pela censura. O conhecido "lápiz azul", tantas vezes usado noutras cores, abateu-se sobre milhares de livros, sobre a imprensa e sobre qualquer manifestação cultural. 

Mais de duas décadas depois do 25 de Abril, Mário Zambujal fala-nos, em estúdio, daquilo que foi o fim da censura. 

Chefe de redacção de O Século à altura, recorda os primeiros dias de liberdade de expressão, quando fazer edições contínuas com tudo o que durante tanto tempo tinha sido silenciado era a única forma de celebrar devidamente essa possibilidade ansiada, sem cuidar de ir a casa, tomar banho ou dormir. 

Aceitando como óbvio o facto de haver censura num regime ditatorial, Mário Zambujal alude ironicamente à sujeição prática do jornalismo de então aos moldes que lhe foram impostos. “Era tudo à mão e a pé”, diz, e terá sido por isso, defende, que a maior e mais relevante parte dos jornais se instalava no Bairro Alto, de onde era mais fácil chegar às instalações oficiais onde o lápis azul actuava, fazendo posteriormente sair as provas, já censuradas, para publicação.

Este texto e uma pequena reportagem podem ser visionados em:






Ainda podes visitar a Galeria Virtual da Censura do Museu Nacional da Imprensa onde podemos ler por Luís Humberto Marcos, Director do Museu Nacional da Imprensa, a seguinte apresentação: 



Esta GALERIA VIRTUAL DA CENSURA começa com uma delimitação temporal precisa:o período da ditadura que vigorou em Portugal entre 1926 e 1974.
Os restantes tempos de censura da história portuguesa – e foram muitos desde a Inquisição - não são contemplados nesta primeira fase da GALERIA. Começando pela censura instaurada menos de um mês após o golpe militar de 28 de Maio de 1926, e que se foi apurando com a mestria do ditador Salazar, estaremos a falar de um dos processos censórios mais bem urdidos da história repressiva da humanidade.
Engenhosamente, diversos mecanismos estavam articulados de forma a “proteger” a ideologia do regime, de maneira aparentemente invisível e estimulando a autocensura.
Tratou-se de uma máquina censória que durou cerca de 48 anos e que se inculcou nos interstícios da sociedade portuguesa. Grande parte das provas desapareceu, mas o que ficou é suficiente para dar a noção da monstruosidade praticada. Na GALERIA podem ser apreciadas muitas provas censuradas, a par da legislação e de uma cronologia com os principais factos. Os cibernautas poderão ainda ter acesso a testemunhos, a protestos em favor da abolição da censura e à imprensa clandestina que de 1926 a 1974 se produziu, numa resistência continuada.
O fim da Censura, com o 25 de Abril de 1974, abriu o maior período de liberdade de expressão da história portuguesa.
Porque se sabe existirem muitas provas e histórias esquecidas, faz-se apelo a contributos e comentários que tornem a história da censura mais documentada.


Boa Visita!

21 abril, 2022

Mais cravos que ditadura e a Biblioteca Escolar


    Mais uma vez os livros da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro viajaram até às salas de aula. Hoje foram alunos de 9º ano, na disciplina de História, que abordaram o tema da Revolução Portuguesa de 25 de Abril de 1974 através da consulta do acervo da biblioteca escolar. São as nossas Leituras+ em Rota Livre.














20 abril, 2022

Mais cravos que ditadura - A MULHER NO ESTADO NOVO




Estamos em abril, mês em que Portugal celebra a sua revolução dos cravos, ocorrida em 1974, a Revolução do 25 de Abril.
Para podermos continuar a lembrar esta data e perceber o seu contributo para a vida em democracia, é bom recordarmos como era Portugal antes de 1974.

Estamos aqui no blogue da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, a revelar algumas realidades com sugestão de leituras e o contributo da RTP Ensina.

Comecemos hoje  pelo Retrato da mulher no Estado Novo feito pela historiadora Irene Pimentel.


Mãe, esposa e dona-de-casa. Papéis femininos valorizados e incentivados no Estado Novo. O regime fabricou a mulher ideal, afastada do espaço público, sem acesso a certas profissões e com direitos muito limitados. Os homens mandavam, as mulheres obedeciam. 

Apesar de a Constituição de 1933 estabelecer o princípio da igualdade, na prática a lei não era a mesma para homens e mulheres. Sobretudo as casadas, que não podiam trabalhar nem ir para o estrangeiro sem autorização do chefe de família. A mulher perfeita era a que ficava em casa, a manter a ordem e o asseio do lar, a cuidar da educação dos filhos, numa doce submissão ao marido. As escolas seguiam estes valores, as meninas eram educadas para as alegrias do casamento e desincentivadas de seguir o ensino secundário. O regime salazarista providenciava cursos para formar o seu ideal feminino. 

A historiadora Irene Flunser Pimentel é testemunha deste tempo que transformou em objeto de estudo. Revoltada contra a função secundária que lhe queriam atribuir, tornou-se feminista e, mais tarde, investigadora. No livro “A cada um seu lugar – a política feminina na ditadura de Salazar” analisa este período da história portuguesa. Diz-nos a autora que a discriminação e inferiorização das mulheres, foi também possível porque existia uma grande passividade da população que não lutava contra as regras instituídas. Mas nos anos 60, as raparigas começaram a invadir os liceus e nada voltou a ser como até então. 

Este texto e um pequeno filme podem ser visionados em 


Entretanto aconselhamos a leitura do livro A cada um o seu lugar, de Irene Pimentel



Boas leituras!

Podemos ver também na RTP Ensina o tema O ideal feminino do Estado Novo em 


onde também podemos ler:

Na ideologia vigente, os direitos da mulher eram quase nenhuns. Não podia votar. Não podia ser juíza, diplomata, militar ou polícia. Para trabalhar no comércio, sair do país, abrir conta bancária ou tomar contraceptivos, a mulher era obrigada a pedir autorização ao marido. E ganhava quase metade do salário pago aos homens. Estas e outras leis foram rasgadas no 25 de Abril, quando, um ano depois da revolução, os direitos das mulheres ficaram consagrados na Constituição da República.

18 abril, 2022

Mais cravos que ditadura – HISTÓRIA DA PIDE/DGS


Mais uma página a caminho de 25 de abril, data em que celebraremos, a Revolução dos Cravos. Para melhor valorizarmos a revolução convém continuarmos a conhecer algumas realidades de Portugal, anteriores a 1974, através mais uma vez da RTP Ensina e de sugestão de leituras.

Hoje abordaremos a História da PIDE/DGS

Durante quase 30 anos a polícia política encarregou-se de assegurar os valores do estado novo, mesmo que isso implicasse matar, torturar ou censurar.

A Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE) foi criada a 22 de outubro de 1945, no auge do Estado Novo. A função desta polícia era perseguir, prender e interrogar qualquer individuo que fosse visto como inimigo à ditadura salazarista. Estes opositores ao regime eram levados para prisões em Portugal como as dos Fortes de Caxias e de Peniche, ou a do Tarrafal, na ilha de Santiago, no arquipélago de Cabo Verde. Nestes locais eram muitas vezes vítimas de tortura, privação de sono, isolamento, más condições alimentares, higiénicas e de saúde, o que levava muitas vezes à sua morte.
A PIDE também dirigia a censura. Um dos seus mais famosos processos ficou conhecido como o “lápis azul”, uma vez que todos os artigos de imprensa e obras de arte – literatura, teatro, cinema, artes plásticas -, eram cortados, editados ou proibidos com um lápis azul antes de serem publicados.
Com a subida ao poder de Marcelo Caetano, em 1968, a imagem deste organismo policial tinha uma reputação amarga perante o povo português, levando o recente ditador a dissolver a PIDE. Mais tarde, a 24 de Novembro de 1969, foi oficialmente criada a DGS (Direção-Geral de Segurança) que manteve as mesmas funções da antiga PIDE.
Este sistema autoritário só chegou realmente ao fim com a chegada do 25 de Abril de 1974

Este texto e um pequeno filme podem ser visionados em:


Entretanto sobre este tema propomos a leitura da obra da historiadora Irene Pimentel 
A história da PIDE.



Propomos mais um livro sobre a PIDE e seus informadores, que como nos diz a apresentação do Museu Nacional Resistência e liberdade, é uma importante narrativa histórica sobre a PIDE e os seus informadores, através do caso paradigmático de Inácio […] objectiva e rigorosa, feita com base nos processos da polícia política existentes na Torre do Tombo, se poderá […] conhecer a face mais negra do Estado Novo, como Estado autoritário ou totalitário, questionando a ideia de que se tratava – como às vezes por aí se diz – de uma simples “ditadura à portuguesa”, tradicionalista e conservadora, e de “brandos costumes”.


25 abril, 2020

DIAS DE QUARENTENA - QUIZZ SOBRE O 25 DE ABRIL DE 1974


Acha que sabe tudo sobre o 25 de Abril?
Este ano celebra-se o 46.º aniversário da Revolução do 25 de Abril de 1974. 
Acha que tem a lição bem estudada para este quizz?

Quizz 
sobre o 25 de abril de 1974, no Público
Nuno Pacheco e Inês Chaíça




24 abril, 2020

DIAS DE QUARENTENA - GRÂNDOLA VILA MORENA


Utilizada como segunda senha da revolução é, ainda hoje, a música que mais se identifica com o que aconteceu no dia 25 de abril de 1974. “Grândola, Vila Morena” tornou-se um tema icónico.
“Grândola, vila morena” foi anunciada aos 25 minutos do dia 25 abril de 1974 por Leite de Vasconcelos, no programa “Limite” da Rádio Renascença, confirmando que a revolução seria naquele dia.À escuta tinha militares em diversos quartéis prontos a mobilizar forças para tomar pontos estratégicos especialmente na capital. Uma hora e meia antes tinham estado sintonizados nos Emissores Associados de Lisboa onde João Paulo Dinis tinha emitido a primeira parte da senha: “E depois do Adeus”, um tema de Paulo de Carvalho.
Apesar de ter sido a segunda música utilizada naquela noite para desencadear a revolução, “Grândola, vila morena”, de Zeca Afonso, ficaria para sempre ligada a esse momento, continuando a ser o tema que mais rapidamente se identifica com os acontecimentos dessa madrugada.


Visiona o video que te propomos e descobre porque Grândola foi a música da revolução.


Agora ouve a música  

Grândola Vila Morena | José Afonso ao vivo no Coliseu em

e lê a letra da canção e interpreta o seu significado.

Grândola Vila Morena 
Zeca Afonso 

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade 

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena 

Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade 

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena 

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontade 

Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade


DIAS DE QUARENTENA - UMA REVOLUÇÃO PASSO A PASSO




Para assistir a esta reportagem e saber como se amanhece no dia 25 de abril de 1974 em Portugal, clica no link seguinte:


Conheça passo a passo o que aconteceu no dia 25 de abril de 1974. Siga também os acontecimentos que antecederam o movimento revolucionário e o que se viveu nas horas subsequentes.

Saiba porque ocorreram as primeiras reuniões dos militares revoltosos e a importância do livro de António de Spínola no futuro Movimento das Forças Armadas.

Conheça também como foi elaborado o plano de operações para o dia 25 de abril de 1974, quais os pontos chave que foram ocupados pelos militares e a forma como a revolução triunfou.

Nesta reportagem pode ainda seguir os principais acontecimentos dos dias que se seguiram ao golpe militar, nomeadamente as tensões que se viveram entre o MFA e a Junta de Salvação Nacional.


23 abril, 2020

DIAS DE QUARENTENA - 25 DE ABRIL DE 2020 (PROGRAMA)

  

25 de abril de 2020 : uma nova forma de celebrar a revolução portuguesa de 1974.

Filmes e jornais


Para celebrar o 25 de abril, a Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema vai disponibilizar no seu site 20 títulos dedicados ao tema. São 11 longas-metragens e 12 números do Jornal Cinematográfico, e estarão disponíveis online a partir do dia 24 de abril e até ao dia 14 de maio.

Entre os filmes estão Brandos Costumes (de Alberto Seixas Santos, 1974), Scenes from the Class Struggle in Portugal (de Philip Spinelli e Robert Kramer, 1975) e Gestos e Fragmentos (também de Alberto Seixas Santos, 1982) – filme que deu o título à programação online da Cinemateca, iniciada a 13 de abril.

Será também disponibilizado o filme As Armas e o Povo (filme coletivo, 1975), que retrata os dias intensos entre o 25 de abril e o 1º de maio de 1974. Este é um dos filmes mais emblemáticos da revolução portuguesa, no qual participaram de uma forma ativa inúmeros realizadores e técnicos do cinema português. As Armas e o Povo, recentemente digitalizado pela Cinemateca Portuguesa, será ainda exibido na RTP1 no dia 25 de abril às 22h00.

Bloco de Melo Antunes

Do lado da Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, o Arquivo Nacional da Torre do Tombo divulga um documento fundamental para a institucionalização do nosso regime democrático, o Caderno de Apontamentos com o programa do Movimento das Forças Armadas, da autoria de Ernesto Melo Antunes, militar oposicionista, homem de cultura e revolucionário. Este Bloco, datado de março a abril de 1974, é um manuscrito com 26 páginas, que contém o Programa de ação política do Movimento de Oficiais das Formas Armadas".


Peniche até à madrugada de 27

O Museu Nacional Resistência e Liberdade, na Fortaleza de Peniche, que no ano passado foi palco das celebrações dos 45 anos do 25 de abril, concebeu este ano um programa online, em alternativa ao original, que revela o trabalho que tem vindo a ser realizado pelo Museu e que contempla o envolvimento dos públicos mais jovens. Assim, está a ser desenvolvido um vídeo coletivo que reúne as gravações individualmente feitas por 30 crianças e jovens que, juntas, constituem uma fita do tempo da Revolução de Abril, com início às 22h00 do dia 24 de abril e terminando com a libertação dos presos da Cadeia de Peniche na madrugada do dia 27 de abril de 1974.

Imagens de Censura

No Museu Nacional do Teatro e da Dança, em Lisboa, no âmbito da rubrica diária Porque o Palco é a Vida! O Museu em casa, criada para o contexto que atravessamos, serão disponibilizadas online no dia 24 imagens de textos/livros objeto de intervenção da Censura, especificamente do dramaturgo Bertolt Brecht, acompanhadas de um texto, da autoria do diretor do Museu, sobre a Censura no Teatro no período da ditadura. No dia 25 de abril serão disponibilizadas imagens de espetáculos do mesmo dramaturgo, com destaque para Mãe Coragem.

 https://culturaportugal.gov.pt/pt/saber/2020/04/25-de-abril-celebrar-com-cultura/

18 abril, 2020

DIAS DE QUARENTENA - O CAMPO DO TARRAFAL


Depois de publicarmos o tema PIDE/DGS, nos assuntos que nos fazem caminhar em abril na direção da revolução portuguesa de 1974, abordamos o tema O campo do Tarrafal em Cabo Verde.

O campo de prisioneiros do Tarrafal funcionou, de forma irregular, entre 1936 e 1974, acolhendo primeiro os opositores portugueses ao regime e, posteriormente, os guerrilheiros dos grupos de libertação dos países africanos.
Em Outubro de 1936 chegaram a Cabo Verde cerca de centena e meia de pessoas para inaugurar o campo de concentração do Tarrafal. As condições de vida eram atrozes. O clima era quente, quase desértico, não existiam condições de higiene, a comida era escassa e os prisioneiros estavam obrigados a realizar trabalhos forçados.
Pelas razões já apontadas também lhe chamavam “campo da morte lenta” e mais de três dezenas de pessoas perderam lá a vida…
O campo esteve em funcionamento de forma intermitente entre 1936 e 1954 recebendo oposicionistas portugueses ao regime. Em 1961 voltaria a ser reativado, mas com o objetivo de receber militantes dos grupos que lutavam pela independência das colónias africanas.



Este texto e um pequeno filme podem ser visionados em:






O conhecimento também se faz de leituras e aqui propomos o livro Memória do Campo de Concentração Tarrafal, que pode ser descarregado em PDF da Biblioteca Digital do Instituto Camões em: