Blogue da Biblioteca Escolar da Escola Básica Ferreira de Castro - Sintra

Aqui partilhamos tudo o que acontece na nossa Biblioteca.

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16 setembro, 2020

Regresso à escola em tempo de pandemia.

É FUNDAMENTAL QUE O REGRESSO À ESCOLA SE BASEIE NA PREMISSA QUE A ESCOLA É UM ESPAÇO SEGURO E PROTETOR, CUIDADOR E DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO, À SAÚDE (FÍSICA E PSICOLÓGICA) E AO BEM-ESTAR DAS CRIANÇAS, JOVENS E DEMAIS COMUNIDADE EDUCATIVA  

UNICEF Portugal (2020). Medidas para a ação local - promoção de ambientes seguros e protetores para as crianças no pós-confinamento.

 https://www.unicef. pt/atualidade/publicacoes/medidas-para-a-acao-local/

 A Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, partilha aqui as palavras escritas pala Ordem dos Psicólogos em parceria com a UNICEF Portugal, para o regresso à Escola em tempo de pandemia.

No último ano letivo, a pandemia COVID-19 obrigou a alterações nos contextos educativos e nos processos de ensino-aprendizagem, gerando novas interações entre os alunos, os pais/cuidadores, os professores/outros profissionais e a escola. A incerteza e as mudanças nas dinâmicas relacionais e de aprendizagem mantêm-se neste novo ano letivo de 2020/2021, que agora se inicia. Toda a comunidade educativa enfrenta desafios excecionais. 

No regresso à escola, acompanhando sentimentos de entusiasmo e algum alívio, é natural que predominem ainda sentimentos de incerteza e medo relativos à exposição ao vírus. Quer as crianças e jovens, quer os pais/cuidadores e educadores/professores, podem preocupar-se com o aumento da exposição ao risco que decorre da potencial necessidade de andar de transportes públicos, de estar em espaços fechados com proximidade a outras crianças e jovens, da dificuldade em controlar e garantir que todos adotam os comportamentos de proteção necessários para os manter em segurança. É natural que pais e cuidadores possam experienciar uma variedade de sentimentos (às vezes aparentemente opostos, tais como alívio e preocupação, culpa e confiança) face ao regresso à escola. É natural que se sintam ansiosos com planos de regresso que possam parecer vagos, ou céticos relativamente ao cumprimento de algumas medidas. 

É natural que se sintam preocupados, também, com novas possibilidades de encerramento das escolas, modelos de ensino mistos ou à distância, ou com a implementação de outras medidas. No caso das crianças e jovens, o período de encerramento das escolas significou novas barreiras ao seu desenvolvimento social, psicológico e educativo, agravando situações de desigualdade já existentes e colocando em causa dimensões fundamentais da sua vida (como a quebra de rotinas, brincadeiras e contactos sociais). 

 

A UNICEF Portugal tem estado a acompanhar a situação das crianças, desde a declaração do Estado de Emergência, e realizou um diagnóstico sobre os efeitos da pandemia no Bem-estar e Direitos da Criança. Neste inquérito (UNICEF Portugal, 2020), as crianças e jovens com idades compreendidas entre os 6 e os 17 anos manifestam as suas preocupações, reconhecendo que a situação atual obrigou a muitas mudanças na sua vida. 

No topo destas estão uma nova rotina associada a sentimentos de insegurança, alterações a nível escolar, o menor contacto com os seus pares e uma diferente utilização dos espaços público e privado. Deste modo, o regresso à escola poderá ser particularmente desafiante este ano letivo, exigindo medidas específicas de suporte, que promovam uma reintegração escolar que, por sua vez, assegure a Saúde Física, mas também Psicológica e garanta o Bem-estar da criança. 

A reabertura das escolas implica mudanças nos procedimentos anteriores, alterações nos hábitos sociais e nas emoções de todos os envolvidos. O impacto do vírus e da pandemia continua a depender também do comportamento de cada um de nós. Por isso, continuaremos a precisar de ser pacientes e resilientes, capazes de nos adaptarmos constantemente, nomeadamente à possibilidade de existirem alterações nas medidas e no que respeita aos comportamentos recomendados em contexto escolar.

Teremos que repensar a escola e a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro  acompanhará todo este novo processo.

15 setembro, 2020

Dia Internacional da Democracia

   

Hoje, dia 15 de setembro, a UNESCO assinala o Dia Internacional da Democracia, e a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro apresenta uma curta metragem sobre a importância em Democracia, da negociação de estratégias para um bem comum.
 
 As Nações Unidas através de António Guterres, alertam em ano de pandemia, para a fragilidade de algumas democracias que em período de crise aumentam as desigualdades e injustiças e chamam a atenção para como neste Dia Internacional da Democracia deveremos refletir sobre como podemos tornar o mundo mais igualitário e solidário com pleno respeito pelos direitos humanos.

14 setembro, 2020

#EscolaEmSegurança

O Governo divulga campanha de sensibilização sobre o regresso às aulas.

Na semana em que regressam as aulas presenciais, os Ministério da Saúde e da Educação lançam a campanha “#EscolaEmSegurança” para reforçar a importância de informar e sensibilizar toda a comunidade educativa para as regras de acesso e permanência nos estabelecimentos de educação e ensino.

Da campanha fazem parte vídeos, cartazes e infografias que reúnem toda a informação sobre as regras de segurança que os alunos não devem esquecer.

 https://www.sns.gov.pt/noticias/2020/09/14/escolaemseguranca/

A Biblioteca Escolar Ferreira de Castro divulga aqui alguma da informação da DGS para que o ano escolar comece em segurança.

 







05 julho, 2020

DIAS DE QUARENTENA - SETE RAZÕES PARA LER MAIS.


Terminamos esta semana de artigos ligados às vantagens da leitura e estratégias de mobilização em período de férias, com um artigo do Jornal Expresso intitulado Sete razões para ler mais.

Para aqueles que não acham graça à leitura, deixamos algumas boas razões para mudarem de opinião.

As vantagens de transformar a leitura num hábito diário são mais do que muitas. Conheça algumas das mais importantes que foram enumeradas pelo "Universia".

AGILIZA O CÉREBRO

O cérebro precisa de exercício para funcionar a 100% e a leitura é um dos melhores para o manter ativo e ágil.

AUMENTA O CONHECIMENTO

Tudo aquilo que lê, é catalogado pelo cérebro como 'novas informações'. E mesmo quando não lhe parecem muito relevantes, é provável que em algum momento da vida elas se tornem úteis - numa entrevista de emprego, num debate na faculdade ou simplesmente para quebrar o gelo num momento mais tenso.

EXERCITA A MEMÓRIA

Enquanto lê um livro não se pode esquecer das personagens, dos contextos em que cada uma se move, da trama. E enquanto o faz naturalmente e sem esforço, está a exercitar a sua memória. Quanto mais informação apreende e retém mais facilmente consegue recorda os acontecimentos do dia-a-dia.

ALARGA O VOCABULÁRIO

Esta é uma das razões porque os professores e os seus pais sempre insistiram para que lesse mais. A leitura coloca-o em contacto com novas palavras a todo o momento, e o seu cérebro regista-as imediatamente. Alargar o seu léxico é fundamental para melhorar a forma como comunica, ajudando-o a exprimir melhor as suas ideias e a conseguir melhores notas nos trabalhos. 

DESENVOLVE O PENSAMENTO CRÍTICO

Quando consegue desvendar o mistério antes de o escritor o oferecer de bandeja no final do livro é um sinal de que tem um pensamento ágil e crítico. Este talento é mais facilmente desenvolvido através da leitura, porque quanto mais lê, mais estimula a capacidade de estabelecer conexões.

REDUZ O STRESSE

Ao desviar o foco dos seus problemas, embrenhando-se numa história diferente da sua, reduz o nível de stresse. Um bom livro ajuda-o a abstrair-se e, por vezes, até a olhar a sua realidade sob uma perspetiva mais positiva e estimulante.

MELHORA A CONCENTRAÇÃO

A leitura pode ser uma das poucas alturas do dia em que consegue abstrair-se do que se passa à sua volta e mergulhar a fundo na história. E o facto de se conseguir concentrar enquanto a lê vai ajudá-lo a melhorar o nível de concentração em outras situações.
(WWW.EXPRESSO.PT)
https://expresso.pt/queroestudarmelhor
/sete-razoes-para-ler-mais=f848113

03 julho, 2020

DIAS DE QUARENTENA - INCENTIVAR A LEITURA NAS FÉRIAS


Continuamos a partilhar alguns artigos que possam ser úteis nas férias em família, que se aproximam.

Para as crianças, as leituras de férias devem estar associadas ao tempo livre, à partilha de experiências com a família e amigos, ao usufruir das coisas significativas da vida. Esqueça, por umas semanas, os programas e as metas escolares. A meta mais importante passa por se conhecerem, ter curiosidade por tudo e procurar ligações menos óbvias na diversidade do mundo. Os bons livros fazem parte do caminho.
Carla Maia de Almeida

1. Prepare uma ida à livraria

Antes das férias, há um sentimento colectivo de entusiasmo, novidade e expectativa. Estes momentos têm sempre mais impacto e adesão emocional quando são acompanhados por rituais. Ir a uma livraria (e não a um hipermercado...) com o propósito único de escolher um livro para as férias pode ser uma festa. Com as crianças, marque um dia, uma hora, uma loja. A aventura começa aí.

2. Saiba quais são os interesses delas

Muitos adultos queixam-se de que as crianças não leem, ou não leem o suficiente. Há uma abordagem que costuma resultar: dar-lhes livros que vão ao encontro dos seus interesses e gostos. Futebol? Pintura? História? Ciência? Matemática? Egiptologia? Animais? Invenções? Magia? Tubarões?... Existem livros sobre tudo. Evite, durante algum tempo, a tentação de pensar que há temas «maiores» e «menores».

3. Escolha livros de que também goste

As crianças devem ser encorajadas a escolher os seus livros, mas os adultos têm uma palavra a dizer. Um bom livro para crianças é aquele de que os adultos também gostam; de outro modo, que sentido faz a leitura partilhada? Há autores que agradam a ambos os lados: Roald Dahl, Oliver Jeffers, Emily Gravett, Judith Viorst, Lewis Carroll, Saint-Exupéry e muitos outros. Pode-se escolher um livro pelo autor, pelo tema, pelas ilustrações, pelo texto, pela coleção, pela editora... Tudo isso são critérios. Mas a responsabilidade de uma escolha acertada – que nem sempre é possível – cabe ao adulto. Ao selecionar um livro, convoque os seus valores, a sua informação, a sua sabedoria e experiência de vida.

4. Evite os lugares previsíveis

Se durante o resto do ano costuma ler-lhes uma história antes de adormecerem, as férias são a oportunidade para quebrar a rotina. Explore outros lugares, fuja dos horários certos, associe a leitura aos cinco sentidos. Não lemos só «do pescoço para cima». Partilhar um livro na praia, debaixo de um guarda-sol, enquanto se espera pela hora do banho, pode ter um efeito duradouro na memória dos pequenos leitores.

5. Leiam juntos e em voz alta

Os bons livros para crianças têm ritmo e musicalidade na leitura em voz alta. Esta é uma característica que os distingue dos livros «para os adultos». Ler em voz alta não é só para bebés e pré-leitores. É para todos. A voz humana chama emoções e um sentido de comunidade e pertença à família. Como escreveu Rodolfo Castro, escritor e contador de histórias, «ler em voz alta é fazer ressoar o nosso interior».

6. Explore outros géneros literários

As crianças não resistem a uma boa história, mas as leituras de férias podem arriscar outros géneros literários. Porque não explorar um atlas, um guia de viagem, um livro informativo sobre... florestas tropicais? Se quiser ir mais longe, «leia» um álbum sem texto. Raymond Briggs, Istvan Banyai e Thé Tjong-Khing estão entre os autores que construíram belas narrativas só com imagens. Deixe que sejam as crianças a contar a história.

7. Dê-lhes o direito de não acabar o livro

Faz parte dos dez direitos do leitor, segundo o best-seller de Daniel Pennac: «o direito de não acabar o livro». As férias são um tempo de liberdade, de alegria e vitalidade. Usar a leitura como castigo («Se não acabares esse livro não te compro outro») ou como meio para chegar a um fim («Se vieres para a mesa leio-te uma história») não é boa política. Porquê? Porque os adultos acabam por dar mais importância à educação do que à literatura. E isso é meio caminho andado para não escolher os melhores livros.

Carla Maia de Almeida
Escritora e jornalista, escreve atualmente na revista LER sobre livros infantojuvenis, área em que também faz traduções e formação. Licenciada e pós-graduada em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa, tem uma pós-graduação em Livro Infantil pela Universidade Católica Portuguesa. Para crianças, adolescentes (e leitores de todas as idades), publicou até agora doze livros, quase todos recomendados pelo Plano Nacional de Leitura. Desde 2008, escreve sobre livros infantojuvenis (e não só) no blogue O Jardim Assombrado.

https://www.portoeditora.pt/paisealunos/pais-and-alunos/