Continuamos com as publicações relativas ao projeto da turma C do 9º ano, na disciplina de História com a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, intitulado Ler o Holocausto. Cada aluno da turma leu uma obra referente ao holocausto da segunda guerra mundial, de preferência escrita por sobreviventes ou testemunhas da época.Foi elaborado um trabalho exaustivo sobre cada obra lida, do qual agora já em período de quarentena, resultam estes apontamentos resumidos em formato de comentário pessoal.
Prosseguimos com a nossa aluna Alyaah Correia que leu Clara. A menina que sobreviveu ao Holocausto, e que nos fala do livro assim:
Clara Kramer, nascida em 1927, dedicou a sua vida a divulgar o Holocausto. Fundou o Centro de Recursos do Holocausto. Nos seus oitenta e poucos anos, Clara escreveu um livro onde conta o que se passou na sua vida durante o Holocausto- “Clara. A menina que sobreviveu ao Holocausto”.
Neste livro Clara utiliza o seu diário para nos contar sobre o seu dia-a-dia durante o Holocausto, vivendo escondida num bunker com 18 judeus. Este livro é baseado em factos reais.
Clara vive com a sua família judaica (a mãe, Salka, a irmã, Mania, o pai, Meir, o avô Dzadzio e a avó Babcia), em Zolkiew. Certa altura os Nazis conquistam aquela cidade, onde massacram milhares de judeus. A família de Clara resolve arranjar um esconderijo. Com sorte a família Beck, uma família alemã que se opõe aos nazis, decide acolher a família de Clara, juntamente com quatro outras famílias. Todas as pessoas acolhidas ficaram a viver durante 18 meses em um bunker feito à mão.
Enquanto estão escondidos o seu bunker incendeia: Clara acordou com um cheiro a fumo ao mesmo tempo que ouvia a Sra. Beck a gritar: -“FOGO, FOGO!”(Kramer, 2019, p.153) No entanto não baixam os braços e decidem sobreviver a todo o custo “O bunker é por baixo da sala. É a nossa única esperança.” (Kramer, 2019, p.155)
Perdem elementos familiares: Salka: “ - Perdi uma filha.” (Kramer, 2019, p.157)
Com todos estes acontecimentos estes judeus sobrevivem.
Para mim, este livro não foi tão difícil de ler como eu achava. Penso sim que foi um livro que tinha uma história difícil de imaginar e às vezes de compreender os acontecimentos da época e a sua razão de ser.
Percebi que durante aqueles 18 meses as crianças que lá estavam passaram a ter de crescer e ganhar mais maturidade muito mais rápido do que estavam habituadas,
A pessoa que eu mais admirei durante a leitura desta história verídica, foi o Sr. Beck que apesar dos seus princípios, aceitou acolher e ajudar estas famílias.
Recomendo a leitura deste livro. Ler esta história fez-me querer aproveitar tudo o que estou a viver ao máximo, a minha adolescência, algo que foi retirado a muitas crianças do holocausto como por exemplo Mania
Obrigada Alyaah pela partilha.