Blogue da Biblioteca Escolar da Escola Básica Ferreira de Castro - Sintra

Aqui partilhamos tudo o que acontece na nossa Biblioteca.

Páginas

20 maio, 2020

DIAS DE QUARENTENA - NO PERCURSO DOS PARQUES NATURAIS: PENEDA-GERÊS E LAGOAS DE BERTIANDOS.




Iniciamos hoje uma grande caminhada pelos Parques Naturais de Portugal, a caminho do Dia Europeu dos Parques Naturais que se celebra a 24 de maio.

A celebração deste dia, com a realização de diferentes eventos nas zonas protegidas, tem em vista divulgar a necessidade de proteger a biodiversidade em diversos espaços da Europa para a potenciar.
Um parque natural é uma área protegida por lei com paisagens naturais, seminaturais e humanizadas, de interesse nacional. O objetivo do parque natural é conservar a fauna e a flora existentes para as gerações vindouras.
O Dia Europeu dos Parques foi lançado pela Federação EUROPARC em 1999. É comemorado a 24 de maio porque foi nessa data, em 1909, que se criaram os primeiros parques naturais na Europa (nove parques nacionais na Suécia).

https://www.calendarr.com/portugal/dia-europeu-dos-parques-naturais/


Até domingo vão ser diversas as nossas propostas de Parques Naturais, para ajudar a escolher um bom passeio ao ar livre, sem contaminações e com as devidas precauções.
Bom passeio!




DIAS DE QUARENTENA - LER O HOLOCAUSTO: CLARA, A MENINA QUE SOBREVIVEU AO HOLOCAUSTO


     Continuamos com as publicações relativas ao projeto da turma C do 9º ano, na disciplina de História com a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, intitulado Ler o Holocausto. Cada aluno da turma leu uma obra referente ao holocausto da segunda guerra mundial, de preferência escrita por sobreviventes ou testemunhas da época.Foi elaborado um trabalho exaustivo sobre cada obra lida, do qual agora já em período de quarentena, resultam estes apontamentos resumidos em formato de comentário pessoal.
Prosseguimos com a nossa aluna Alyaah Correia que leu Clara. A menina que sobreviveu ao Holocausto, e que nos fala do livro assim:

     Clara Kramer, nascida em 1927, dedicou a sua vida a divulgar o Holocausto. Fundou o Centro de Recursos do Holocausto. Nos seus oitenta e poucos anos, Clara escreveu um livro onde conta o que se passou na sua vida durante o Holocausto- “Clara. A menina que sobreviveu ao Holocausto”.
Neste livro Clara utiliza o seu diário para nos contar sobre o seu dia-a-dia durante o Holocausto, vivendo escondida num bunker com 18 judeus. Este livro é baseado em factos reais. 

    Clara vive com a sua família judaica (a mãe, Salka, a irmã, Mania, o pai, Meir, o avô Dzadzio e a avó Babcia), em Zolkiew. Certa altura os Nazis conquistam aquela cidade, onde massacram milhares de judeus. A família de Clara resolve arranjar um esconderijo. Com sorte a família Beck, uma família alemã que se opõe aos nazis, decide acolher a família de Clara, juntamente com quatro outras famílias. Todas as pessoas acolhidas ficaram a viver durante 18 meses em um bunker feito à mão.


     Enquanto estão escondidos o seu bunker incendeia: Clara acordou com um cheiro a fumo ao mesmo tempo que ouvia a Sra. Beck a gritar: -“FOGO, FOGO!”(Kramer, 2019, p.153) No entanto não baixam os braços e decidem sobreviver a todo o custo “O bunker é por baixo da sala. É a nossa única esperança.” (Kramer, 2019, p.155)
Perdem elementos familiares: Salka: “ - Perdi uma filha.” (Kramer, 2019, p.157)
Com todos estes acontecimentos estes judeus sobrevivem.

     Para mim, este livro não foi tão difícil de ler como eu achava. Penso sim que foi um livro que tinha uma história difícil de imaginar e às vezes de compreender os acontecimentos da época e a sua razão de ser.
Percebi que durante aqueles 18 meses as crianças que lá estavam passaram a ter de crescer e ganhar mais maturidade muito mais rápido do que estavam habituadas,
A pessoa que eu mais admirei durante a leitura desta história verídica, foi o Sr. Beck que apesar dos seus princípios, aceitou acolher e ajudar estas famílias.
Recomendo a leitura deste livro. Ler esta história fez-me querer aproveitar tudo o que estou a viver ao máximo, a minha adolescência, algo que foi retirado a muitas crianças do holocausto como por exemplo Mania 

Obrigada Alyaah pela partilha.

19 maio, 2020

DIAS DE QUARENTENA - LER O HOLOCAUSTO: A RAPARIGA DE AUSCHWITZ


   
       Hoje iniciamos uma série de publicações relativas a um projeto abraçado pela turma C do 9º ano, na disciplina de História com a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, intitulado Ler o Holocausto. Cada aluno da turma leu uma obra referente ao holocausto da segunda guerra mundial, de preferência escrita por sobreviventes ou testemunhas da época.Foi elaborado um trabalho exaustivo sobre cada obra lida, do qual agora já em período de quarentena, resultam estes apontamentos resumidos  em formato de comentário pessoal.
Nesta primeira publicação começamos pela nossa aluna Ana Carolina Alves que leu a obra

A Rapariga de Aushwitz , que nos apresenta assim:


O livro que eu li foi “A Rapariga de Aushwitz”, um livro escrito por Eva Shloss. 


 Eva Shloss


Eva Shloss foi uma sobrevivente judia dos campos de concentração de Aushwitz-Birkenau e nasceu a 1 de maio de 1929 em Viena, Áustria. Atualmente vive com 91 anos em Londres. 
O livro aborda principalmente o tema Holocausto e fala sobre a sobrevivente Eva Schloss que conta a sua vida vivida em grande pressão e sofrimento. Eva Schloss vivia com a sua mãe Fritzi (Mutti), o seu pai (Pappy) e o seu irmão Heinz, em Viena, na Áustria.
Eva, Mutti e Heinz

     Em 1938 quando os nazis, comandados por Hitler, invadiram a Áustria com a intenção de exterminar os judeus, a família de Eva foi das poucas famílias que conseguiu fugir. A família de Eva apesar de conseguir fugir acabou por ser capturada no 15º aniversário de Eva, em Amesterdão, de onde eles foram levados para o campo de concentração de Auschwitz, onde foram separados os homens das mulheres. Eva e a mãe sobreviveram com alguma sorte. Quando a guerra acabou e o campo foi libertado, as duas iniciaram o regresso a casa, tendo sabido mais tarde que o pai e o irmão de Eva tinham morrido.



 Eva e Anne Frank
     Tempos depois a mãe de Eva casa com o pai de Anne Frank, que também tinha perdido a sua mulher e filhas.
     Algumas citações ao longo do livro chamaram-me bastante a atenção como por exemplo na página 33 : “Nunca esquecerei o medo e o pressentimento que me invadiram na noite em que os nazis chegaram a Viena.”. Esta citação demonstra a chegada dos nazis a Viena em que Eva após os toques dos sinos da igreja, fica com medo e confusa em relação ao que está a acontecer.

    Outra das citações é sobre a viagem de comboio para o campo de concentração que está na página 107: “Auschwitz era um mundo de porcaria, fome e depravação (…) Quando recebi a minha tigela, amarrei-a às minhas roupas esfarrapadas e nunca a perdi de vista.” . Esta citação fala sobre a viagem da família para o campo de concentração em que Eva percebe que a vida em Aushwitz não tinha nada a ver com a sua vida em Viena, eles só comiam uma vez por dia quando os guardas abriam as portas a atirarem pedaços de pão.

    Considerei este livro muito “pesado”, é uma história incrível de sofrimento e sobrevivência. Relata histórias de medo, fome, frio, doença, morte, mas por outro lado uma profunda determinação e um amor imenso entre mãe e filha que conseguem sobreviver.
     Na minha opinião este livro ensina-nos a dar valor à vida e às condições que temos.
De qualquer forma, foi um livro que adorei ler e mais uma história que gostei de conhecer e explorar.

Obrigada Ana Carolina, pela partilha.