Blogue da Biblioteca Escolar da Escola Básica Ferreira de Castro - Sintra

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17 abril, 2024

Tertúlia Literária 5ºC3 5ºC2


Desta vez foram os alnos do 5ºC2 e 5ºC3, em Tertúlias Literárias, que partilharam as apreciações e aprendizagens que adquiriram com as leituras dos livros do projeto da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, Cabaz Literário.





Livro escolar único como retrato ideológico do Estado Novo

    Os documentos históricos de época funcionam como testemunhas autênticas do passado, preservando a memória e proporcionando uma ligação direta com as experiências vividas por gerações anteriores. Foi nesta perspetiva que a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, a propósito das celebrações dos 50 anos da Revolução de 25 de abril de 1974, dinamizou sessões para as turmas de 9º ano, onde apresenta o que foi o pendor ideológico do Estado Novo, através dos livros escolares da época.

Durante o Estado Novo em Portugal (1933-1974), um dos elementos chave da política educacional foi o Livro Escolar Único. Essa iniciativa era parte do esforço do regime liderado por António de Oliveira Salazar para consolidar o controlo ideológico e promover uma visão única da história e valores nacionais. O Livro Escolar Único buscava uniformizar o currículo e limitar a diversidade de perspetivas presentes nos materiais didáticos.

Esta sessão, dinamizada pela professora bibliotecária, foi com  alunos do 9ºB3 que puderam conhecer o interior textual e gráfico de manuais escolares do Estado Novo, pertencentes à colação da professora bibliotecária. Sob a trilogia  ideológica Salazarista Deus, Pátria, Família, foram dados a conhecer textos e ilustrações de livros escolares que transmitiam esses valores.


Os livros escolares eram cuidadosamente selecionados para refletir a ideologia do Estado Novo, glorificando a história de Portugal, enfatizando o papel do império e promovendo valores conservadores. A intenção era moldar a mente das gerações mais jovens de acordo com os princípios do regime autoritário, controlando assim a narrativa educacional e reforçando a lealdade ao Estado.

Os alunos do 9ºB3 ficaram  aperceber como os manuais escolares do Estado Novo foram, na época, o instrumento de doutrinação, e  hoje são documentos históricos.








A presença da Igreja Católica era assim forte, dominadora e impositiva. As alternativas não existiam. Não há referências a outras religiões (a não ser aos Mouros e à sua "infidelidade"), nem sequer a outras confissões cristãs. Estas, apesar de toleradas oficialmente, nunca seriam encorajadas pelo regime que, ao invés, sempre dificultou a sua ação.
Serra, Filipe Mascarenhas (2005)
«A imagem nos manuais do ensino primário do Estado Novo»,
Cultura, vol. 21, 151-176.












«Em todas as escolas públicas do ensino primário infantil elementar existirá, por detrás e acima da cadeira do professor, um crucifixo, como símbolo de educação cristã determinada pela Constituição.» - Lei n.º 1 941, Base XIII.





 


16 abril, 2024

O Museu Aqui e Agora e o Futuro que lá Mora - Oficinas de Artes Plásticas para professores


    No âmbito do projeto O Museu Aqui e gora e o Futuro que lá Mora, no dia 8 de abril de 2024, realizou-se a primeira Oficina de Artes Plásticas para Professores na EB Padre Alberto Neto. Foi uma sessão de trabalho interessante, dividida em três momentos:
1. Apresentação/Contextualização do trabalho a realizar inspirada em dois museus: Odrinhas e Museu da História Natural;
2. Pintura coletiva: todos os formandos à volta duma mesa, pintámos o fundo com cores, criando um degradé. Depois pintámos contornos de pássaros, integrando formas desenhadas por outros colegas e interagindo coletivamente na criação da imagem. O painel resultou e o trabalho coletivo integrado, com espírito colaborativo e que fomenta a partilha, a interação, incentivando a participação de todos.
3. Depois seguimos para outro espaço onde nos dividimos por grupos. O nosso grupo ficou com o tema dos deuses romanos. Distribuíram-se as bases (placas) e inspiramo-nos em imagens de deuses para criar.
Esta atividade teve como objetivo aprender e experimentar os processos da construção de totens para serem aplicados na Oficina de Artes Plásticas com os alunos.


    No dia 15 de abril de 2024, realizou-se a segunda Oficina de Artes Plásticas na EB Padre Alberto Neto que foi dividida em dois momentos. Esta sessão teve como finalidade a divulgação e experimentação dos elementos básicos de representação.
1. No primeiro momento falou-se dos elementos da linguagem visual a partir de imagens de um PowerPoint, dando exemplos: ponto, linha, cor, claro/escuro, formas planas…);
2. No segundo momento, passámos para o trabalho prático (construção do totem). Fomos distribuídos por grupos. A cada grupo foi destinado cores pré determinadas. Foram-nos dadas indicações à medida que o trabalho ia avançando (aplicação dos pontos, das linhas e das formas faladas no primeiro momento. Foi uma experiência interessante pela simplicidade e clareza das instruções que levaram a uma melhor compreensão da utilização da linguagem visual.
Esta apresentação teve como objetivo não só dar ferramentas aos professores para aplicar na sessão com os alunos, como também, desenvolver contextualizar o museu escolhido (MU.SA).
Mais uma vez, uma excelente oficina, onde todos foram capazes  de revelar o artista que há em cada um.




O MU.SA VEM À ESCOLA (5ºA2, 5ºA4)


Desta vez foram os alunos do 5ºA2 e 5ºA4 que estiveram com Rui Grazina e Sofia Dominguez, num atelier na Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, sobre o Museu das Artes de Sintra e o livro Nos Corredores do Tempo, de Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães. Os alunos conheceram a história do edifício onde se situa o museu, exploraram excertos da obra e estiveram em contacto com objectos dos vários períodos do edifício projetado pelo arquiteto Norte Júnior.
Esta actividade está integrada no Projeto O Museu Aqui e Agora e o Futuro que lá Mora, da Rede de Bibliotecas Escolares e Câmara Municipal de Sintra.