Blogue da Biblioteca Escolar da Escola Básica Ferreira de Castro - Sintra

Aqui partilhamos tudo o que acontece na nossa Biblioteca.

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18 abril, 2023

A minha casa tem uma palavra



Mais uma vez a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro teve o prazer de dinamizar uma atividade em parceria com a Faculdade de Arquitetura de Lisboa com a presença da arquiteta Margarida Louro.

A atividade A minha casa tem uma palavra, pretendeu levar os mais novos a refletirem sobre a sua casa e a expressarem como a sentem. Perceber que a nossa casa é o resultado das experiências de vida que nela temos, em simultâneo com a forma como o espaço interior e exterior se organiza, é uma forma subtil de introdução à arquitetura e urbanismo assim como ao design de interiores.

A Biblioteca Escolar Ferreira de Castro convidou uma turma de 2º ano da Escola Básica de Ouressa, e em conjunto com um grupo de 9º ano, dinamizou um ateliê, em que os mais novos construíram a representação simbólica da palavra que escolheram para definir a sua casa. No final todos apresentaram e explicaram a sua opção.

Através desta atividade que promoveu pensamento crítico e criativo, os alunos expressaram os vínculos de afeto que se estabelecem com o espaço que habitam.









































17 abril, 2023

Palavras que contam histórias


Com o apoio da Câmara Municipal de Sintra, a Biblioteca Escolar Ferreira de Castro, no âmbito da Animação do Livro e da Leitura da Divisão de Educação e Juventude, teve o prazer de ter a presença da escritora Rosário Alçada Araújo que dinamizou junto de alunos de 5º ano a oficina de escrita criativa  Palavras Que Contam Histórias. Ler, escrever e brincar com as palavras, foram os meios que a nossa convidada encontrou para proporcionar excelentes momentos de rica imaginação e descoberta de ideias.
Promoveram-se a escrita, a leitura e a criatividade literária, num ambiente descontraído, divertido e de muita simpatia. Um agradecimento às nossas convidadas Rosário Alçada Araújo e a Raquel Camacho, que tornaram estes momentos possíveis.




















13 abril, 2023

Leitura Visual Auto da Barca do Inferno


Os grupos/turmas da equipa do 9ºB adotaram em Área de Integração o desafio da Biblioteca Escolar Ferreira de Castro em ilustrar de forma interpretativa o Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente. Cada jovem ilustrador,  ficando com uma cena de um quadro de julgamento de uma personagem, realiza uma composição visual, tendo como objetivo a representação de uma parte do Auto da Barca do Inferno. 
O réu em julgamento com atitude e traços psicológicos, a sua função social ou profissional, objetos, traje, meio envolvente da personagem e símbolos da mesma, as acusações que lhe são dirigidas, a intenção crítica do autor ou os argumentos de defesa apresentados e a sentença proferida, são alguns dos elementos da composição do quadro.
Os nossos alunos são motivados, numa primeira etapa, a reinterpretar a obra de Gil Vicente em parceria com a disciplina de Português e posteriormente, em parceria com a disciplina de Educação Visual os jovens transformam ideias em códigos visuais que associam à mensagem pretendida. Este projeto formalizado pela Biblioteca Escolar Ferreira de Castro e apresentado aos alunos, só seria possível com a participações dos professores de Português e Educação Visual da equipa do 9ºB, que tão prontamente se dedicaram ao desafio, e a quem agradecemos o envolvimento com a Biblioteca Escolar.
Mais uma vez a ilustração como uma forma de leitura que desenvolve o pensamento crítico, raciocínio e capacidade de interpretação.













11 abril, 2023

O dínamo do saber! Por António Castel-Branco, Diretor do AE Ferreira de Castro, Sintra (blogue RBE)

 
Escrever sobre a Biblioteca foi um desafio que aceitei.

Mas o que é a Biblioteca?

Numa consulta rápida, aparece no Dicionário Priberam de Língua Portuguesa, que é um “Conjunto de livros, manuscritos e outros documentos, possuídos por um particular ou destinados à leitura pública”, ou “sala ou edifício onde está essa coleção”.

Mas a Biblioteca Escolar não é só isto.

A Biblioteca escolar é o pulsar da escola, o coração que bombeia cultura e que extravasa a sala onde se encontra o repositório documental, atravessa as salas de aula e os recreios e, saltando os muros da escola, invade as casas dos nossos alunos e alastra à comunidade.

A Biblioteca escolar tem um papel central no desenvolvimento das competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Através de inúmeras atividades consegue fazer com que aquilo que parecia trabalhoso, aborrecido, se transforme em prazer, num exercício de viajar nas asas de cada livro, sendo transportado para diferentes realidades, e aprendendo a imaginar, a criar, a fazer com que tudo tenha sentido... a Sonhar!

A Biblioteca escolar desenvolve as diferentes literacias, em articulação estreita com os orientadores do currículo, numa ótica de articulação interdisciplinar e de flexibilidade do mesmo, providenciando leitura, debate, pesquisa, promovendo o questionamento, a argumentação, a criatividade e a ousadia de ir mais além, de inovar.

A Biblioteca escolar é paradigmática de inclusão. Através da leitura ou da escuta, proporciona a todos, com maiores ou menores dificuldades, as ferramentas que cada um procura para se construir pessoa, livre e consciente, independentemente da sua condição social ou étnica, da sua nacionalidade ou credo.

Na Biblioteca escolar preservamos a Natureza e o ecossistema; desenvolvemos a cidadania e a participação; aprendemos a desafiar o status quo; promovemos a solidariedade e a empatia; chamamos a comunidade para nos ajudar a transformar o mundo.

Nas nossas bibliotecas escolares incentivamos a viver todos os dias uma vida um pouco diferente, a abrir a boca de espanto ou incredulidade, a reagir à frustração, a vibrar com o sucesso de todos, a criar, a escrever, a desenhar, a pintar histórias cujo limite é a imaginação.

E quando os alunos não vão à biblioteca, é a biblioteca que vai ter com eles, com livros num carro de supermercado a correr as salas, com livros dentro de frigoríficos decorados e colocados nos recreios para que todos os possam usar, com leituras em voz alta ao ar livre, com histórias contadas por todos nós...

Mas é no espaço das Bibliotecas escolares que encontram o sossego, o alheamento necessário para ler e explorar, para realizar atividades com as condições que, apesar da exiguidade dos espaços, conseguimos oferecer.

Se queremos uma escola inclusiva, intercultural, em que os alunos têm uma formação holística, em que as áreas de desenvolvimento do Perfil dos Alunos são trabalhadas, temos de apostar fortemente nas Bibliotecas Escolares.

António Castel-Branco
Diretor do Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro, Sintra