"Chega-se a ser grande por aquilo que se lê e não por aquilo que se escreve." Autor: José Luís Borges
Blogue da Biblioteca Escolar da Escola Básica Ferreira de Castro - Sintra
Aqui partilhamos tudo o que acontece na nossa Biblioteca.
Páginas
20 outubro, 2014
Dia Internacional da BE
A comemoração deste dia tem contribuído para a valorização das bibliotecas no seu trabalho de articulação curricular entre as várias disciplinas, promoção da leitura, do estabelecimento de parcerias e da gestão do espaço.
28 agosto, 2014
Próximas Leituras
Mais um ano letivo se aproxima e com ele os membros do Cube de Leitura retomam os seus encontros mensais, às sextas-feiras, a partir das 21h, na Biblioteca Ferreira de Castro.
Deixamos aqui as capas dos livros que decidimos ler, falta apenas decidir qual será o livro policial do autor José Viegas, que iremos juntar a esta lista.
02 junho, 2014
Terceiras Pessoas
"Terceiras Pessoas", de Helena Marques é a obra que será analisada na próxima sessão sessão do Clube de Leitura.
"Em 1998, Helena Marques publica Terceiras pessoas. A obra tem lugar na virada do milénio, no século XXI, e descreve o percurso da mulher segundo a sociedade de sua época. Tempo e espaço entrelaçam-se.
Terceiras pessoas tem lugar em Porto dos Frades, um lugar fictício, na região do Ribatejo. Este local, em Portugal continental, é a recriação entre o real e a realidade. A natureza é o lugar de chegada, é a “geografia do coração”. Os caminhos indicam a “paixão da terra”, “o sentido de pertença”. São o lugar da memória, das marcas deixadas pelo tempo.
Neste lugar se relacionam três gerações em torno da personagem central, Natália, casada com João Bernardo. O casal, amantes e esposos, com o decorrer do tempo invertem seus movimentos. Ele segue o movimento centrípeto, contínuo e coerente. Ela perfaz o movimento centrífugo, numa busca constante de mudança. Nesta obra, Natália, símbolo da mulher portuguesa, encontra a sua identidade. Ela já não depende do homem, e realiza-se por si só. Natália, executiva eficiente e independente, voa entre a Europa e a América. Com este tipo de vida, as terceiras pessoas desempenham um papel fundamental. São os heróis anónimos do quotidiano:
…o mundo não é constituído só por nós, os que nos conhecemos desde sempre, os que nos encontramos todos os dias. O mundo é sobretudo constituído por elas, pelas terceiras pessoas, aquelas de quem nada sabemos ou de quem pouco sabemos e que, um dia, inesperadamente, saem do desconhecimento ou das sombras e vêm ao nosso encontro, subvertem os nossos conceitos e influenciam as nossas vidas ou são por elas influenciados.
Natália não poderia ter a vida de executiva sem as terceiras pessoas. Foi com elas que teceu a “teia familiar”. Mas as terceiras pessoas são, em verdade, primeiras. Elas dão “a certeza de continuidade da casa, das terras e da memória”. Para Natália, foi-lhe oferecida a Holanda como morada final de sua carreira – presidente da Companhia.. Aceitar o cargo mais elevado de sua carreira, implica em deixar as pessoas amadas para trás, como o fizera antes. Ir ou ficar, optar entre a vida profissional ou a pessoal é o dilema. Ambas são inconciliáveis no tempo e no espaço. Sempre há um preço a pagar.
Natália reflete: “…mas onde está a vitória? Que faço dela?, ou que fez ela de mim?”. Neste ponto se encontra a mulher na virada do milênio, entre duas opções, a casa ou a profissão. A mulher chegou onde queria. O caminho de sua plenitude é agora uma escolha individual."
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Fonte: http://www.vidaslusofonas.pt/helena_marques.htm
22 maio, 2014
04 maio, 2014
Dia da Mãe
E à minha
mãe dedicar
Conjugado o
verbo amar
Não há no
mundo ventura
Igual a quem
tem
Essa
infinita ternura
O amor
eterno da mãe
Quando
alguém me perguntar
Porque adoro
minha mãe
Respondo que
é respirar
Como o amor
que ela me tem
António Castel-Branco
Sintra,
2/05/2014
28 abril, 2014
25 de Abril
Clube de Leitura
Para a próxima sessão de leitura , foi selecionado o livro "A Confissão da Leoa", de Mia Couto.
Da sinopse, retirámos o seguinte passo:
Da sinopse, retirámos o seguinte passo:
"[...] Os nossos jovens colegas trabalhavam no mato, dormindo em tendas de campanha e circulando a pé entre as aldeias. Eles constituíam um alvo fácil para os felinos. Era urgente enviar caçadores que os protegessem. Os caçadores passaram por dois meses de frustração e terror, acudindo a diários pedidos de socorro até conseguirem matar os leões assassinos. Mas não foram apenas essas dificuldades que enfrentaram. De forma permanente lhes era sugerido que os verdadeiros culpados eram habitantes do mundo invisível, onde a espingarda e a bala perdem toda a eficácia. Aos poucos, os caçadores entenderam que os mistérios que enfrentavam eram apenas os sintomas de conflitos sociais que superavam largamente a sua capacidade de resposta. Vivi esta situação muito de perto. Frequentes visitas que fiz ao local onde decorria este drama sugeriram-me a história que aqui relato, inspirada em factos e personagens reais."
Clube de Leitura
Foi no passado dia 4 que se realizou a sessão mensal do nosso Clube de Leitura.
Desta vez, leu-se e comentou-se a obra "A Capital" de Eça de Queiroz.
Da Sinopse, retirámos o seguinte passo:
"Obra que Eça deixou inacabada – em parte por recear que fosse demasiado escandalosa para a sensibilidade dos seus contemporâneos - A Capital só viria a ser publicada postumamente, numa edição com cortes e acrescentos de autoria de José Maria d’Eça de Queirós, o filho do escritor. Daí o interesse de que se reveste a presente edição, cujo texto é substancialmente diferente do que até agora circulava. Nele descobrimos o deslumbramento, mas também a mordacidade queirosiana com que Eça retratou a «sua» cidade, através da sofisticada frivolidade dos meios sociais e das personagens que ainda hoje povoam o nosso imaginário quando evocamos a Lisboa de Novecentos."
26 abril, 2014
Feira Quinhentista
A Biblioteca Escolar participou na Feira Quinhentista, realizada no dia 24 de abril, com uma Feira do Livro sobre ervas medicinais e especiarias.
23 abril, 2014
A Hora do Conto
Foi no dia 2 de abril que se realizou mais uma sessão de “A Hora do Conto”, com a presença dos meninos da UAAM e do Ensino Estruturado.
A obra escolhida foi “O Alfabeto dos Bichos” de José Jorge Letria.
Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor
22 abril, 2014
28 março, 2014
Estrela de Doze Pontas
O Concurso de Leitura do segundo ciclo, realizado no passado dia 20, apurou o melhor leitor da obra "A Estrela de Doze Pontas", de João Aguiar.
O vencedor foi o Luís Salles, aluno nº 21 do 6º F, a quem damos os nossos parabéns.
O vencedor foi o Luís Salles, aluno nº 21 do 6º F, a quem damos os nossos parabéns.
05 março, 2014
Como Gosto da Natureza
Como gosto da natureza…
Dos campos repletos de ouro,
Das espigas a balouçar
As papoilas e um besouro
Brincam sem se fartar!
Como gosto da natureza…
Do azul imenso do mar,
Toca o céu no horizonte.
Mais as ondas a embalar
Aquele barco ali defronte!
Como gosto da natureza…
Das praias, dos jardins, das serras,
Tudo me enche o coração!
As flores, as brisas, as terras
São maravilhosas, não são?
Poema vencedor do Concurso "Faça Lá Um Poema", 2º Ciclo
Pedro Lopes, 5º Ano nº 22, EB 2,3 Ferreira de Castro
Dos campos repletos de ouro,
Das espigas a balouçar
As papoilas e um besouro
Brincam sem se fartar!
Como gosto da natureza…
Do azul imenso do mar,
Toca o céu no horizonte.
Mais as ondas a embalar
Aquele barco ali defronte!
Como gosto da natureza…
Das praias, dos jardins, das serras,
Tudo me enche o coração!
As flores, as brisas, as terras
São maravilhosas, não são?
Poema vencedor do Concurso "Faça Lá Um Poema", 2º Ciclo
Pedro Lopes, 5º Ano nº 22, EB 2,3 Ferreira de Castro
As Quatro Estações
Na florida primavera
Eu passeio e apanho flores
Com a minha amiga Vera.
E no calor do verão
Fui nadar e jogar à bola
Com o meu amigo João.
No ventoso outono
Caem as folhas e os campos
Ficam ao abandono.
No frio do inverno
Eu não saio de casa
E fico no colo materno.
Poema vencedor do Concurso Faça Lá Um Poema", 1º Ciclo
Sofia Nogueira Nunes, 2º Ano A, nº 23, EB1/JI de Ouressa
Eu passeio e apanho flores
Com a minha amiga Vera.
E no calor do verão
Fui nadar e jogar à bola
Com o meu amigo João.
No ventoso outono
Caem as folhas e os campos
Ficam ao abandono.
No frio do inverno
Eu não saio de casa
E fico no colo materno.
Poema vencedor do Concurso Faça Lá Um Poema", 1º Ciclo
Sofia Nogueira Nunes, 2º Ano A, nº 23, EB1/JI de Ouressa
28 fevereiro, 2014
Faça Lá um Poema
Mais uma vez, a nossa Biblioteca participa no concurso "Faça lá um Poema".
Cerca de 50 alunos apresentaram os seus trabalhos. Um júri selecionou os melhores poemas, por ciclo de escolaridade. Os vencedores foram:
1º ciclo: Sofia Nogueira Nunes, 2º ano, turma A, nº 23, As Quatro Estações;
2º ciclo: Pedro Lopes, 5º Ano, Turma A, nº 22, Como Gosto da Natureza;
3º ciclo: Daniela Jankovic, 9º Ano, Turma C, Pequenos Detalhes.
Cerca de 50 alunos apresentaram os seus trabalhos. Um júri selecionou os melhores poemas, por ciclo de escolaridade. Os vencedores foram:
1º ciclo: Sofia Nogueira Nunes, 2º ano, turma A, nº 23, As Quatro Estações;
2º ciclo: Pedro Lopes, 5º Ano, Turma A, nº 22, Como Gosto da Natureza;
3º ciclo: Daniela Jankovic, 9º Ano, Turma C, Pequenos Detalhes.
26 fevereiro, 2014
Livros-objeto
No dia 21 de fevereiro, as turmas do 7º A, 8º D e F tiveram oportunidade de conversar com o escritor Richard Towers, autor destas obras. Os alunos puderam também ler e comentar algumas passagens das obras, ao som da viola, dedilhada pelo próprio escritor.
Foi muito bom e interessante.
20 fevereiro, 2014
05 fevereiro, 2014
Pequenos Detalhes
Talvez seja apenas o toque suave do
amanhecer,
Ou o bater revoltado porém relaxante das
ondas do mar,
Talvez seja o facto de tudo à minha
volta crescer,
E eu estar presa no mesmo lugar;
Tudo me deixa inquieta,
E tudo me deixa com vontade de voar,
Voar num sentido diferente,
Voar no sentido de fugir,
Voar no sentido de escapar;
Gostava de controlar esta vontade
De ir para longe, onde apenas o
amanhecer ficará,
O amanhecer e o vento,
O vento e o mar,
O mar e a Terra,
Estes os únicos incapazes de me
torturar;
Todos à minha volta exigem mais,
Mas ninguém tenta pôr-se no meu lugar;
A tranquilidade do sol, faz-me
mergulhar,
Mergulhar no meu próprio paraíso,
Onde apenas fico eu e o magnifico
rebentar das ondas
Não posso pedir mais,
Porque um pouco de paz é tudo o que eu
preciso;
Às vezes é mais do que apenas difícil,
Quando todos te deixam para trás
Por mais que tu supliques por nada mais
que uma mão amiga,
Pronta para te ajudar;
Talvez não seja a dor constante que se
apodera de mim,
Mas a falta dela no resto das pessoas,
Esta insensibilidade do mundo
Magoa-nos a todos mutuamente;
Estou farta de me refugiar nas minhas
palavras secretas,
O meu caderno parece ser a minha droga,
Mas já me faltam poucas páginas por
escrever,
Por mais que aperte a letra, sei que não
vai caber,
Outro facto que me apavora;
Continuo sozinha por agora,
E parece eterno,
Todos os que me amam estão fora,
Longe deste inferno;
Volto a caminhar pelas praias desertas,
Apaixono-me mais uma vez pelo som suave
do mar,
Sinto-me mais acompanhada quando o vento
me persegue,
Pela primeira vez não há rochas que me
façam tropeçar;
Personalizo tudo na minha mente,
Não crio um sítio perfeito,
Apenas imagino outro meio ambiente;
Passam borboletas coloridas por mim,
Fazem-me perguntar como é que existem
seres tão belos,
Irregulares e diferentes,
Mas tão inocentes e pequenos;
Diferentes da sociedade,
Que é grande e assustadora,
Livres das discriminações,
E ameaças do mundo de agora;
Sinto uma pontada de inveja a correr-me
pelo sangue,
Quando penso na liberdade delas,
Podem voar para onde querem,
Podem voar para terras paralelas,
Sem ninguém para as impedir,
Sem ninguém a tentar detê-las,
Como me acontece a mim,
Quando tento distanciar-me desta guerra
entre feras;
De monstros, de destruidores da
Natureza,
É do que este planeta está coberto,
De pessoas que não pensam primeiro,
Antes de acabar com tudo o que encontram
por perto,
Sento-me no meio da areia branca,
Evito pensar mais no assunto,
Mas continua a incomodar-me,
Como é que alguém é capaz de destruir
algo tão puro?
Deixo os meus dedos traçar linhas entre
as pedras minúsculas,
É tão valioso, é tão magnífico,
As diferentes cores de cada grãozinho de
areia,
As diferentes texturas e tamanhos;
Não há nada que eu possa fazer,
Nada que eu possa pedir,
Não posso apenas por tudo de parte
E gastar o meu tempo a discutir;
Não pela falta de vontade,
Mas pelo facto de ninguém me ouvir,
Ignorar é pior que odiar na minha
opinião,
Ignorar é ferir;
O brilhar do Sol ofusca-me a visão,
É tão forte, tão poderoso,
Será que mais ninguém vê o que eu vejo?
Têm de ver,
Não há maneira de evitar olhar para algo
tão precioso;
Chegou como chegava sempre,
A hora do fim;
Isto era o exemplo duma tarde agradável,
No meu entender,
Eu gosto do calmo, do simples,
Dos pequenos detalhes, impossíveis de
esquecer;
Pequenos detalhes como as pequenas
diferenças,
Nas asas das borboletas,
Ou as diferentes intensidades do vento;
As minhas mãos tremiam,
Não por mim mas pelo meu lar,
Porque esta praia deserta,
Era onde eu me sentia bem, onde eu
queria estar;
A caminho de casa senti um vento frio,
Vesti o casaco mas não passou,
Não ia passar;
Havia pessoas cruéis, e más;
E agora não me referia aos ladrões ou
assassinos,
Referia-me a todos,
Todos eramos no fundo, uns criminosos;
Crime era tratar o nosso planeta assim,
Crime era ignorar todos estes factos,
Crime era não ver os pequenos detalhes,
E não lutar para os manter intactos.
Poema vencedor do Concurso "Faça Lá Um Poema", 3º Ciclo,
Daniela
Jankovic, 9ºAno,Turma C, Nº 8, Escola B2,3 Ferreira de Castro
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