A Biblioteca Escolar Ferreira de Castro aceitou o desafio da Rede de Bibliotecas Escolares, e envolveu-se na iniciativa de leitura simultânea de textos camonianos ou a partir da sua obra. No próximo dia 23 de janeiro, data em que se supõe ter nascido Luís Vaz de Camões, neste ano que se celebram os 500 anos do seu nascimento, 32 grupos/turmas vão ouvir, em simultâneo, poesia camoniana. Pelas 10 horas e 30 minutos, alunos de 9º ano, professores, auxiliares de ação educativa e funcionários técnicos administrativos, da Escola Básica Ferreira de Castro, vão Ler Camões para cerca de 800 alunos.
"Chega-se a ser grande por aquilo que se lê e não por aquilo que se escreve." Autor: José Luís Borges
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As plantas na obra poética de Luís de Camões
Humanismo e CiênciaAntiguidade e RenascimentoAs plantas na obra poética de Camões (épica e lírica)
capítulo de Jorge Paiva; Universidade de Aveiro; 2015
Resumo do capítulo
Na época camoniana, as plantas mais conhecidas e citadas na literatura, não eram tanto as plantas comestíveis ou ornamentais, mas mais as plantas medicinais. Como Os Lusíadas foram escritos, quase na totalidade, no Oriente e centrados nos Descobrimentos, têm como base plantas asiáticas, particularmente especiarias e medicinais; a Lírica como foi, maioritariamente, escrita em Portugal e centrada no amor e paixão, as plantas referidas são europeias e ornamentais.
Numa e noutra obra o poeta raramente cita as mesmas plantas, mas quando isso acontece, fá-lo com significados diferentes. Como Camões viveu a sua grande paixão durante os treze anos que esteve em Coimbra (1531-1544), de onde partiu aos vinte anos, a maioria das plantas referidas na Lírica são plantas dos campos do Mondego.
O mesmo acontece n’Os Lusíadas nos episódios da “Ilha dos Amores” (Canto IX, 18 – X, 95) e de “Inês de Castro” (Canto III, 118-135). Num trabalho sucinto, não é possível abranger a vasta obra completa de Luís de Camões.
Assim, abordaremos algumas das plantas mais invulgares referidas n’Os Lusíadas e praticamente todas as citadas na Lírica. Aliás, é n’Os Lusíadas que o poeta mais plantas menciona (cerca de cinco dezenas), na maioria asiáticas e aromáticas. Na Lírica refere muito menos espécies de plantas (cerca de três dezenas e meia), maioritariamente, europeias campestres e ornamentais.