Blogue da Biblioteca Escolar da Escola Básica Ferreira de Castro - Sintra

Aqui partilhamos tudo o que acontece na nossa Biblioteca.

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17 março, 2017

Ler o Holocausto



Nos passados dias 14 e 16 de março na biblioteca escolar, as turmas 9º D e 9º G apresentaram respetivamente às turmas do 6º I e 6º B a obra de Elie Wisel, Noite, de acordo com o Projeto Ler o Holocausto a decorrer na Biblioteca Escolar durante o mês de março.


Os alunos de 9º ano introduzem o livro com a sua apresentação: Elie Wiesel foi um sobrevivente judeu do Holocausto, uma das testemunhas dos horrores passados durante a II Guerra Mundial.Em Noite, o autor relembra a sua infância antes de os Nazis o expulsarem da sua cidade natal, e os dias de terror que suportou nos campos de morte alemães.


A perplexidade de Elie Wiesel perante tudo o que vivenciou no campo de concentração nazi é a grande questão que esta obra nos apresenta pelo olhar dos alunos destas turmas de nono ano: “Como era possível que se queimassem homens e crianças e que o mundo se calasse?” p. 40; “Nunca mais esquecerei estas chamas que consumiram para sempre a minha Fé.” p. 42; “De repente, fui invadido por uma certeza: já não havia mais razões para viver, já não havia mais razões para lutar.” p..109; Do fundo do espelho, um cadáver contemplava-me. O seu olhar nos meus olhos nunca me abandona.” p.127


16 março, 2017

Literacia Digital




A atividade de promoção da Literacia Digital decorreu nos meses de fevereiro e março, envolvendo cinco turmas do sexto e quarto do nono ano, abordando os seguintes temas inerentes à temática da promoção da Literacia Digital, a saber:




Primeiro tema - contextualização teórica «A Ética da informação», no qual foram analisadas as causas e consequências de “Copiar/Colar” /” Plágio”, validação dos critérios de avaliação das diversas fontes de informação, promoção do desenvolvimento crítico face à informação encontrada, coligindo diferentes fontes de informação. Respeito pelos Direitos de Autor e Propriedade Intelectual efetuando as «Citações/Referências Bibliográficas» ou o uso das Licenças Creative Commons. Usabilidade da Internet na sala de aula versos Classroom;




Segundo tema – Metodologias de «Pesquisa e Seleção de Informação» usando pelo menos dois Motores de Busca diferentes, e aplicação de diversos filtros de refinamento dos resultados obtidos, utilizando para tal, as álgebras booleanas e as ferramentas inerentes aos motores de pesquisa. A desconstrução dos temas em subtemas para análise da pertinência da informação obtida;


Terceiro tema – Especificação da Metodologia de Projeto – Modelo BIG6 e a análise das suas fases de implementação: definição da tarefa a realizar; estratégias de pesquisa de informação; localização e acesso; utilização/tratamento da informação; síntese da informação; e avaliação final.


Foram ainda disponibilizados para análise os instrumentos de apoio à gestão da metodologia de projeto, a saber: grelhas de validação dos critérios de credibilidade da informação; ficha de leitura/visualização de vídeo; Citações e Referências Bibliográficas – Normas APA e Licenças Creative Commons, bem como um modelo de Relatório Técnico para normalização dos trabalhos escolares.



Na sequência destas formações foram colocados na Biblioteca Escolar três cartazes que sintetizam e sistematizam o contexto da Literacia Digital veiculado nos temas abordados.









15 março, 2017

História da Farmácia

Alguns professores da disciplina de físico química organizaram para turmas de 7º ano uma visita de estudo no mês de março ao Museu da Farmácia em Lisboa. A coordenadora da Biblioteca Escolar Teresa Duarte Costa e a professora de físico química Isabel Oliveira visitaram antecipadamente o Museu da Farmácia com o objetivo de preparar a visita de estudo e a intervenção da biblioteca escolar na cooperação com a mesma. A Biblioteca Escolar na sua função de apoio ao currículo elaborou sessões de introdução à história da farmácia que apresentou a nove turmas de 7º ano e a uma de 9º ano, de 6 a 13 de março.




As sessões de apresentação da história da farmácia aos alunos na Biblioteca Escolar teve como um dos seus objetivos demonstrar que a farmácia tem uma longa história e que remonta à origem do homem, e que à semelhança dos animais o instinto conduziu o homem primitivo a procurar e a distinguir plantas e substâncias de origem animal e mineral, como remédio para combater a doença.

Relacionando estas sessões com as aprendizagens dos alunos na disciplina de História, os alunos percecionaram como na pré-história a doença e o seu tratamento pertenciam ao mundo dos espíritos e os feiticeiros e curandeiros preparavam remédios e poções.


Deste modo os alunos foram sendo introduzidos ao Mundo Antigo onde existia uma forte ligação entre a medicina, a farmácia e a religião, em que recitações, cerimónias, rezas e sacrifícios eram os meios religiosos vulgares para implorar aos deuses a cura.

Relacionando a disciplina de história de 7º ano e os conteúdos sobre o Antigo Egito, os alunos puderam perceber que as substâncias terapêuticas provinham do reino vegetal, animal e mineral. Na sua preparação e administração estavam também enraizadas as práticas religiosas e mágicas da época.


PAPIRO EBERS  arrola 700 drogas que serviam para tudo, 
desde mordedura de cobra até febre infantil.

No Antigo Egito os ingredientes, drogas, perfumes, unguentos, pomadas, poções, cataplasmas, clisteres, supositórios, etc., são bem exóticos. Exemplo : água suja de lavagem de roupa para dores da nuca e dos olhos ; excremento de pelicano ou de crocodilo para a cura da catarata. ( NORMAN -  "Medical History of Contraception" )


Ainda na relação com o currículo da disciplina de História os alunos puderam relacionar o que aprenderam sobre a Civilização Grega e a História da Farmácia e constataram que a grande conquista da medicina grega foi a sua procura de bases naturais para explicar a doença, as suas causas e tratamento. A medicina e a farmácia, não eram baseadas na religião e na magia ou superstição.


O maior guia farmacêutico da antiguidade é o de Pedanius Dioscórides, que viveu no século I da era cristã, e cujo tratado "De Matéria medica" (50 – 70 A.D.) foi considerado, a maior autoridade em medicamentos. A obra de Dioscórides pode ser considerada como o início das ciências  da farmacologia.


Galeno (131-200 d.C.) “Pai da Farmácia”, sistematizou pela primeira vez, as matérias-primas necessárias à preparação dos medicamentos e a sua específica preparação, como nunca tinha sido feito. 
Nestas sessões na Biblioteca Escolar os alunos foram sendo levados a perceber como surge a farmácia e a ciência farmacêutica introduzidos na civilização romana onde na Roma Antiga já existiam profissionais especializados como os "pharmacopoei", fabricantes de remédios; os "pharmacotritae", ou "pharmacotribae", trituradores de drogas; os "unguentarii", ou os fabricantes de unguentos. 


Os árabes trouxeram uma nova identidade à farmácia com uma literatura profissional incluindo os formulários para uso dos farmacêuticos ou outros preparadores de medicamentos. Pela primeira vez temos a farmácia ligada à alquimia o que fez surgir uma série de instrumentos próprios da futura química.


A primeira farmácia surge em Bagdade, entre 775-785, com um responsável farmacêutico "-al-sayãdilah".


Estas sessões na Biblioteca Escolar juntaram o currículo de História com o de Físico-química no decorrer da história da farmácia.

Passando pela Idade Média e o seu regresso às crenças religiosas e à medicina popular, chegamos à promulgação em 1240, por Frederico II, Rei da Sicília e imperador germânico, da famosa Magna Carta da Farmácia, que separa a farmácia da medicina e legalmente reconhece a profissão farmacêutica.


Do Renascimento os alunos conheceram Paracelsus (1493-1541),que defendeu que a doença era uma manifestação natural, logo química e deste modo teria que ser tratada quimicamente.


Navegando ainda pelo Renascimento os alunos conheceram o contributo dos Descobrimentos para a farmácia moderna.

O farmacêutico do século XVII tornou-se assim um químico (e também um botânico) e a oficina farmacêutica transformou-se num laboratório químico, onde os processos de destilação, evaporação, incineração, sublimação  eram postos em prática.


Passando pelos fundamentos da química moderna lançados por Lavoisier, entrámos no século XIX e nos avanços da industrialização do medicamento.

A matéria-prima sintética do medicamento, os avanços na microbiologia, procedimentos assépticos, a terapêutica e a medicina preventiva com a introdução dos soros e das vacinas, foram outros assuntos debatidos nestas sessões na Biblioteca Escolar.

A era dos antibióticos, a descoberta da penicilina e da estreptomicina, a medicina preventiva e o retorno ao uso de substâncias naturais marcam o século XX.

Com estas sessões de preparação da visita de estudo ao Museu da Farmácia, os alunos tomaram conhecimento da evolução do medicamento e processos de cura que foram dos reinos vegetal, mineral e animal, até às substâncias químicas altamente complexas, e que permitiu a demonstração de toda a evolução do conhecimento humano na área da saúde e medicação.

O ppt exibido aos alunos feito pela Biblioteca Escolar utilizou como principais recursos, os seguintes sites:

11 março, 2017

Ler o Holocausto


No passado dia 8 de março alunas da turma 9º B apresentaram aos alunos do 6º L, na biblioteca escolar,  a obra O violino de Auschwitz, de Maria Àngels Anglada, integrado no Projeto Ler o Holocausto.


Este romance fala-nos da história de um violino que sobreviveu ao holocausto, feito por um judeu preso num campo de concentração e que vem parar às mãos de uma violinista que o tocava num concerto dedicado a Mozart, em Cracóvia em 1991.


A obra retrata como se vivia ou sobrevivia num campo de concentração nazi: «Abraçando o banco, não gritou mais do que o número de cada uma das vinte e cinco chicotadas. E como, apesar da dor, não se enganou na contagem, livrou-se de uma diversão frequente dos carrascos: ter de recomeçar.»  p. 32-33 ; «Teria querido rezar por eles a oração dos defuntos, mas não podia, porque, ao ver as crianças serem selecionadas para a morte , o mundo inteiro ficara paralisado . »p.88 ;«A esta hora , já devem estar mortos , nus e sem mortalha , sem despedida (…) Os gritos asfixiados e desesperados que, à noite , tinham atravessado as finas paredes de madeira (…) » p. 88 .

10 março, 2017

Ler o Holocausto


Continuando com o projeto Ler o Holocausto, no dia 9 de março, a turma do 9º B apresentou à turma do 6º D a obra Os bebés de Auschwitz, de Wendy Holden.


Este livro conta-nos as histórias reais de três mães judias, Priska, Rachel e Anka, que sobreviveram grávidas ao Holocausto. Todas elas conseguiram esconder a sua gravidez em locais onde, se fossem descobertas seriam imediatamente mortas ou vítimas de experiências mortais, em conjunto com os seus bebés. As três eram casadas e apesar de todas as mães e respetivos bebés sobreviverem relativamente saudáveis à Guerra, nenhum dos pais teve a mesma sorte. 


As mães e os seus filhos sobreviventes.


“Transportadas em comboios selados de mercadorias” ou “em vagões de transporte de animais que chegavam a ter cinquenta e cinco carruagens e sessenta judeus em cada uma delas”.


09 março, 2017

Ler o Holocausto

No passado dia oito de março na biblioteca escolar, integrado na atividade Ler o Holocausto,  foi apresentado o livro Regresso de Auschwitz de Goran Rosenberg, por alunos do 9ºH à turma do 6º D.




Göran Rosenberg, o autor do livro Regresso de Auschwitz.



Do livro Regresso de Auschwitz de Goran Rosenberg, uma das passagens lida pelos alunos foi sobre a viagem de comboio para o campo de concentração: “Num desses dias de agosto de 1944 (…) vós abandonais os vossos esconderijos (…) e ides para o local de reunião (…) não sei se ides por vossa própria iniciativa ou «escoltados» pela Gestapo, mas sei que entre todos os que nesse dia se reúnem para serem transportados rumo a um destino desconhecidop.. 69 e 70


Sobre as condições nos comboios, os aluno apontam a seguinte afirmação : “É uma longa viagem, as pessoas morrem de pé. Até os jovens morrem de pé”p..90



Acerca das câmaras de gás é lida a seguinte passagem:“ A morte nas câmaras de gás é coletiva, anónima, despida, cuidadosamente disfarçada com eufemismos (vestiários, duches), com cenários de teatro (letreiros, bétulas verdejantes, carro da Cruz Vermelha…) e com a sua natureza incompreensível.”p. 112



08 março, 2017

Ler o Holocausto

Ler o Holocausto


A Biblioteca Escolar Ferreira de Castro em colaboração com o grupo disciplinar de História propôs aos alunos de nono ano a atividade Ler o Holocausto. Cada aluno deveria ler uma obra integral, de preferência de um testemunho sobrevivente ao holocausto. O trabalho a apresentar deveria conter: biografia do autor da obra; resumo do livro; citações do livro comentadas pelo aluno sobre diversos temas. No final o aluno deveria fazer uma reflexão crítica sobre a obra. 



Durante todo o mês de março alunos de nono ano apresentam na biblioteca escolar a obra trabalhada e os trabalhos realizados, a todas as turmas de sexto ano, dando a conhecer o que foi o holocausto durante a segunda guerra mundial.



Uma das obras apresentada foi a Mala de Hana de Karen Levine, por alunas do 9º I a alunos do 6º E.






As mesmas turmas exploraram a obra Canção de Embalar de Auschwitz de Mário Escobar.